Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Silvio Santos se faz de velhinho bobo aos domingos, mas de idiota nada tem.
Ele foi formando no SBT, país afora, um grupo de comentaristas de direita comparável à da Globo.
A diferença é que, diante de rumores de que possa ter problemas com os 150 milhões de reais que ganha anualmente do governo em publicidade federal, ele não tem hesitado em silenciá-los.
Mas isso depois de inúmeros discursos de ódio feitos, dia após dia.
Sheherazade, por estar baseada em São Paulo, é apenas o caso mais notável.
No Paraná, Paulo Eduardo Martins faz Sheherazade parecer doce, terna, construtiva, uma quase Madre Tereza. Ou fazia, porque ele foi – enfim – afastado.
Na última aparição de Martins antes de ser demitido, ele conseguiu chamar o telespectador de “animal” por, supostamente, aceitar a “ditadura do PT”.
Isso numa concessão pública que sem dinheiro do contribuinte não se sustenta. Martins é, ou era, pago por você e eu para promover o ódio ultraconservador no país.
O fanatismo cega as pessoas. Você pode fazer todas as restrições que quiser ao PT, mas acusá-lo de comandar uma ditadura é um extraordinário disparate.
Fosse uma ditadura real, ao estilo por exemplo da de Pinochet, Martins não teria coragem de se opor com tamanha veemência porque saberia o tamanho das consequências.
As bravatas de gente como ele se enquadram no chamado falso heroísmo, a coragem dos que sabem que nada vai acontecer ainda que insultem e agridam a todo instante o partido que está no poder.
Estes são os mais covardes em situações que definitivamente envolvam riscos.
Reduzido às redes sociais, Martins segue vociferando, na confortável segurança de quem sabe que sequer um processo vai enfrentar.
“Aos que me acusam de ter ódio do PT, esclareço: não tenho ódio, eu tenho nojo.”
Quanto ele é inconvincente nas perorações ficou claro nas últimas eleições. Ele se candidatou a deputado federal e, a despeito do palanque diário da tevê, fracassou miseravelmente. Mereceu 1,13% dos votos dos paranaenses.
Como Paulo Martins não se autocolocou na posição de comentarista do SBT no Paraná, a responsabilidade pelo mal que ele fez durante tanto tempo aos telespectadores mais ingênuos é de Silvio Santos.
Como para Sheherazade, o SBT prometeu a Martins, ao tirá-lo do ar, que ele teria um imaginário programa em 2015.
O de Sheherazade já micou. Está claro que Silvio Santos apenas esperava o resultado das eleições para ressuscitar, ou não, Sheherazade.
Quem sabe em 2018? Até lá, ela vai se virando na Jovem Pan, rádio que está recrutando o que existe de mais atrasado e mais predador no jornalismo político nacional.
Paulo Martins, embora tenha publicado em seu Facebook que voltaria num novo formato em 2015, sabe que Silvio Santos fez uma promessa que não será cumprida enquanto o PT estiver no poder.
O que mais incomoda, em tudo isso, é ver como o dinheiro público foi torrado, na forma de propaganda federal, para a produção de um conteúdo tão desagregador e tão canalha.
O governo provavelmente não soubesse o que estava fazendo ao manter, em nome da “mídia técnica”, o multimilionário aporte de dinheiro público para o SBT.
Mas Silvio Santos sabia muito bem o que fazia ao colocar em seus telejornais, e depois retirá-los, comentaristas como Sheherazade e Paulo Martins.
A diferença é que, diante de rumores de que possa ter problemas com os 150 milhões de reais que ganha anualmente do governo em publicidade federal, ele não tem hesitado em silenciá-los.
Mas isso depois de inúmeros discursos de ódio feitos, dia após dia.
Sheherazade, por estar baseada em São Paulo, é apenas o caso mais notável.
No Paraná, Paulo Eduardo Martins faz Sheherazade parecer doce, terna, construtiva, uma quase Madre Tereza. Ou fazia, porque ele foi – enfim – afastado.
Na última aparição de Martins antes de ser demitido, ele conseguiu chamar o telespectador de “animal” por, supostamente, aceitar a “ditadura do PT”.
Isso numa concessão pública que sem dinheiro do contribuinte não se sustenta. Martins é, ou era, pago por você e eu para promover o ódio ultraconservador no país.
O fanatismo cega as pessoas. Você pode fazer todas as restrições que quiser ao PT, mas acusá-lo de comandar uma ditadura é um extraordinário disparate.
Fosse uma ditadura real, ao estilo por exemplo da de Pinochet, Martins não teria coragem de se opor com tamanha veemência porque saberia o tamanho das consequências.
As bravatas de gente como ele se enquadram no chamado falso heroísmo, a coragem dos que sabem que nada vai acontecer ainda que insultem e agridam a todo instante o partido que está no poder.
Estes são os mais covardes em situações que definitivamente envolvam riscos.
Reduzido às redes sociais, Martins segue vociferando, na confortável segurança de quem sabe que sequer um processo vai enfrentar.
“Aos que me acusam de ter ódio do PT, esclareço: não tenho ódio, eu tenho nojo.”
Quanto ele é inconvincente nas perorações ficou claro nas últimas eleições. Ele se candidatou a deputado federal e, a despeito do palanque diário da tevê, fracassou miseravelmente. Mereceu 1,13% dos votos dos paranaenses.
Como Paulo Martins não se autocolocou na posição de comentarista do SBT no Paraná, a responsabilidade pelo mal que ele fez durante tanto tempo aos telespectadores mais ingênuos é de Silvio Santos.
Como para Sheherazade, o SBT prometeu a Martins, ao tirá-lo do ar, que ele teria um imaginário programa em 2015.
O de Sheherazade já micou. Está claro que Silvio Santos apenas esperava o resultado das eleições para ressuscitar, ou não, Sheherazade.
Quem sabe em 2018? Até lá, ela vai se virando na Jovem Pan, rádio que está recrutando o que existe de mais atrasado e mais predador no jornalismo político nacional.
Paulo Martins, embora tenha publicado em seu Facebook que voltaria num novo formato em 2015, sabe que Silvio Santos fez uma promessa que não será cumprida enquanto o PT estiver no poder.
O que mais incomoda, em tudo isso, é ver como o dinheiro público foi torrado, na forma de propaganda federal, para a produção de um conteúdo tão desagregador e tão canalha.
O governo provavelmente não soubesse o que estava fazendo ao manter, em nome da “mídia técnica”, o multimilionário aporte de dinheiro público para o SBT.
Mas Silvio Santos sabia muito bem o que fazia ao colocar em seus telejornais, e depois retirá-los, comentaristas como Sheherazade e Paulo Martins.
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