sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Machão do Leblon assustou as mulheres

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

Não são só as jovens louras, ricas e famosas do Arpoador, no Rio, que, muitas vezes temem apanhar do namorado machão.

O medo de apanhar do marido, do companheiro ou do namorado é muito mais agudo entre mulheres das Classes C e D – as vitimas preferenciais dos machões brasileiros.

Especialmente se eles bebem ou se drogam.

Elas são vitimas, frequentemente, da supremacia de maridos que põem “o dinheiro em casa”.

Elas têm o pisca-pisca ligado para soar o alarme quando o machão, bêbado ou drogado, se manifesta.

Como se sabe, o DataCaf nada em dinheiro, ou melhor, no ouro de Havana, recolhido de pá no Porto de Mariel.

Por isso, o DataCaf montou uma pesquisa “quali”, ou “qualificada”.

Reuniu pessoas representativas das diversas regiões do país, homens e mulheres, de diversos graus de instrução e de renda.

Uma “amostra” como a de quem qualquer pesquisa de opinião, só que em lugar de responder a um questionário, os “entrevistados” comentam, ao vivo, o que estão vendo.

E esse DataCaf Extra se refere à quali realizada durante o debate quando a Dilma pôs os podres do Machão do Leblon na rua, no horário nobre do SBT, uma vez que ele não está acima de qualquer suspeita - nem em São João del-Rey.

A pesquisa quali demonstra que as mulheres de Classe C e D se assustaram com a agressividade do Machão do Leblon.

Não só a agressividade, mas, também, o desrespeito.

Desrespeito uma mulher mais velha.

E a Presidenta da República do Brasil.

Que história é essa de que ela mente ?

Isso é muito sério.

Quando um homem diz a uma mulher que ela esta mentindo, a mulher já pressente qual será a próxima acusação e qual será o próximo “argumento” dele …

O mais importante foi o medo que ele despertou.

O medo que infunde o homem que bate em mulher.

Aquela agressão – “no dia primeiro de janeiro você vai ter que procurar emprego” – foi um tiro no pé.

Soou como uma agressão física.

Ou um tapa na cara.

Essas mulheres de Classe C e D muitas vezes acabaram de se profissionalizar, ou buscam o primeiro emprego.

Esse grupo – mulheres de Classe C e B, evangélicas – é especialmente estratégico para a Dilma.

(É o que se disse em “Evangélicas, bafometro e drogas”)

O Machão do Leblon errou caminho da festa.

Pensou que ia para o Arpoador e foi parar no Túnel Rebouças.

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