Por Altamiro Borges
No seu falso moralismo, os barões da mídia costumam escolher mal seus heróis. A revista Veja, por exemplo, já elegeu o ex-senador Demóstenes Torres como “mosqueteiro da ética”. Pouco tempo depois, o líder dos demos foi cassado devido às suas íntimas ligações com o mafioso Carlinhos Cachoeira. Emissoras de tevê, jornalões e revistonas também bajulavam o governador José Roberto Arruda, o “vice-careca” do tucano José Serra, até que ele foi cassado no Distrito Federal pelo desvio de milhões dos cofres públicos. Agora, a mídia já tem a sua nova heroína: Venina Velosa. Após 27 minutos de exposição no Fantástico da TV Globo, com direito a choro e a muito melodrama, ela virou a musa dos udenistas. Aos poucos, porém, as verdades sobre a ex-diretora da Petrobras aparecem e setores da imprensa até já ensaiam descartá-la como bagaço.
Nesta sexta-feira (26), o insuspeito Estadão revelou que Venina Velosa foi uma das três integrantes do Conselho de Administração da Petrobras, criado em março de 2008 para administrar a bilionária obra da Refinaria Abreu e Lima (PE). Como braço direito de Paulo Roberto Costa, que se beneficia da “delação premiada” na Operação Lava-Jato, ela foi responsável pela assinatura de vários contratos que agora são investigados por irregularidades. O levantamento do jornal foi feito com base em 70 atas do conselho – de um total de 123 –, entre março de 2008 e janeiro de 2012. Ou seja: a “musa” da mídia golpista participou de todo o esquema agora denunciado como o maior escândalo de corrupção da história do país. A construção da Refinaria Abreu e Lima teve um custo inicial estimado em R$ 2,3 bilhões, mas consumiu mais de R$ 20 bilhões, sem ser concluída.
Na semana passada, o colunista do jornal O Globo, Jorge Bastos Moreno, já havia questionado a “pureza” da ex-diretora da estatal. “Venina terá de ser investigada pelos seus atos na Petrobras. Ela está longe de ser heroína”, disparou. Entre outros atos suspeitos, quando estava lotada em Cingapura, ela contratou, sem licitação, a empresa Salvaterra, do hoje ex-marido Maurício Luz, em 2004 (no valor de R$ 2,4 milhões) e 2006 (R$ 5,4 milhões) para prestar serviços de consultoria. Ela também assinou pedidos para antecipar as obras e para garantir aditivos milionários para a refinaria Abreu e Lima, apesar dos alertas já existentes sobre irregularidades na construção.
Em outro petardo contra a atriz do Fantástico, o Estadão revelou que “a comissão interna da Petrobras, formada para apurar irregularidades nas obras da refinaria Abreu e Lima, considerou a ex-gerente executiva Venina Velosa da Fonseca uma das responsáveis pela perda de R$ 25 milhões na assinatura de um contrato. A informação faz parte do relatório final da comissão, que aponta outras falhas na contratação de empresas... O Estado de S.Paulo teve acesso ao relatório final da comissão. Os auditores encontraram as chamadas não conformidades em 10 dos 23 contratos analisados”. Procurada pelo jornal, a ex-diretora afirmou ser vítima de “assédio moral”. Seguiu a linha de que a melhor defesa é o ataque!
Diante destes e de outros fatos suspeitos, muita gente já se pergunta quais seriam as intenções de Venina Velosa – também apelidada de Venina Venenosa. Há quem avalie que a ex-diretora da Petrobras tenta salvar sua própria pele e resolveu fazer o jogo das forças contrárias à estatal – que não são poucas. A própria entrevista melodramática ao Fantástico – programa dominical da TV Globo, que nunca escondeu sua visão privatista e entreguista contra a Petrobras – sofre questionamento. Até uma empresa especializada em tecnologia de análise de voz, a Truster, foi consultada sobre a entrevista e concluiu que Venina Velosa “não foi verdadeira quando afirmou que vem fazendo denúncias desde 2008”.
O estudo foi obtido pelo site Brasil-247 e é assinado pelo “perito em veracidade” Mauro J. Nadvorny. Ele é taxativo ao afirmar que Venina Velosa “não foi verdadeira ao tentar envolver algumas pessoas em sua denúncia, o que acaba sendo uma cortina de fumaça para o que realmente seria importante”. Para o especialista, a nova musa da direita “parece estar buscando uma vingança e não fazer justiça em nome dos funcionários da Petrobras”. Será que a mídia udenista apostou novamente numa fraude?
