sábado, 20 de dezembro de 2014

O deputado rico e caloteiro do PSDB

Por Altamiro Borges

A revista IstoÉ - também chamada pelos mais maldosos de "QuantoÉ" - publicou inúmeras matérias desonestas e sensacionalistas durante a recente campanha eleitoral. Ela sequer disfarçou seu apoio ao cambaleante Aécio Neves - sabe-se lá a que preço. Até uma pesquisa criminosa, do instituto Sensus, ganhou manchete na revista na véspera do pleito - sabe-se lá, também, a que preço! Neste período, as sinistras "reporcagens" da IstoÉ ganharam a simpatia do restante da mídia tucana e foram destaque na TV Globo e nos jornalões. Nesta semana, porém, a revista publicou uma matéria curiosa sobre um sinistro deputado recém-eleito do PSDB. A pergunta que não quer calar: o restante da mídia tucana repercutirá a denúncia?

Segundo a reportagem, intitulada "Riqueza suspeita", o deputado federal Alfredo Kaefer (PSDB-PR) é o mais rico dentre os parlamentares eleitos em outubro passado. Ele declarou à Justiça Eleitoral que possui R$ 108,5 milhões em patrimônio. A maior parte desses recursos provém do aglomerado de empresas em seu nome, que inclui seguradora, frigorífico e jornais. Até aí nada de mais. Afinal, a onda conservadora verificada no pleito deste ano garantiu a vitória de inúmeros ricaços, que fizeram campanhas milionárias. O novo Congresso Nacional está lotado de empresários, ruralistas e outros representantes das elites endinheiradas. O que chamou a atenção da revista, porém, foi a forma como o tucano construiu sua fortuna!

"O deputado é alvo de três inquéritos e uma ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF), dois deles em fase avançada, graças às investigações já realizadas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Paraná. A suspeita mais recorrente nas investigações é a de que o deputado milionário tenha enriquecido graças a calotes aplicados nos seus credores e a uma série de manobras no patrimônio familiar para salvar seus bens de execuções. Segundo o Ministério Público Federal, a soma das dívidas de Kaefer com credores e instituições financeiras passa de R$ 1 bilhão, se somados os juros e as multas. É dez vezes o patrimônio que ele declara possuir".

Em setembro passado, Kaefer se tornou réu no STF por fraude do sistema financeiro. "A ação penal aberta contra ele apura crimes de gestão fraudulenta, empréstimo dissimulado e fornecimento de informação falsa ao Banco Central quando era presidente do conselho de gestão da empresa Sul Financeira S/A", descreve a IstoÉ. O tucano ricaço, que nega toda as denúncias, pode até ser cassado em breve. Será que a velha mídia, sempre tão imparcial e neutra, produzirá reportagens investigativas para apurar o caso? Ou ela só se interessa por denúncias contra os adversários da sua linha editorial golpista, entreguista e neoliberal?

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