Por Altamiro Borges
Na semana retrasada, o primeiro-ministro do Reino Unido, o conservador David Cameron, demonizou o Papa Francisco – que afirmara que “há limites para a liberdade de expressão” – numa tentativa canhestra de tirar proveito da comoção criada na Europa com o bárbaro atentado à sede do jornal satírico Charlie Hebdo. Bravateiro profissional, o renomado direitista posou de defensor da liberdade de imprensa como um bem absoluto. Mas a vida é cruel. Dias depois, o jornal “Guardian” revelou que o governo britânico espiona centenas de milhares de e-mails de jornalistas.
O serviço sujo é feito por um programa de espionagem do Quartel-General de Comunicações do Governo (GCHQ, na sigla em inglês). Ele capta os e-mails dos jornalistas da imprensa britânica e internacional. Segundo o repórter James Balldo, “a informação está em documentos divulgados por Edward Snowden, ex-funcionário da NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA) que revelou o grande esquema de espionagem dos dois governos. Mensagens da BBC, Reuters, ‘Guardian’, ‘New York Times’, ‘Le Monde’, ‘Sun’, NBC e ‘Washington Post’ foram copiadas pelo GCHQ e compartilhadas na rede interna da agência britânica”.
Segundo os documentos vazados, em apenas 10 minutos de um único dia o GCHQ bisbilhotou mais de 70 mil e-mails. “Eles incluíam correspondências entre repórteres e editores sobre reportagens em curso. Os funcionários da agência com acesso liberado à rede interna puderam lê-las. Não há evidências, porém, de que os jornalistas tenham ou não sido alvos deliberados. Outros documentos revelados por Snowden mostram que uma avaliação de segurança da informação do GCHQ incluía ‘jornalistas investigativos’ em uma hierarquia de ameaças que também incorporava hackers e terroristas”.
A denúncia desmascara o conservador David Cameron e seu cínico discurso sobre a liberdade de expressão. Ela confirma também que cresce a vigilância sobre a internet sob o argumento falacioso do combate ao terrorismo. Diante do escândalo, “mais de cem editores de veículos britânicos, entre os quais os de todos os grandes jornais, assinaram uma carta ao primeiro-ministro britânico, David Cameron, protestando contra a espionagem às comunicações de jornalistas”, relata o 'Guardian', que complementa: “Um porta-voz do GCHQ disse que ‘é nossa política não comentar sobre questões de segurança’ e que ‘o trabalho do GCHQ é executado sob uma estrutura legal e política rigorosa'”.
Na semana retrasada, o primeiro-ministro do Reino Unido, o conservador David Cameron, demonizou o Papa Francisco – que afirmara que “há limites para a liberdade de expressão” – numa tentativa canhestra de tirar proveito da comoção criada na Europa com o bárbaro atentado à sede do jornal satírico Charlie Hebdo. Bravateiro profissional, o renomado direitista posou de defensor da liberdade de imprensa como um bem absoluto. Mas a vida é cruel. Dias depois, o jornal “Guardian” revelou que o governo britânico espiona centenas de milhares de e-mails de jornalistas.
O serviço sujo é feito por um programa de espionagem do Quartel-General de Comunicações do Governo (GCHQ, na sigla em inglês). Ele capta os e-mails dos jornalistas da imprensa britânica e internacional. Segundo o repórter James Balldo, “a informação está em documentos divulgados por Edward Snowden, ex-funcionário da NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA) que revelou o grande esquema de espionagem dos dois governos. Mensagens da BBC, Reuters, ‘Guardian’, ‘New York Times’, ‘Le Monde’, ‘Sun’, NBC e ‘Washington Post’ foram copiadas pelo GCHQ e compartilhadas na rede interna da agência britânica”.
Segundo os documentos vazados, em apenas 10 minutos de um único dia o GCHQ bisbilhotou mais de 70 mil e-mails. “Eles incluíam correspondências entre repórteres e editores sobre reportagens em curso. Os funcionários da agência com acesso liberado à rede interna puderam lê-las. Não há evidências, porém, de que os jornalistas tenham ou não sido alvos deliberados. Outros documentos revelados por Snowden mostram que uma avaliação de segurança da informação do GCHQ incluía ‘jornalistas investigativos’ em uma hierarquia de ameaças que também incorporava hackers e terroristas”.
A denúncia desmascara o conservador David Cameron e seu cínico discurso sobre a liberdade de expressão. Ela confirma também que cresce a vigilância sobre a internet sob o argumento falacioso do combate ao terrorismo. Diante do escândalo, “mais de cem editores de veículos britânicos, entre os quais os de todos os grandes jornais, assinaram uma carta ao primeiro-ministro britânico, David Cameron, protestando contra a espionagem às comunicações de jornalistas”, relata o 'Guardian', que complementa: “Um porta-voz do GCHQ disse que ‘é nossa política não comentar sobre questões de segurança’ e que ‘o trabalho do GCHQ é executado sob uma estrutura legal e política rigorosa'”.
O conservador britânico até podia ser excomungado por suas mentiras, cinismo e outros crimes!
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