Por Altamiro Borges
O primeiro dia da greve nacional dos bancários, nesta terça-feira (30), superou as expectativas mais otimistas. Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), 6.572 agências e centros administrativos em todo o país foram fechados – 427 unidades a mais do que no primeiro dia de paralisação de 2013. “Mais uma vez os bancários dão grande demonstração de unidade e da força de sua mobilização, fazendo uma greve ainda maior que no ano passado. É um recado inequívoco aos bancos de que queremos mais do que os 7,35% de reajuste e que não fecharemos acordo sem que nossas reivindicações sejam atendidas”, festeja Carlos Cordeiro, presidente da entidade.
A categoria reivindica 12,5% de reajuste, valorização do piso salarial, PLR maior, garantia de emprego, melhores condições de saúde e trabalho, com fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança nas agências e igualdade de oportunidades. “Condições financeiras os bancos têm de sobra para atender às reivindicações dos bancários, uma vez que somente os seis maiores bancos tiveram lucro líquido de R$ 56,7 bilhões no ano passado e R$ 28,5 bilhões no primeiro semestre de 2014, alcançando a maior rentabilidade do sistema financeiro internacional, graças principalmente ao aumento da produtividade dos bancários”, acrescenta Carlos Cordeiro.
Para o presidente da Contraf-CUT, apesar dos altos lucros, “os bancos estão fechando postos de trabalho e piorando as condições de trabalho, com aumento das metas abusivas e do assédio moral, o que tem provocado uma verdadeira epidemia de adoecimentos na categoria. Por falta de investimento em segurança, também cresce o número de assaltos, sequestros e mortes. Mas os banqueiros se recusam a buscar soluções para esses problemas”. Em assembleias realizadas em todo o país, os trabalhadores aprovaram a greve por tempo indeterminado e também fixaram um calendário de ações. Na próxima sexta-feira (2), por exemplo, ocorrerão marchas em vários estados contra a independência do Banco Central.
“Somos contra a independência do BC porque isso significaria entregar aos bancos decisões tão importantes para o país, como a inflação, a taxa de juros e a moeda. Questões que têm grande impacto no emprego e na vida da população e não podem estar nas mãos de apenas um setor da sociedade”, explica Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo. Para Augusto Vasconcelos, presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, a mobilização da categoria visa pressionar os banqueiros – “que apresentaram uma proposta muito ruim, de apenas 7,35 de reajuste” – e também desmascarar o papel nocivo do capital financeiro no país. “Vamos mostrar a força dos bancários”, enfatiza.
Diante desta nova demonstração de força dos bancários, fica a pergunta: Será que Marina Silva vai manifestar apoio à greve nacional? Afinal, ela tem notórios vínculos com os banqueiros. Neca Setubal, herdeira do Itaú, é sua amiga íntima e coordenou a elaboração do seu programa de governo – além de doar 3,4 milhões para o seu sinistro instituto. Além disso, segundo vários artigos publicados no jornal Valor, especializado em economia, o capital financeiro segue apostando na candidatura da ex-verde. Para evitar críticas maldosas, Marina Silva, que adora posar de vítima, até poderia participar do ato na sexta-feira contra a independência do Banco Central. Será que ela topa?
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O primeiro dia da greve nacional dos bancários, nesta terça-feira (30), superou as expectativas mais otimistas. Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), 6.572 agências e centros administrativos em todo o país foram fechados – 427 unidades a mais do que no primeiro dia de paralisação de 2013. “Mais uma vez os bancários dão grande demonstração de unidade e da força de sua mobilização, fazendo uma greve ainda maior que no ano passado. É um recado inequívoco aos bancos de que queremos mais do que os 7,35% de reajuste e que não fecharemos acordo sem que nossas reivindicações sejam atendidas”, festeja Carlos Cordeiro, presidente da entidade.
A categoria reivindica 12,5% de reajuste, valorização do piso salarial, PLR maior, garantia de emprego, melhores condições de saúde e trabalho, com fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança nas agências e igualdade de oportunidades. “Condições financeiras os bancos têm de sobra para atender às reivindicações dos bancários, uma vez que somente os seis maiores bancos tiveram lucro líquido de R$ 56,7 bilhões no ano passado e R$ 28,5 bilhões no primeiro semestre de 2014, alcançando a maior rentabilidade do sistema financeiro internacional, graças principalmente ao aumento da produtividade dos bancários”, acrescenta Carlos Cordeiro.
Para o presidente da Contraf-CUT, apesar dos altos lucros, “os bancos estão fechando postos de trabalho e piorando as condições de trabalho, com aumento das metas abusivas e do assédio moral, o que tem provocado uma verdadeira epidemia de adoecimentos na categoria. Por falta de investimento em segurança, também cresce o número de assaltos, sequestros e mortes. Mas os banqueiros se recusam a buscar soluções para esses problemas”. Em assembleias realizadas em todo o país, os trabalhadores aprovaram a greve por tempo indeterminado e também fixaram um calendário de ações. Na próxima sexta-feira (2), por exemplo, ocorrerão marchas em vários estados contra a independência do Banco Central.
“Somos contra a independência do BC porque isso significaria entregar aos bancos decisões tão importantes para o país, como a inflação, a taxa de juros e a moeda. Questões que têm grande impacto no emprego e na vida da população e não podem estar nas mãos de apenas um setor da sociedade”, explica Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo. Para Augusto Vasconcelos, presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, a mobilização da categoria visa pressionar os banqueiros – “que apresentaram uma proposta muito ruim, de apenas 7,35 de reajuste” – e também desmascarar o papel nocivo do capital financeiro no país. “Vamos mostrar a força dos bancários”, enfatiza.
Diante desta nova demonstração de força dos bancários, fica a pergunta: Será que Marina Silva vai manifestar apoio à greve nacional? Afinal, ela tem notórios vínculos com os banqueiros. Neca Setubal, herdeira do Itaú, é sua amiga íntima e coordenou a elaboração do seu programa de governo – além de doar 3,4 milhões para o seu sinistro instituto. Além disso, segundo vários artigos publicados no jornal Valor, especializado em economia, o capital financeiro segue apostando na candidatura da ex-verde. Para evitar críticas maldosas, Marina Silva, que adora posar de vítima, até poderia participar do ato na sexta-feira contra a independência do Banco Central. Será que ela topa?
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