domingo, 1 de fevereiro de 2015

Dilma e a batalha da comunicação

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Izaías Almada

A água lava, lava tudo...

A água só não lava a língua dessa gente...

(marchinha de carnavel)


E o Brasil continua a ser um país curioso. No mesmo dia em que a Sabesp em São Paulo alerta que a racionamento de água na capital pode chegar a 05 dias por semana, a presidente Dilma em Brasília pede a seus novos ministros para travar uma batalha na comunicação com a imprensa em defesa do governo. “Travem a batalha da comunicação”, teria dito a presidente aos seus ministros.

Já iniciando o quinto ano de sua administração e décimo primeiro do período Lula/Dilma, a presidente ainda não se deu conta de que esta guerra da comunicação pode estar quase perdida? Não se deu conta de que por pouco não perderia a eleição do ano passado? Não se deu conta que a inoperância de seus dois ministros até então, da Justiça e da Comunicação, ao andarem passeando por Brasília durante quatro anos? Não se deu conta de que a imprensa convenceu o país de que o seu governo e o PT (a esquerda em geral) é composta por ladrões e mentecaptos? Não se deu conta de que em política essa história de oferecer a outra face é um grande conto da carochinha?

Desde que o PT chegou ao poder em Brasília os principais órgãos de comunicação no Brasil, por interesse próprios ou como porta voz de outros interesses tão ou mais nefastos que os seus, batem à vontade: o governo tem sido bombardeado, vilipendiado, enxovalhado nas mais diversas questões, tenham elas a ver ou não com o progresso do país. Ou com a verdade dos fatos.

O programa “Bolsa Imprensa” sustenta o que há de pior em informação no país, auxiliando famílias a engordarem suas contas em paraísos fiscais e que se encontram nessas listas idiotas das pessoas mais ricas em seu país e no mundo.

Num mundo cada vez mais desigual, nada mais caipira e perverso do que ficar medindo o tamanho da riqueza e ostentação dos donos do capital ou de celebridades, cujo grau de cultura, inteligência e sensibilidade para com seus semelhantes tem a aparência do atual solo do reservatório da Cantareira.

Ao pedir aos seus ministros que travem a batalha da comunicação, a presidente, de maneira inconsciente, acredito, usou um verbo bastante ambíguo da língua portuguesa, pois pode ao mesmo tempo expressar um incentivo à ação, como também pode significar interrupção dessa mesma ação. Seria melhor dizer: destravem a batalha da comunicação. Com ela, a presidente poderia dar o exemplo aos seus ministros e ao país, pois dispõe de cadeia nacional para combater politicamente seus adversários mais ferozes e antidemocráticos.

Mas nada. Em matéria de comunicação o governo é um zero à esquerda. E não tem sido por falta de advertência dos inúmeros blogs, jornalistas democráticos e movimentos sociais que cantam a bola diariamente.

Quando um governo começa a ter que explicar aos seus principais eleitores e beneficiários que seus programas sociais não vão mudar, alguma coisa está fora do lugar.

Só não vê quem não quer: congresso mais conservador, judiciário ambíguo, bombardeio mediático contra, a maior empresa do país sob fogo cerrado, a corrupção como um fenômeno que começou e se ampliou com os governos do PT, seca e falta d’água para aumentar o drama, ministros que não se sabe por qual razão foram escolhidos, a sensação de um país que se desorganiza.

É o cenário ideal para que apareça alguém pedindo que se ponha a casa em ordem... E já sabemos onde isso pode acabar. A não ser... Bem, a não ser que...

Surpresas também acontecem. Está aí o exemplo da Grécia. E mais: alguém ainda se lembra de como Hugo Chávez chegou ao poder na Venezuela?

Um comentário:

  1. Já estamos no Décimo Terceiro ano desde que o PT chegou ao Governo...

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