Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
"O racionamento de água já existe", descobre Alckmin agora!
Não nos diga, caro governador Geraldo Alckmin... Quer dizer que tudo o que o senhor falou antes sobre a gravíssima crise da água em São Paulo, que não é de hoje, era só para enganar os eleitores? Que o digam os flagelados da Vila Madalena, o bairro mais boêmio de São Paulo, com seus bares e restaurantes sempre lotados, que nos últimos dias chegaram a ficar até 16 horas por dia sem água e agora são obrigados a fechar mais cedo.
Já reeleito, surfando na desinformação, vejam o que Alckmin disse, com todas as letras, no dia 24 de outubro, dois dias antes do segundo turno, quando fazia campanha para o tucano Aécio Neves, que ainda estava no páreo das eleições presidenciais de 2014:
"O abastecimento de água está garantido na região metropolitana de São Paulo. Não tem racionamento e não tem desabastecimento".
Pois ficamos sabendo agora, nas palavras do próprio governador, que o abastecimento não só não estava garantido, como já vivíamos o racionamento de água desde março, só que a culpa não era dele.
"O racionamento já existe. Quando a ANA determina, quando ela diz que você tem que reduzir de 33 para 17 metros cúbicos por segundo a retirada de água do Cantareira, é óbvio que você já está em restrição".
ANA é a sigla da Agência Nacional de Águas, órgão regulador do governo federal. Por ironia das ironias, foi lá que Alckmin recrutou o novo presidente da Sabesp, Jerson Kelman, que preparou a população para o pior: além do racionamento em determinados horários, como já existe, poderemos também ter em breve o rodízio no fornecimento de água aos bairros.
Quer dizer, depois da comporta arrombada, Alckmin foi pedir ajuda financeira ao governo federal e de lá trouxe o homem que agora é responsável por evitar o colapso, pois o Sistema Cantareira, segundo ele, pode secar de vez até março, com o atual nível das chuvas, abaixo da média dos anos anteriores.
"Sim, podemos chegar a ter um rodízio. Torcemos para que não, mas pode chegar", alertou Kelman, em longa entrevista à imprensa na quarta-feira. Foi a primeira vez em que uma autoridade do governo estadual procurou falar a verdade à população. E até Alckmin foi obrigado a admitir o que até ontem procurava esconder.
Além de torcer pela chuva, finalmente a Sabesp parece realmente mais preocupada em tomar providências concretas para minimizar as agruras da população de São Paulo do que com os dividendos dos seus acionistas. Chegamos a este ponto, depois de anos de descaso e falta de planejamento dos sucessivos governos tucanos.
De nada adianta agora querer atribuir à ANA a "restrição da pressão hídrica", o outro nome do racionamento em tucanês, medida determinada no começo do ano passado, quando a crise já se agravava e a água começava a faltar nas torneiras dos paulistanos.
E vamos que vamos.
Já reeleito, surfando na desinformação, vejam o que Alckmin disse, com todas as letras, no dia 24 de outubro, dois dias antes do segundo turno, quando fazia campanha para o tucano Aécio Neves, que ainda estava no páreo das eleições presidenciais de 2014:
"O abastecimento de água está garantido na região metropolitana de São Paulo. Não tem racionamento e não tem desabastecimento".
Pois ficamos sabendo agora, nas palavras do próprio governador, que o abastecimento não só não estava garantido, como já vivíamos o racionamento de água desde março, só que a culpa não era dele.
"O racionamento já existe. Quando a ANA determina, quando ela diz que você tem que reduzir de 33 para 17 metros cúbicos por segundo a retirada de água do Cantareira, é óbvio que você já está em restrição".
ANA é a sigla da Agência Nacional de Águas, órgão regulador do governo federal. Por ironia das ironias, foi lá que Alckmin recrutou o novo presidente da Sabesp, Jerson Kelman, que preparou a população para o pior: além do racionamento em determinados horários, como já existe, poderemos também ter em breve o rodízio no fornecimento de água aos bairros.
Quer dizer, depois da comporta arrombada, Alckmin foi pedir ajuda financeira ao governo federal e de lá trouxe o homem que agora é responsável por evitar o colapso, pois o Sistema Cantareira, segundo ele, pode secar de vez até março, com o atual nível das chuvas, abaixo da média dos anos anteriores.
"Sim, podemos chegar a ter um rodízio. Torcemos para que não, mas pode chegar", alertou Kelman, em longa entrevista à imprensa na quarta-feira. Foi a primeira vez em que uma autoridade do governo estadual procurou falar a verdade à população. E até Alckmin foi obrigado a admitir o que até ontem procurava esconder.
Além de torcer pela chuva, finalmente a Sabesp parece realmente mais preocupada em tomar providências concretas para minimizar as agruras da população de São Paulo do que com os dividendos dos seus acionistas. Chegamos a este ponto, depois de anos de descaso e falta de planejamento dos sucessivos governos tucanos.
De nada adianta agora querer atribuir à ANA a "restrição da pressão hídrica", o outro nome do racionamento em tucanês, medida determinada no começo do ano passado, quando a crise já se agravava e a água começava a faltar nas torneiras dos paulistanos.
E vamos que vamos.
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