No último post disse que abordaria o risco das ruas a partir do resultado da última pesquisa Datafolha sobre a queda de popularidade da presidenta Dilma. Ele é real. E quem fizer análises políticas desprezando-o, pode tomar uma senhora bola nas costas.
A oposição ganhou musculatura na última disputa eleitoral e conseguiu ampliar o número de militantes que se dispõe a debater política na rede e a ir pra rua disputar cada metro quadrado.
Num primeiro momento esse povo não se empolgou com a tese do impeachment. Até porque ela era absurda. Mal a eleição tinha acabado e os Bananas de Pijama já estavam batendo seus bumbos na Paulista liderados pelo velho Lobo.
Aquilo era só um teste ridículo, mas que valeu para verificar quantos fariam qualquer coisa pra tirar Dilma da presidência.
Naquele momento Dilma tinha uma popularidade bem diferente de agora. Hoje, a presidenta tem quase metade da população achando que seu governo é ruim e péssimo. E menos de ¼ que o consideram bom e ótimo.
Foram-se os anéis e boa parte dos dedos da popularidade num curtíssimo espaço de tempo.
E numa sociedade de 100 milhões de pessoas conectadas digitalmente, juntar 1 milhão de insatisfeitos em diferentes partes do país passa a ser um desafio menos delirante num ambiente desses.
Ou seja, após o Carnaval a oposição pode ter condições de botar seu bloco na rua de forma mais volumosa.
Isso é algo dado?
Evidente que não.
Vai depender de uma série de fatores e também de como o governo, o PT e os movimentos sociais que apoiaram a presidenta e foram escanteados no início deste segundo mandato vão se posicionar.
Dilma vai precisar mais do que nunca fazer sinais para quem a elegeu. Precisa mostrar que não traiu as promessas de campanha ao, por exemplo, levar Kátia Abreu para o ministério.
Ao mesmo tempo, o PT teria que iniciar uma urgente mobilização das suas bases pra reordenar sua agenda. Neste momento, talvez fosse o caso de o partido trucar. Já que defende o fim do financiamento de empresa será que não é o caso de já se antecipar ao tema e renunciar a esses recursos? É uma jogada de risco do ponto de vista eleitoral, mas talvez lhe dê discurso para retomar novos horizontes políticos.
Será que também não é hora mudar sua forma de diálogo com a base? Por exemplo, por que não fazer um grande dia de diálogo dos petistas com relatórios de todas as conversas para que isso fosse rapidamente organizado por uma equipe e resultasse num grande debate temático de ações?
Nada de pesquisa e nem votações, conversa e participação. Algo mais próximo do que se espera de um partido nos tempos de hoje.
Para que o governo e o PT não sejam vítimas da rua, é hora de apostar na ampliação radical da participação popular por todos os instrumentos possíveis.
O fato concreto é que. nos últimos tempos, quem nas crises apostou nos gabinetes para driblá-las, dançou feio. E quem não dançou usou a força bélica, como no Egito, onde os militares mataram centenas de militantes.
O governo vai ter de conversar com os deputados, senadores, governadores e mesmo com grandes empresários para buscar saídas a este momento muito mais complexo do que parece, mas se fizer só isso, vai ficar refém deles. E se as ruas vierem fortes, eles vão ser os primeiros a abandonar o barco.
Ou seja, a única alternativa real para não ser engolido por um novo junho com foco e uma palavra de ordem é a organização popular.
Mas para isso é preciso governar com os movimentos. Não dá pra fazer apenas sinais de que um dia as coisas serão diferentes.
A oposição ganhou musculatura na última disputa eleitoral e conseguiu ampliar o número de militantes que se dispõe a debater política na rede e a ir pra rua disputar cada metro quadrado.
Num primeiro momento esse povo não se empolgou com a tese do impeachment. Até porque ela era absurda. Mal a eleição tinha acabado e os Bananas de Pijama já estavam batendo seus bumbos na Paulista liderados pelo velho Lobo.
