Por Rennan Martins, no site da Adital:
Na última terça, dia 9, estávamos às vésperas do Dia Internacional dos Direitos Humanos, data que foi também escolhida, por motivos óbvios, para a entrega do relatório final da Comissão Nacional da Verdade. Trata-se de documento com mais de 4 mil páginas, dividido em três volumes, que levou dois anos e sete meses para ser produzido.
Objetivo? "… apurar e esclarecer, indicando as circunstâncias e a autoria, as graves violações de direitos humanos praticadas entre 1946 e 1988 (o período entre as duas últimas constituições democráticas brasileiras) com o objetivo de efetivar o direito à memória e a verdade histórica e promover a reconciliação nacional.”
O Dia Internacional dos Direitos Humanos, por sua vez, instituiu-se baseado na Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada pela Assembleia Geral da ONU no dia 10 de dezembro de 1948. Estes direitos fundamentais e indivisíveis foram reconhecidos neste histórico documento após o mundo testemunhar as inomináveis atrocidades da Segunda Guerra Mundial.
Um dia antes desta tão importante data, a ex-ministra dos Direitos Humanos e deputada federal pelo Rio Grande do Sul, Maria do Rosário, não se furtou a bandeira que sempre empunhou e discursou na Câmara, falando sobre a importância do relatório que estava em vias de publicação e repudiando com veemência todo o autoritarismo sangrento que a ditadura representa na história do Brasil.
Eis que, após isso, o também deputado Jair Bolsonaro tomou a palavra. Era previsível que fosse atuar como filhote da ditadura, porém, ele foi além. Desenterrou um episódio ocorrido em 2003 quando Maria do Rosário lhe afirmou que ele "promove” a violência com o discurso de ódio que profere a torto e a direito. O deputado deturpou a fala de sua colega e começou com as já costumeiras bravatas, anunciando para a câmera que foi chamado de estuprador. Além disso, o ex-militar a xingou de "vagabunda”, lhe deu um empurrão e disse ainda que não a estuprava porque ela não merecia.
Bolsonaro requentou esta baixaria e a reforçou ontem (10) ao dizer que não a estupraria por ela ser "muito feia”. Também fez questão de deixar claro que não teme processos nem cassação. Esta repugnante figura sabe que tem a cumplicidade da maioria da casa, que manteve silêncio diante de tão escandalosa quebra de decoro parlamentar.
Muitos já notaram, mas é preciso reforçar. Bolsonaro é um oportunista que usa do mesmo discurso intolerante desde a era FHC e colhe os milhares de votos da massa fascista que a imprensa alimenta diuturnamente. Enche a boca pra acusar a esquerda de terrorismo, mas se "esquece” e nem é lembrado de que nos anos 80 queria explodir bombas em quartéis e só não o fez por conta do vazamento do plano.
A imbecilidade desse senhor foi friamente calculada, esses repugnantes pronunciamentos são uma cortina de fumaça que objetiva fazer com que esqueçamos a discussão promovida pelo relatório final da Comissão Nacional da Verdade.
Não defendo que devamos simplesmente deixar passar batido essas atitudes, devem ser combatidas de todas as formas. No entanto, é preciso esclarecer que Bolsonaro faz o que faz para que não discutamos as 434 mortes e desaparecimentos documentados, os 377 violadores de direitos humanos listados, as 29 recomendações da comissão. O objetivo maior dele é que não nos demos conta que a tortura era Política de Estado durante o regime daqueles que ele exalta e representa.
Na última terça, dia 9, estávamos às vésperas do Dia Internacional dos Direitos Humanos, data que foi também escolhida, por motivos óbvios, para a entrega do relatório final da Comissão Nacional da Verdade. Trata-se de documento com mais de 4 mil páginas, dividido em três volumes, que levou dois anos e sete meses para ser produzido.
Objetivo? "… apurar e esclarecer, indicando as circunstâncias e a autoria, as graves violações de direitos humanos praticadas entre 1946 e 1988 (o período entre as duas últimas constituições democráticas brasileiras) com o objetivo de efetivar o direito à memória e a verdade histórica e promover a reconciliação nacional.”
O Dia Internacional dos Direitos Humanos, por sua vez, instituiu-se baseado na Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada pela Assembleia Geral da ONU no dia 10 de dezembro de 1948. Estes direitos fundamentais e indivisíveis foram reconhecidos neste histórico documento após o mundo testemunhar as inomináveis atrocidades da Segunda Guerra Mundial.
Um dia antes desta tão importante data, a ex-ministra dos Direitos Humanos e deputada federal pelo Rio Grande do Sul, Maria do Rosário, não se furtou a bandeira que sempre empunhou e discursou na Câmara, falando sobre a importância do relatório que estava em vias de publicação e repudiando com veemência todo o autoritarismo sangrento que a ditadura representa na história do Brasil.
Eis que, após isso, o também deputado Jair Bolsonaro tomou a palavra. Era previsível que fosse atuar como filhote da ditadura, porém, ele foi além. Desenterrou um episódio ocorrido em 2003 quando Maria do Rosário lhe afirmou que ele "promove” a violência com o discurso de ódio que profere a torto e a direito. O deputado deturpou a fala de sua colega e começou com as já costumeiras bravatas, anunciando para a câmera que foi chamado de estuprador. Além disso, o ex-militar a xingou de "vagabunda”, lhe deu um empurrão e disse ainda que não a estuprava porque ela não merecia.
Bolsonaro requentou esta baixaria e a reforçou ontem (10) ao dizer que não a estupraria por ela ser "muito feia”. Também fez questão de deixar claro que não teme processos nem cassação. Esta repugnante figura sabe que tem a cumplicidade da maioria da casa, que manteve silêncio diante de tão escandalosa quebra de decoro parlamentar.
Muitos já notaram, mas é preciso reforçar. Bolsonaro é um oportunista que usa do mesmo discurso intolerante desde a era FHC e colhe os milhares de votos da massa fascista que a imprensa alimenta diuturnamente. Enche a boca pra acusar a esquerda de terrorismo, mas se "esquece” e nem é lembrado de que nos anos 80 queria explodir bombas em quartéis e só não o fez por conta do vazamento do plano.
A imbecilidade desse senhor foi friamente calculada, esses repugnantes pronunciamentos são uma cortina de fumaça que objetiva fazer com que esqueçamos a discussão promovida pelo relatório final da Comissão Nacional da Verdade.
Não defendo que devamos simplesmente deixar passar batido essas atitudes, devem ser combatidas de todas as formas. No entanto, é preciso esclarecer que Bolsonaro faz o que faz para que não discutamos as 434 mortes e desaparecimentos documentados, os 377 violadores de direitos humanos listados, as 29 recomendações da comissão. O objetivo maior dele é que não nos demos conta que a tortura era Política de Estado durante o regime daqueles que ele exalta e representa.
Temos que tomar cuidado.
ResponderExcluirO que eu acho sobre o caso Bosonaro caro miro é que caso ele seja cassado devido a suas atitudes antipopulares pode abrir um precedente legal sobre a legitimidade da cassação da Presidente Dilma por motivos da "corrupção" que é diariamente "noticiada" pela mídia tradicional golpista.
Acho que seria mais prudente e estratégico deixar que a oposição se manifeste ou que a própria população tome providências.
Para mim isso tem mais cara é de armadilha.
Vamos tomar cuidado.
esse bosonaro eun safado tem muito crimes na costa não respeitauma mulher tem de caçado e preso
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