Editorial do site Vermelho:
A presidenta Dilma Rousseff, reeleita para mais um mandato constitucional de quatro anos à frente do Estado e da nação, retorna nesta segunda-feira (3) depois de um breve descanso na aprazível Base Naval de Aratu, em Salvador. Talvez, os poucos dias de recesso não tenham sido suficientes para enfrentar um conflito “retado”, como se diz na Bahia.
O ambiente político que encontra, ao retornar a Brasília, é o mais hostil possível, a começar pelas ações da oposição neoliberal e conservadora, mas não só. Também na base de sustentação ao governo há flagrantes dissensões e desarranjos, provenientes de setores centro-direitistas que recorrem ao torpe método da pressão fisiológica e da chantagem.
Na oposição, como não podia deixar de ser, as trombetas da guerra soam da boca de ninguém menos que o ex-presidente FHC, que não quer desencarnar, 12 anos depois de deixar o governo sem conseguir eleger o sucessor, do papel de dirigente político e “ideólogo” da oposição neoliberal e conservadora. Pobre oposição, destarte condenada a uma mensagem vazia e ao nanismo, a julgar pela estatura do líder que se lhe impôs.
Em artigo difundido pela imprensa, o ex-presidente reluta em aceitar o veredito das urnas, que pela quarta vez consecutiva derrotou as pretensões de restauração do regime que liderou - antidemocrático, antipopular e antinacional, a “ditadura de punhos de renda”, para empregar a feliz expressão do renomado jurista Bandeira de Melo.
Antes mesmo que se conclua o atual mandato, aprovado pela maioria do eleitorado, que a presidenta reorganize o governo e tome posse para o segundo período presidencial, FHC deu a senha para uma radicalização do discurso e das ações oposicionistas, acentuando seu sentido direitista e golpista. Exagerando o peso da sua opinião, antecipa-se aos demais líderes da coalizão derrotada e rejeita o diálogo proposto pela presidenta que, diga-se, não se dirigiu a ele, nem estritamente à oposição. Falando como estadista, Dilma enviara, no momento em que conhecia os resultados eleitorais, uma mensagem de unidade nacional, exercendo o seu indeclinável dever de estadista.
No último fim de semana ocorreram episódios que mostram a disposição da direita brasileira de não apenas desconhecer o resultado eleitoral, como de pôr em prática uma estratégia concebida e de execução iniciada no ano passado, cujo fim proclamado é a derrocada do governo. A manifestação de duas mil pessoas no último sábado (1º), em São Paulo, foi um chamado ao golpe militar.
A guerra declarada à presidenta Dilma pela oposição e os manifestantes direitistas contou nos últimos dias com a adesão de setores do PMDB que ocupam postos estratégicos no Congresso Nacional, movidos pelo ressentimento por não terem todos os seus objetivos eleitorais satisfeitos. A ofensiva desse setor tem agora continuidade na batalha pela Presidência da Câmara. Seus protagonistas violam acordos previamente estabelecidos e articulam uma candidatura francamente hostil ao Planalto e ao próprio vice-presidente da República, Michel Temer, principal liderança do PMDB.
O Brasil vive a partir da reeleição da presidenta Dilma Rousseff um momento político delicado, em que os justificados sentimentos de vitória e esperança do povo brasileiro de que o país continuará avançando no sentido democrático-popular e patriótico contrastam com a brutal ofensiva da direita e a posição hostil de facções de partidos da base do governo.
Tudo indica que a radicalização da direita mal começou, o que afasta qualquer ilusão de desenvolvimento suave da luta política no país.
Mais uma vez o Brasil está numa encruzilhada, de que pode resultar, dependendo da condução das forças consequentes, um avanço no desenvolvimento político e o progresso social. Em momentos assim, é necessário fazer valer a influência política, o poder de articulação das forças progressistas e do movimento popular, com unidade e mobilização em torno da realização de mais mudanças e reformas estruturais democráticas consoantes os anseios do povo brasileiro.
