Por Altamiro Borges
Um vídeo que circulou na internet nesta terça-feira (24) mostra a que ponto chegou a intolerância política em setores médios da sociedade – tão envenenados pela campanha de ódio disseminada diariamente pela mídia direitista. O ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi hostilizado no interior do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, quando acompanhava sua esposa, Eliane Berger, que luta contra um câncer. Na cafeteria do prédio, ele foi xingado por uma mulher e, na sequência, agredido por outros fascistóides aos gritos de “Vai para o SUS” e “Vai para Cuba”. Diante desta atitude desumana, o ex-ministro e sua esposa deixaram o local para evitar maiores constrangimentos.
Diante da repercussão imediata do episódio, a direção do Hospital Albert Einstein divulgou nota em que declara que “recebe igualmente a todos, pacientes ou não, rechaça qualquer atitude de intolerância e lamenta o fato ocorrido em seu ambiente”. A pronta resposta, porém, é insuficiente. O estabelecimento tem câmeras internas de vídeo e deve identificar os envolvidos nesta barbárie – inclusive, se a agressão partiu de médicos e funcionários desta rica instituição privada. Diante da selvageria, o próprio governo – a quem o ministro Guido Mantega serviu por mais de dez anos – deve acionar os órgãos competentes para apurar o caso. Não dá para deixar na impunidade este crime!
Por coincidência, na mesma semana em que o vídeo vazou – a agressão ocorreu em 19 de fevereiro –, o presidente da Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein, Claudio Luiz Lottenberg, publicou um artigo na “Folha” com críticas hidrófobas ao governo Dilma. “Um diagnóstico do Brasil neste momento mostra um paciente em estado grave. Sinais vitais da economia, como inflação, juros, taxa de desemprego e índice de crescimento recomendam cuidados. O maior patrimônio empresarial está debilitado pelo cancro da corrupção. A síndrome do apagão causa perturbações no cotidiano das famílias, das instituições que prestam serviços, da indústria e do comércio. A falta de ética contamina relações políticas e sociais. A ganância fiscal aumenta a obesidade de órgãos públicos esclerosados”, afirma o “doutor” no texto publicado nesta segunda-feira (22).
No mesmo texto, o autor – que já escreveu outras pérolas em defesa do sionismo e justificando a violência contra os palestinos – também registra “a descrença na classe política”, critica “os paliativos programas compensatórios” (estaria se referindo aos programas sociais do governo, como o “Bolsa Família” e o “Mais Médicos”?) e condena o “corporativismo e a regulação anacrônica” (estaria se referindo aos salários e direitos trabalhistas dos médicos e funcionários, alguns deles tão subservientes?). Diante da lamentável agressão ao ex-ministro e sua esposa e do raivoso artigo publicado na “Folha”, a insuspeita jornalista Barbara Gancia, que não pode ser acusada de governista ou esquerdista, postou uma mensagem em seu Facebook nesta quarta-feira (25). Vale conferir:
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Para o dr. Claudio Lottenberg, presidente da Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein, que, no último domingo, na modestíssima opinião desta datilógrafa que vos fala, ocupou o espaço da página 3 da Folha de S. Paulo (Tendências/Debates) com a distribuição de ufanismos a instituição que dirige, estatísticas soporíferas e metáforas de gosto duvidoso sobre saúde do corpo e vitalidade do país ("cancro da corrupção"; "ganância fiscal que aumenta a obesidade de órgãos públicos esclerosados" -fala a verdade?-; "Brasil precisa de terapia intensiva com o apoio de todos que possam colaborar para sua recuperação"), pois então, para este discípulo de Hipócrates tão cioso do seu dever sagrado e tão avesso ao exercício do poder por meio da política, para ele eu tenho algumas questões incisivas (uia!):
Caro senhor doutor presidente:
1) Já foram identificados os indivíduos que hostilizaram ao ex-ministro Mantega e sua mulher, que foi ao hospital na terça-feira para ser submetida a tratamento contra o câncer?
2) Que providências os senhores estão tomando, foi registrado Boletim de Ocorrência?
3) A direção do hospital está ciente de que, caso este comportamento brutal for tolerado e nenhuma medida tiver sido tomada contra quem o praticou, isto irá significar que a Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein compactua com a irresponsabilidade, a escalada da violência e o desrespeito à ordem pública?
O senhor entende, dr. Claudio, que o Einstein não pode consentir, porque isso significa que ele se colocará do lado dos inconsequentes que querem ver o circo pegar fogo sem medir as consequências para as instituições?