Aquilo era só um teste ridículo, mas que valeu para verificar quantos fariam qualquer coisa pra tirar Dilma da presidência.
Naquele momento Dilma tinha uma popularidade bem diferente de agora. Hoje, a presidenta tem quase metade da população achando que seu governo é ruim e péssimo. E menos de ¼ que o consideram bom e ótimo.
Foram-se os anéis e boa parte dos dedos da popularidade num curtíssimo espaço de tempo.
E numa sociedade de 100 milhões de pessoas conectadas digitalmente, juntar 1 milhão de insatisfeitos em diferentes partes do país passa a ser um desafio menos delirante num ambiente desses.
Ou seja, após o Carnaval a oposição pode ter condições de botar seu bloco na rua de forma mais volumosa.
Isso é algo dado?
Evidente que não.
Vai depender de uma série de fatores e também de como o governo, o PT e os movimentos sociais que apoiaram a presidenta e foram escanteados no início deste segundo mandato vão se posicionar.
Dilma vai precisar mais do que nunca fazer sinais para quem a elegeu. Precisa mostrar que não traiu as promessas de campanha ao, por exemplo, levar Kátia Abreu para o ministério.
Ao mesmo tempo, o PT teria que iniciar uma urgente mobilização das suas bases pra reordenar sua agenda. Neste momento, talvez fosse o caso de o partido trucar. Já que defende o fim do financiamento de empresa será que não é o caso de já se antecipar ao tema e renunciar a esses recursos? É uma jogada de risco do ponto de vista eleitoral, mas talvez lhe dê discurso para retomar novos horizontes políticos.
Será que também não é hora mudar sua forma de diálogo com a base? Por exemplo, por que não fazer um grande dia de diálogo dos petistas com relatórios de todas as conversas para que isso fosse rapidamente organizado por uma equipe e resultasse num grande debate temático de ações?
Nada de pesquisa e nem votações, conversa e participação. Algo mais próximo do que se espera de um partido nos tempos de hoje.
Para que o governo e o PT não sejam vítimas da rua, é hora de apostar na ampliação radical da participação popular por todos os instrumentos possíveis.
O fato concreto é que. nos últimos tempos, quem nas crises apostou nos gabinetes para driblá-las, dançou feio. E quem não dançou usou a força bélica, como no Egito, onde os militares mataram centenas de militantes.
O governo vai ter de conversar com os deputados, senadores, governadores e mesmo com grandes empresários para buscar saídas a este momento muito mais complexo do que parece, mas se fizer só isso, vai ficar refém deles. E se as ruas vierem fortes, eles vão ser os primeiros a abandonar o barco.
Ou seja, a única alternativa real para não ser engolido por um novo junho com foco e uma palavra de ordem é a organização popular.
Mas para isso é preciso governar com os movimentos. Não dá pra fazer apenas sinais de que um dia as coisas serão diferentes.
O dia que isto acontecer não haverá mais necessidade de se fazer eleições para presidente. Será o fim do presidencialismo, além deste oportunismo gerar insegurança jurídica, porque ninguém terá certeza de coisa alguma. Será o início do parlamentarismo imediato, em que as quedas de governo serão tantas que acabarão por gerar reflexões de tal forma, que a melhor coisa a ser feita é a reforma da cultura, mudar os políticos e a forma de governar, com novas leis, com nova ética de dimensões atômicas. Antes disto e depor por depor será a baderna, à anarquia manipulada.
ResponderExcluirTudo isto que está acontecendo é só porque a Dilma deixa ou é obrigada a deixar.
ResponderExcluirSe ela abrisse o jogo com quem a está apoiando...
Não é possível que o ministro da injustiça não possas ou, está tão comprometido, que não reaja a esta série de barbaridades que estão acontecendo.
Esse moro et ncaterva já deveriam estar impossibilitados de agir.
A não ser que todos estão querendoassunto para encher jornais. O que a bandidagem quer e deixar que a mafia brasileira, composta pela maioria de políticos, entreguem o nosso país.