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No seu falso moralismo, os barões da mídia costumam escolher mal seus heróis. A revista Veja, por exemplo, já elegeu o ex-senador Demóstenes Torres como “mosqueteiro da ética”. Pouco tempo depois, o líder dos demos foi cassado devido às suas íntimas ligações com o mafioso Carlinhos Cachoeira. Emissoras de tevê, jornalões e revistonas também bajulavam o governador José Roberto Arruda, o “vice-careca” do tucano José Serra, até que ele foi cassado no Distrito Federal pelo desvio de milhões dos cofres públicos. Agora, a mídia já tem a sua nova heroína: Venina Velosa. Após 27 minutos de exposição no Fantástico da TV Globo, com direito a choro e a muito melodrama, ela virou a musa dos udenistas. Aos poucos, porém, as verdades sobre a ex-diretora da Petrobras aparecem e setores da imprensa até já ensaiam descartá-la como bagaço.
Nesta sexta-feira (26), o insuspeito Estadão revelou que Venina Velosa foi uma das três integrantes do Conselho de Administração da Petrobras, criado em março de 2008 para administrar a bilionária obra da Refinaria Abreu e Lima (PE). Como braço direito de Paulo Roberto Costa, que se beneficia da “delação premiada” na Operação Lava-Jato, ela foi responsável pela assinatura de vários contratos que agora são investigados por irregularidades. O levantamento do jornal foi feito com base em 70 atas do conselho – de um total de 123 –, entre março de 2008 e janeiro de 2012. Ou seja: a “musa” da mídia golpista participou de todo o esquema agora denunciado como o maior escândalo de corrupção da história do país. A construção da Refinaria Abreu e Lima teve um custo inicial estimado em R$ 2,3 bilhões, mas consumiu mais de R$ 20 bilhões, sem ser concluída.
Na semana passada, o colunista do jornal O Globo, Jorge Bastos Moreno, já havia questionado a “pureza” da ex-diretora da estatal. “Venina terá de ser investigada pelos seus atos na Petrobras. Ela está longe de ser heroína”, disparou. Entre outros atos suspeitos, quando estava lotada em Cingapura, ela contratou, sem licitação, a empresa Salvaterra, do hoje ex-marido Maurício Luz, em 2004 (no valor de R$ 2,4 milhões) e 2006 (R$ 5,4 milhões) para prestar serviços de consultoria. Ela também assinou pedidos para antecipar as obras e para garantir aditivos milionários para a refinaria Abreu e Lima, apesar dos alertas já existentes sobre irregularidades na construção.
Em outro petardo contra a atriz do Fantástico, o Estadão revelou que “a comissão interna da Petrobras, formada para apurar irregularidades nas obras da refinaria Abreu e Lima, considerou a ex-gerente executiva Venina Velosa da Fonseca uma das responsáveis pela perda de R$ 25 milhões na assinatura de um contrato. A informação faz parte do relatório final da comissão, que aponta outras falhas na contratação de empresas... O Estado de S.Paulo teve acesso ao relatório final da comissão. Os auditores encontraram as chamadas não conformidades em 10 dos 23 contratos analisados”. Procurada pelo jornal, a ex-diretora afirmou ser vítima de “assédio moral”. Seguiu a linha de que a melhor defesa é o ataque!
Diante destes e de outros fatos suspeitos, muita gente já se pergunta quais seriam as intenções de Venina Velosa – também apelidada de Venina Venenosa. Há quem avalie que a ex-diretora da Petrobras tenta salvar sua própria pele e resolveu fazer o jogo das forças contrárias à estatal – que não são poucas. A própria entrevista melodramática ao Fantástico – programa dominical da TV Globo, que nunca escondeu sua visão privatista e entreguista contra a Petrobras – sofre questionamento. Até uma empresa especializada em tecnologia de análise de voz, a Truster, foi consultada sobre a entrevista e concluiu que Venina Velosa “não foi verdadeira quando afirmou que vem fazendo denúncias desde 2008”.
O estudo foi obtido pelo site Brasil-247 e é assinado pelo “perito em veracidade” Mauro J. Nadvorny. Ele é taxativo ao afirmar que Venina Velosa “não foi verdadeira ao tentar envolver algumas pessoas em sua denúncia, o que acaba sendo uma cortina de fumaça para o que realmente seria importante”. Para o especialista, a nova musa da direita “parece estar buscando uma vingança e não fazer justiça em nome dos funcionários da Petrobras”. Será que a mídia udenista apostou novamente numa fraude?
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A pergunta correta não seria uma afirmação: a mídia é uma fraude!
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