Por Altamiro Borges
As jornadas de junho de 2013, que levaram milhares de pessoas às ruas pelos mais distintos motivos, botaram medo em muitos governantes. Mas, pelo jeito, alguns não aprenderam nada com aquelas mobilizações. Na semana passada, ao tomar posse, a nova governadora de Roraima, Suely Campos (PP), anunciou a nomeação de 19 parentes para o seu secretariado. Ela desafiou as regras básicas que deveriam coibir o nepotismo na política brasileira. Entre os nomeados estão suas duas filhas, irmãs, primos e sobrinhos. Depois o mandatário não entende porque uma parte da população rejeita a política e os políticos e promove protestos, até violentos, diante dos palácios governamentais.
Suely Campos já chegou ao governo de maneira inusitada. Ela só concorreu a eleição porque o seu marido, o ex-governador Neudo Campos, foi barrado pela Lei da Ficha Limpa. Ele renunciou à disputa em 12 de setembro, faltando poucos dias para o pleito, mas conseguiu garantir a volta da sua dinastia no poder. Empossada, a governadora nomeou a filha, Danielle Araújo, para a chefia da Casa Civil. A outra herdeira, Emília Campos, foi indicada para ocupar a Secretaria do Trabalho. Já a titular da Secretaria da Educação será a sua irmã, Selma Mulinari, e a Secretaria da Agricultura ficará sob os cuidados de Hipérion de Oliveira, seu primo.
Em Roraima, o salário de um secretário estadual é de quase R$ 23.000. Já o rendimento dos secretários-adjuntos é de R$ 16.000 – e vários outros parentes da pepepista foram contemplados com estes valiosos cargos. Diante de tamanha provocação, o Ministério Público do Estado já solicitou à governadora, sob a pena de adoção de medidas judiciais, que exonere os seus familiares. O órgão contabiliza 19 parentes que foram indicados para postos de destaque no governo. Juntos, estes apadrinhados de Suely Campos receberão R$ 398 mil por mês.
Mas a governadora eleita no segundo turno – numa disputa apertada, em que obteve 54,8% dos votos – parece viver em outro mundo e já disse que não recuará. Ela garante que a nomeação dos parentes decorre exclusivamente de motivos “técnicos, de confiança e comprometimento” e tem base legal. Caso a sociedade volte a ocupar as ruas contra esta imoralidade, ela não poderá dizer que desconhece os motivos da revolta!
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As jornadas de junho de 2013, que levaram milhares de pessoas às ruas pelos mais distintos motivos, botaram medo em muitos governantes. Mas, pelo jeito, alguns não aprenderam nada com aquelas mobilizações. Na semana passada, ao tomar posse, a nova governadora de Roraima, Suely Campos (PP), anunciou a nomeação de 19 parentes para o seu secretariado. Ela desafiou as regras básicas que deveriam coibir o nepotismo na política brasileira. Entre os nomeados estão suas duas filhas, irmãs, primos e sobrinhos. Depois o mandatário não entende porque uma parte da população rejeita a política e os políticos e promove protestos, até violentos, diante dos palácios governamentais.
Suely Campos já chegou ao governo de maneira inusitada. Ela só concorreu a eleição porque o seu marido, o ex-governador Neudo Campos, foi barrado pela Lei da Ficha Limpa. Ele renunciou à disputa em 12 de setembro, faltando poucos dias para o pleito, mas conseguiu garantir a volta da sua dinastia no poder. Empossada, a governadora nomeou a filha, Danielle Araújo, para a chefia da Casa Civil. A outra herdeira, Emília Campos, foi indicada para ocupar a Secretaria do Trabalho. Já a titular da Secretaria da Educação será a sua irmã, Selma Mulinari, e a Secretaria da Agricultura ficará sob os cuidados de Hipérion de Oliveira, seu primo.
Em Roraima, o salário de um secretário estadual é de quase R$ 23.000. Já o rendimento dos secretários-adjuntos é de R$ 16.000 – e vários outros parentes da pepepista foram contemplados com estes valiosos cargos. Diante de tamanha provocação, o Ministério Público do Estado já solicitou à governadora, sob a pena de adoção de medidas judiciais, que exonere os seus familiares. O órgão contabiliza 19 parentes que foram indicados para postos de destaque no governo. Juntos, estes apadrinhados de Suely Campos receberão R$ 398 mil por mês.
Mas a governadora eleita no segundo turno – numa disputa apertada, em que obteve 54,8% dos votos – parece viver em outro mundo e já disse que não recuará. Ela garante que a nomeação dos parentes decorre exclusivamente de motivos “técnicos, de confiança e comprometimento” e tem base legal. Caso a sociedade volte a ocupar as ruas contra esta imoralidade, ela não poderá dizer que desconhece os motivos da revolta!
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"Depois o mandatário não entende porque uma parte da população rejeita a política e os políticos e promove protestos, até violentos, diante dos palácios governamentais." É pra rir?
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