A presidenta Dilma Rousseff, reeleita para mais um mandato constitucional de quatro anos à frente do Estado e da nação, retorna nesta segunda-feira (3) depois de um breve descanso na aprazível Base Naval de Aratu, em Salvador. Talvez, os poucos dias de recesso não tenham sido suficientes para enfrentar um conflito “retado”, como se diz na Bahia.
O ambiente político que encontra, ao retornar a Brasília, é o mais hostil possível, a começar pelas ações da oposição neoliberal e conservadora, mas não só. Também na base de sustentação ao governo há flagrantes dissensões e desarranjos, provenientes de setores centro-direitistas que recorrem ao torpe método da pressão fisiológica e da chantagem.
Na oposição, como não podia deixar de ser, as trombetas da guerra soam da boca de ninguém menos que o ex-presidente FHC, que não quer desencarnar, 12 anos depois de deixar o governo sem conseguir eleger o sucessor, do papel de dirigente político e “ideólogo” da oposição neoliberal e conservadora. Pobre oposição, destarte condenada a uma mensagem vazia e ao nanismo, a julgar pela estatura do líder que se lhe impôs.
Em artigo difundido pela imprensa, o ex-presidente reluta em aceitar o veredito das urnas, que pela quarta vez consecutiva derrotou as pretensões de restauração do regime que liderou - antidemocrático, antipopular e antinacional, a “ditadura de punhos de renda”, para empregar a feliz expressão do renomado jurista Bandeira de Melo.
Antes mesmo que se conclua o atual mandato, aprovado pela maioria do eleitorado, que a presidenta reorganize o governo e tome posse para o segundo período presidencial, FHC deu a senha para uma radicalização do discurso e das ações oposicionistas, acentuando seu sentido direitista e golpista. Exagerando o peso da sua opinião, antecipa-se aos demais líderes da coalizão derrotada e rejeita o diálogo proposto pela presidenta que, diga-se, não se dirigiu a ele, nem estritamente à oposição. Falando como estadista, Dilma enviara, no momento em que conhecia os resultados eleitorais, uma mensagem de unidade nacional, exercendo o seu indeclinável dever de estadista.
No último fim de semana ocorreram episódios que mostram a disposição da direita brasileira de não apenas desconhecer o resultado eleitoral, como de pôr em prática uma estratégia concebida e de execução iniciada no ano passado, cujo fim proclamado é a derrocada do governo. A manifestação de duas mil pessoas no último sábado (1º), em São Paulo, foi um chamado ao golpe militar.
A guerra declarada à presidenta Dilma pela oposição e os manifestantes direitistas contou nos últimos dias com a adesão de setores do PMDB que ocupam postos estratégicos no Congresso Nacional, movidos pelo ressentimento por não terem todos os seus objetivos eleitorais satisfeitos. A ofensiva desse setor tem agora continuidade na batalha pela Presidência da Câmara. Seus protagonistas violam acordos previamente estabelecidos e articulam uma candidatura francamente hostil ao Planalto e ao próprio vice-presidente da República, Michel Temer, principal liderança do PMDB.
O Brasil vive a partir da reeleição da presidenta Dilma Rousseff um momento político delicado, em que os justificados sentimentos de vitória e esperança do povo brasileiro de que o país continuará avançando no sentido democrático-popular e patriótico contrastam com a brutal ofensiva da direita e a posição hostil de facções de partidos da base do governo.
Tudo indica que a radicalização da direita mal começou, o que afasta qualquer ilusão de desenvolvimento suave da luta política no país.
Mais uma vez o Brasil está numa encruzilhada, de que pode resultar, dependendo da condução das forças consequentes, um avanço no desenvolvimento político e o progresso social. Em momentos assim, é necessário fazer valer a influência política, o poder de articulação das forças progressistas e do movimento popular, com unidade e mobilização em torno da realização de mais mudanças e reformas estruturais democráticas consoantes os anseios do povo brasileiro.
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