Por Altamiro Borges
Passado o primeiro turno das eleições, que garantiu a folgada reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB-SP), a Folha tucana divulgou nesta sexta-feira (23) um áudio bombástico que vazou de uma reunião da diretoria da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp). Nele a presidenta da estatal, Dilma Pena, afirma que recebeu “orientação superior” para esconder a crise hídrica que afeta a população. Já Paulo Massato, diretor da empresa, chega a prever, em tom apocalíptico: “Saiam de São Paulo, porque aqui não tem água, não vai ter água pra tomar banho, limpeza da casa. Quem puder comprar garrafa de água mineral, quem não puder vai tomar banho na casa da mãe, em Santos, Ubatuba. Aqui não vai ter”.
A presidenta da Sabesp até manifesta discordância com o tratamento do problema, mas se submete às pressões. “Foi uma orientação superior. A Sabesp tem estado muito pouco na mídia. Acho que é um erro. Nós tínhamos que estar mais na mídia. Os superintendentes locais, nas rádios comunitárias, falando, eu falando, todos falando sobre isso: ‘cidadão, economize água’. Isso tinha que estar reiteradamente na mídia, mas nós temos que seguir orientação. Nós temos superiores. A orientação não tem sido essa, mas é um erro. Tenho consciência absoluta e falo para as pessoas com quem eu converso sobre esse tema, mesmo meus superiores. Acho um erro esta administração da comunicação".
O áudio bombástico ainda não teve a devida repercussão na velha imprensa. Não foi capa da Veja – que preferiu abrir espaço para “vazamentos” criminosos contra Dilma e Lula –, nem manchete dos jornalões, nem motivo de comentários ácidos nas emissoras de rádio e televisão. Os barões da mídia ainda aguardam o resultado do segundo turno e tudo fazem para ajudar seu candidato, o cambaleante Aécio Neves. Mesmo assim, o áudio já respingou na direção da estatal. Em nota oficial e lacônica, a Sabesp não questionou o conteúdo da gravação, mas afirmou que “o objetivo da reunião operacional foi de ampliar ao máximo as ações de comunicação para o uso racional da água".
Já o governador Geraldo Alckmin, principal responsável pelas “orientações superiores”, reafirmou que “o abastecimento de água está garantido na região metropolitana de São Paulo. Não tem racionamento e não tem desabastecimento”. Ele preferiu não se pronunciar sobre o vazamento do áudio, sobre as discordâncias de Dilma Pena ou sobre as declarações aterrorizantes do diretor da Sabesp – coisa típica do insosso “picolé de chuchu”. O grão-tucano, agora reeleito, insiste em negar a grave crise hídrica, apesar da pesquisa do Datafolha, divulgada na segunda-feira (20), ter apontado que 60% dos paulistanos relataram já ter ficado sem água em suas casas nos últimos 30 dias.
A divulgação do áudio da reunião da Sabesp mereceria muita atenção dos poderes públicos e das forças de oposição de São Paulo – sempre tão cordatas no tratamento do governo tucano. Caso o conteúdo seja confirmado, ele comprovaria que houve um evidente estelionato eleitoral, um crime sem precedentes na história recente. A “orientação superior” foi para abafar a grave crise da falta de água, que pode afetar 8,8 milhões de paulistas abastecidos pelo Sistema Cantareira, com o objetivo de garantir a reeleição de Geraldo Alckmin. Serio o caso, inclusive, de se analisar a possibilidade da abertura de um processo de impeachment, já que os eleitores foram ludibriados. A ética do governador tucano está no “volume morto”, no lodo!
*****
Passado o primeiro turno das eleições, que garantiu a folgada reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB-SP), a Folha tucana divulgou nesta sexta-feira (23) um áudio bombástico que vazou de uma reunião da diretoria da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp). Nele a presidenta da estatal, Dilma Pena, afirma que recebeu “orientação superior” para esconder a crise hídrica que afeta a população. Já Paulo Massato, diretor da empresa, chega a prever, em tom apocalíptico: “Saiam de São Paulo, porque aqui não tem água, não vai ter água pra tomar banho, limpeza da casa. Quem puder comprar garrafa de água mineral, quem não puder vai tomar banho na casa da mãe, em Santos, Ubatuba. Aqui não vai ter”.
A presidenta da Sabesp até manifesta discordância com o tratamento do problema, mas se submete às pressões. “Foi uma orientação superior. A Sabesp tem estado muito pouco na mídia. Acho que é um erro. Nós tínhamos que estar mais na mídia. Os superintendentes locais, nas rádios comunitárias, falando, eu falando, todos falando sobre isso: ‘cidadão, economize água’. Isso tinha que estar reiteradamente na mídia, mas nós temos que seguir orientação. Nós temos superiores. A orientação não tem sido essa, mas é um erro. Tenho consciência absoluta e falo para as pessoas com quem eu converso sobre esse tema, mesmo meus superiores. Acho um erro esta administração da comunicação".
O áudio bombástico ainda não teve a devida repercussão na velha imprensa. Não foi capa da Veja – que preferiu abrir espaço para “vazamentos” criminosos contra Dilma e Lula –, nem manchete dos jornalões, nem motivo de comentários ácidos nas emissoras de rádio e televisão. Os barões da mídia ainda aguardam o resultado do segundo turno e tudo fazem para ajudar seu candidato, o cambaleante Aécio Neves. Mesmo assim, o áudio já respingou na direção da estatal. Em nota oficial e lacônica, a Sabesp não questionou o conteúdo da gravação, mas afirmou que “o objetivo da reunião operacional foi de ampliar ao máximo as ações de comunicação para o uso racional da água".
Já o governador Geraldo Alckmin, principal responsável pelas “orientações superiores”, reafirmou que “o abastecimento de água está garantido na região metropolitana de São Paulo. Não tem racionamento e não tem desabastecimento”. Ele preferiu não se pronunciar sobre o vazamento do áudio, sobre as discordâncias de Dilma Pena ou sobre as declarações aterrorizantes do diretor da Sabesp – coisa típica do insosso “picolé de chuchu”. O grão-tucano, agora reeleito, insiste em negar a grave crise hídrica, apesar da pesquisa do Datafolha, divulgada na segunda-feira (20), ter apontado que 60% dos paulistanos relataram já ter ficado sem água em suas casas nos últimos 30 dias.
A divulgação do áudio da reunião da Sabesp mereceria muita atenção dos poderes públicos e das forças de oposição de São Paulo – sempre tão cordatas no tratamento do governo tucano. Caso o conteúdo seja confirmado, ele comprovaria que houve um evidente estelionato eleitoral, um crime sem precedentes na história recente. A “orientação superior” foi para abafar a grave crise da falta de água, que pode afetar 8,8 milhões de paulistas abastecidos pelo Sistema Cantareira, com o objetivo de garantir a reeleição de Geraldo Alckmin. Serio o caso, inclusive, de se analisar a possibilidade da abertura de um processo de impeachment, já que os eleitores foram ludibriados. A ética do governador tucano está no “volume morto”, no lodo!
*****
Leia também:
Isso é coisa da Dilma
ResponderExcluirTEMOS QUE IR PRA CIMA DELES!!! AS FORÇAS PROGRESSISTAS NÃO TEM NENHUM ADVOGADO PRA COBRA ISSO NA JUSTIÇA??
ResponderExcluir