O “impeachment” de Graça, patrocinado por Merval - aliás, é incrível como a presidente da Petrobras foi derrubada em uníssono pelos jornalões de hoje - equivale a meio impeachment de Dilma.
Afinal, a Petrobras é a maior empresa brasileira. É a maior ferramenta à disposição do projeto desenvolvimentista que venceu as eleições de 2014.
Se O Globo quer derrubar Graça, é porque pretende interferir na política do pré-sal.
Quer, obviamente, alguém “do mercado”, como o “consultor” Adriano Pires, na direção da estatal.
Alguém que ceda o pré-sal às grandes petrolíferas internacionais.
Como?
Abrindo mão da partilha e voltando ao modelo das concessões, aquele em que a União embolsa um fixo e o petróleo extraído fica limpinho nas mãos da concessionária.
Tirando da Petrobras o papel de operadora única dos futuros blocos do pré-sal, com participação obrigatória mínima de 30% nos consórcios.
A vantagem é que O Globo, que publicou hoje seu terceiro editorial recente defendendo a Petrobrax, pelo menos deixa explícito qual é o jogo - Folha e Estadão não ousam abraçar o entreguismo de forma tão desavergonhada.
O Globo quer fortalecer a Petrobras reduzindo o papel da Petrobras no pré-sal e abrindo caminho para a ExxonMobil, Chevron, Shell e BP!
Quer mais dinheiro para o “mercado” e menos para o leite das crianças.
Protejam-se, que o “nacionalismo” dos irmãos Marinho está em ação.
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