Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
A Jovem Pan deixou de ser uma rádio. É, hoje, um centro de propaganda de ideias terrivelmente reacionárias.
Os ouvintes são bombardeados com comentários de extrema direita produzidos por Joseval Peixoto, Reinaldo Azevedo, Rachel Sheherazade e José Neumanne, para citar alguns.
Por trás disso está o dono, um eterno adolescente conhecido como Tutinha, ao qual se atribui a autoria da infame foto em que um herdeiro do Estadão, numa passeata pró-Aécio, erguia uma placa na qual mandava a Venezuela “se foder”. Se agiram em dupla, Debi e Loide não fariam coisa melhor.
Rádio é uma concessão pública, assim como tevê. Mas ao longo dos anos, no Brasil, emissoras de rádio e tevê foram sendo usadas para defender as ideias, e sobretudo os interesses econômicos, de seus donos, como é o caso da Jovem Pan.
Quando falo em concessão pública, entenda: o negócio caiu no colo de amigos do poder. Ganharam de graça a concessão, e com ela anúncios, financiamentos – tudo aquilo, enfim, que deriva do dinheiro do contribuinte.
O caso clássico é Roberto Marinho.
Nas memórias da Globo, o atual diretor geral do grupo, Carlos Shroeder, se derrama em bajulações ao companheiro Roberto Marinho. Nas palavras maravilhadas de Schroeder, Marinho construiu a Globo depois dos 60 anos.
Um dia essa história terá que ser contada direito.
Até um macaco faria a Globo, com as mamatas que Roberto Marinho recebeu da ditadura militar em troca de, para usar as palavras dele mesmo, ser o “melhor amigo” dela na imprensa.
Concessão, publicidade federal copiosa, financiamentos a juros maternos, certeza de impunidade em qualquer problema jurídico ou tributário: quem não faria uma emissora nestas condições?
Enquanto não dispôs de privilégios de ditadores, Roberto Marinho foi o que foi realmente: o dono de um jornal secundário no Rio, uma caricatura diante do líder Jornal do Brasil.
De volta à Jovem Pan.
Seus ouvintes são bombardeados por mensagens raivosas ultraconservadoras. Quem anuncia? O dinheiro público marca, como sempre, presença. No site, vi a Sabesp – de bolso raspado para dar água ao paulista, mas com recursos para colocar na Jovem Pan – e a Câmara Municipal de São Paulo.
Imagino que a publicidade da Câmara seja inercial, e tenha vindo dos dias de Serra e Kassab.
Mas hoje o presidente é José Américo, do PT. Ele já viu como o PT é tratado na rádio que ajuda a bancar?
“A gestão de Haddad é uma piada”, peguei ao acaso no site da rádio. O autor é Reinaldo Azevedo.
Joseval Peixoto, aos 78 anos o decano dos arquidireitistas, lamenta num comentário que não se fale no Congresso em impeachment pelo “crime de responsabilidade fiscal” de Dilma.
Foi ele que apresentou, num vídeo, Rachel Sheherazade como o grande reforço do jornalismo da Jovem Pan, em novembro passado.
Sheherazade, na Jovem Pan, logo mostrou a mesma graça que exibia no SBT. Num comentário recente, recriminou os brasileiros por terem perdido a capacidade de se indignar.
Isso porque uma pesquisa do Datafolha dizia que para os entrevistados Dilma é quem mais combate a corrupção entre os presidentes brasileiros.
Querida Rachel, ouso discordar de você.
Foi exatamente pela indignação em massa que Silvio Santos transformou você numa morta viva no SBT depois do histórico apoio aos justiceiros.
Zumbi no SBT, Sheherazade, para suas viúvas, pode ser ouvida agora na Jovem Pan.
Como sempre, sob o patrocínio do dinheiro público – e de donos de concessão que usam o presente que receberam para defender os interesses deles, deles e ainda deles.
Os ouvintes são bombardeados com comentários de extrema direita produzidos por Joseval Peixoto, Reinaldo Azevedo, Rachel Sheherazade e José Neumanne, para citar alguns.
