segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Pré-sal está na mira da oposição

Do blog de Zé Dirceu:

Passou-se um mês com a gente de férias, houve a virada do ano, voltamos e continua a impressionar a insistência com a qual a mídia, em meio a todo o noticiário-denúncia que propala contra a Petrobras, sempre arruma um jeito de combater o pré-sal e a exigência do governo federal de conteúdo nacional de até 60% em tudo o que envolva a exploração do petróleo da camada marítima.

Neste domingo foi a vez do jornal O Globo insistir nessa história de que a crise na estatal já leva o mercado a discutir a obrigatoriedade do conteúdo nacional. Mas, o objetivo de fomentar e sustentar a “crise” desde o início, ainda no ano passado, não era já exatamente este?

Vejam, também, que diariamente nossa velha e conservadora mídia afirma que com a queda da cotação do preço internacional do barril de petróleo, em breve, não compensará mais o petróleo da camada e sim o país continuar importador ad eternum. Nas verdade, torcem para que isso aconteça. Esse é o objetivo central da oposição.

Objetivo já anunciado, aliás, pelo candidato da oposição ao Planalto, senador Aécio Neves (PSDB-MG), ao longo de sua campanha eleitoral no ano passado, quando pregou a mudança do marco regulatório; o fim do modelo de partilha, com revisão do conteúdo nacional e distribuição dos royalties; a entrega para o capital financeiro do controle do petróleo, do excedente da renda; e o fim de uma indústria nacional de óleo e gás.

Já em relação às investigações da Lava Jato, espantam os dois pesos e duas medidas da nossa velha imprensa. Durante o recesso do blog, vocês puderam acompanhar o forte empenho da Rede Globo em repetir o desmentido do advogado do senador eleito Antonio Anastasia (PSDB-MG) assim que surgiu a denúncia de um ex-policial afirmando ter levado malas de dinheiro para o tucano mineiro em 2010. Questão desmentida à exaustão nos noticiosos da Rede Globo, o assunto, em seguida, simplesmente sumiu do noticiário.

Um comentário:

  1. Só espero que essa investigação da Lava Jato não termine como a do Banestado e nem se repita o Mentirão. Aliás, vai ficar por isso mesmo?
    Esse é o nosso dever - pressionar para que o pessoal envolvido com a negociação não repita as pataquadas do passado. Olho vivo, que cavalo não desce escada.

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