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Um vídeo que circulou na internet nesta terça-feira (24) mostra a que ponto chegou a intolerância política em setores médios da sociedade – tão envenenados pela campanha de ódio disseminada diariamente pela mídia direitista. O ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi hostilizado no interior do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, quando acompanhava sua esposa, Eliane Berger, que luta contra um câncer. Na cafeteria do prédio, ele foi xingado por uma mulher e, na sequência, agredido por outros fascistóides aos gritos de “Vai para o SUS” e “Vai para Cuba”. Diante desta atitude desumana, o ex-ministro e sua esposa deixaram o local para evitar maiores constrangimentos.
Diante da repercussão imediata do episódio, a direção do Hospital Albert Einstein divulgou nota em que declara que “recebe igualmente a todos, pacientes ou não, rechaça qualquer atitude de intolerância e lamenta o fato ocorrido em seu ambiente”. A pronta resposta, porém, é insuficiente. O estabelecimento tem câmeras internas de vídeo e deve identificar os envolvidos nesta barbárie – inclusive, se a agressão partiu de médicos e funcionários desta rica instituição privada. Diante da selvageria, o próprio governo – a quem o ministro Guido Mantega serviu por mais de dez anos – deve acionar os órgãos competentes para apurar o caso. Não dá para deixar na impunidade este crime!
Por coincidência, na mesma semana em que o vídeo vazou – a agressão ocorreu em 19 de fevereiro –, o presidente da Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein, Claudio Luiz Lottenberg, publicou um artigo na “Folha” com críticas hidrófobas ao governo Dilma. “Um diagnóstico do Brasil neste momento mostra um paciente em estado grave. Sinais vitais da economia, como inflação, juros, taxa de desemprego e índice de crescimento recomendam cuidados. O maior patrimônio empresarial está debilitado pelo cancro da corrupção. A síndrome do apagão causa perturbações no cotidiano das famílias, das instituições que prestam serviços, da indústria e do comércio. A falta de ética contamina relações políticas e sociais. A ganância fiscal aumenta a obesidade de órgãos públicos esclerosados”, afirma o “doutor” no texto publicado nesta segunda-feira (22).
No mesmo texto, o autor – que já escreveu outras pérolas em defesa do sionismo e justificando a violência contra os palestinos – também registra “a descrença na classe política”, critica “os paliativos programas compensatórios” (estaria se referindo aos programas sociais do governo, como o “Bolsa Família” e o “Mais Médicos”?) e condena o “corporativismo e a regulação anacrônica” (estaria se referindo aos salários e direitos trabalhistas dos médicos e funcionários, alguns deles tão subservientes?). Diante da lamentável agressão ao ex-ministro e sua esposa e do raivoso artigo publicado na “Folha”, a insuspeita jornalista Barbara Gancia, que não pode ser acusada de governista ou esquerdista, postou uma mensagem em seu Facebook nesta quarta-feira (25). Vale conferir:
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Para o dr. Claudio Lottenberg, presidente da Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein, que, no último domingo, na modestíssima opinião desta datilógrafa que vos fala, ocupou o espaço da página 3 da Folha de S. Paulo (Tendências/Debates) com a distribuição de ufanismos a instituição que dirige, estatísticas soporíferas e metáforas de gosto duvidoso sobre saúde do corpo e vitalidade do país ("cancro da corrupção"; "ganância fiscal que aumenta a obesidade de órgãos públicos esclerosados" -fala a verdade?-; "Brasil precisa de terapia intensiva com o apoio de todos que possam colaborar para sua recuperação"), pois então, para este discípulo de Hipócrates tão cioso do seu dever sagrado e tão avesso ao exercício do poder por meio da política, para ele eu tenho algumas questões incisivas (uia!):
Caro senhor doutor presidente:
1) Já foram identificados os indivíduos que hostilizaram ao ex-ministro Mantega e sua mulher, que foi ao hospital na terça-feira para ser submetida a tratamento contra o câncer?
2) Que providências os senhores estão tomando, foi registrado Boletim de Ocorrência?
3) A direção do hospital está ciente de que, caso este comportamento brutal for tolerado e nenhuma medida tiver sido tomada contra quem o praticou, isto irá significar que a Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein compactua com a irresponsabilidade, a escalada da violência e o desrespeito à ordem pública?
O senhor entende, dr. Claudio, que o Einstein não pode consentir, porque isso significa que ele se colocará do lado dos inconsequentes que querem ver o circo pegar fogo sem medir as consequências para as instituições?
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Sugiro que todos enviem uma mensagem protestando contra a atitude da médica e pedindo providências do hospital.
ResponderExcluirEu acabei de fazer isso!
ei como faço pra mandar mensagem protestando????
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