Por trás disso está o dono, um eterno adolescente conhecido como Tutinha, ao qual se atribui a autoria da infame foto em que um herdeiro do Estadão, numa passeata pró-Aécio, erguia uma placa na qual mandava a Venezuela “se foder”. Se agiram em dupla, Debi e Loide não fariam coisa melhor.
Rádio é uma concessão pública, assim como tevê. Mas ao longo dos anos, no Brasil, emissoras de rádio e tevê foram sendo usadas para defender as ideias, e sobretudo os interesses econômicos, de seus donos, como é o caso da Jovem Pan.
Quando falo em concessão pública, entenda: o negócio caiu no colo de amigos do poder. Ganharam de graça a concessão, e com ela anúncios, financiamentos – tudo aquilo, enfim, que deriva do dinheiro do contribuinte.
O caso clássico é Roberto Marinho.
Nas memórias da Globo, o atual diretor geral do grupo, Carlos Shroeder, se derrama em bajulações ao companheiro Roberto Marinho. Nas palavras maravilhadas de Schroeder, Marinho construiu a Globo depois dos 60 anos.
Um dia essa história terá que ser contada direito.
Até um macaco faria a Globo, com as mamatas que Roberto Marinho recebeu da ditadura militar em troca de, para usar as palavras dele mesmo, ser o “melhor amigo” dela na imprensa.
Concessão, publicidade federal copiosa, financiamentos a juros maternos, certeza de impunidade em qualquer problema jurídico ou tributário: quem não faria uma emissora nestas condições?
Enquanto não dispôs de privilégios de ditadores, Roberto Marinho foi o que foi realmente: o dono de um jornal secundário no Rio, uma caricatura diante do líder Jornal do Brasil.
De volta à Jovem Pan.
Seus ouvintes são bombardeados por mensagens raivosas ultraconservadoras. Quem anuncia? O dinheiro público marca, como sempre, presença. No site, vi a Sabesp – de bolso raspado para dar água ao paulista, mas com recursos para colocar na Jovem Pan – e a Câmara Municipal de São Paulo.
Imagino que a publicidade da Câmara seja inercial, e tenha vindo dos dias de Serra e Kassab.
Mas hoje o presidente é José Américo, do PT. Ele já viu como o PT é tratado na rádio que ajuda a bancar?
“A gestão de Haddad é uma piada”, peguei ao acaso no site da rádio. O autor é Reinaldo Azevedo.
Joseval Peixoto, aos 78 anos o decano dos arquidireitistas, lamenta num comentário que não se fale no Congresso em impeachment pelo “crime de responsabilidade fiscal” de Dilma.
Foi ele que apresentou, num vídeo, Rachel Sheherazade como o grande reforço do jornalismo da Jovem Pan, em novembro passado.
Sheherazade, na Jovem Pan, logo mostrou a mesma graça que exibia no SBT. Num comentário recente, recriminou os brasileiros por terem perdido a capacidade de se indignar.
Isso porque uma pesquisa do Datafolha dizia que para os entrevistados Dilma é quem mais combate a corrupção entre os presidentes brasileiros.
Querida Rachel, ouso discordar de você.
Foi exatamente pela indignação em massa que Silvio Santos transformou você numa morta viva no SBT depois do histórico apoio aos justiceiros.
Zumbi no SBT, Sheherazade, para suas viúvas, pode ser ouvida agora na Jovem Pan.
Como sempre, sob o patrocínio do dinheiro público – e de donos de concessão que usam o presente que receberam para defender os interesses deles, deles e ainda deles.
Coincidência ou não, a rádio de Aécio é uma das filiadas e retransmissoras da Jovem Pan...
ResponderExcluirLeitura obrigatória contra a escória.
ResponderExcluirhttp://redecastorphoto.blogspot.com.br/2014/12/o-brasil-e-os-paises-desenvolvidos-as.html?m=1
A Jovem Pan não virou, ela sempre foi. As ligações com o regime instalado em 1964 são amplamente conhecidas
ResponderExcluirQuem ouve a Pan o dia inteiro sofre lavagem cerebral.E se ouvir a Denise Campos de Toledo com seus comentários "econômicos" 24 hs por dia , se suicida!
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