Do blog de Zé Dirceu:
Aumentar a taxa básica e, portanto, os juros em geral como fez ontem o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) não pode ser um erro, ou uma tremenda barbeiragem da autoridade monetária. Na verdade é uma prova cabal da total falta de um programa da equipe econômica. Agora a taxa Selic foi de 12,25% para 12,75%, o maior nível nos últimos seis anos.
Os integrantes da equipe econômica não sabem o que estão fazendo – a não ser provocar uma recessão e desvalorizar ao máximo os salários. Fora o fato de o aumento elevar o custo da dívida interna num momento de queda da arrecadação, o que torna ainda mais improvável ou mais difícil o superávit de 1,2% programado pelas autoridades da área econômica.
O aumento da taxa de juros não terá nenhum efeito sobre a inflação. Hoje ela é afetada pelos aumentos das tarifas e dos preços controlados, administrados pelos monopólios privados que dominam nossa economia. A única e certa consequência, então, será um aprofundamento, uma maior recessão e a transferência de uma maior fatia da renda nacional para o capital financeiro.
Com decisão de alta, BC apenas reforça insegurança dos agentes econômico
Acenam com a alternativa de que com juros mais altos atraímos mais dólares e assim evitamos uma maior desvalorização do real, quando o que necessitamos é de um câmbio que de fato expresse o preço de nossa moeda nas condições do mercado internacional real de hoje e que o Real competitivo num mundo onde todos administram e desvalorizam suas moedas. Começando pelos EEUU e a China.
Sem o ajuste fiscal (ainda não aprovado) e sem um plano de médio prazo para a economia, portanto sem um norte, um rumo para os empresários e trabalhadores, com essa decisão o BC apenas reforça a insegurança dos agentes econômicos sem a qual não há como sair do impasse que vivemos para não dizer, da crise.
Com a decisão do COPOM ontem, de promover o quarto aumento consecutivo nos juros básicos da economia, o Brasil reassumiu a liderança do ranking mundial de juros reais, segundo levantamento das consultorias especializadas. Em janeiro, logo após a reunião anterior do Comitê do BC, a economia brasileira ainda figurava na segunda colocação do ranking.
Entre os BRICS, só o Brasil sobe juros
De acordo com o levantamento dos especialistas, após a nova alta o Brasil tem juros reais de 5,28% ao ano. Está bem acima do 2º e 3º colocados, a China (3,18%) e a Índia (3,17%). Em 4º e 5º lugares, figuram Taiwan (1,47% ao ano) e Filipinas (0,97% ao ano). A taxa média de juros das 40 economias pesquisadas na confecção do ranking está negativa em 1% ao ano.
O Brasil é, também, uma das poucas economias emergentes e e integrante dos BRICS que estão subindo os juros. Nos últimos dias, tanto a China quanto a Índia e a Turquia promoveram cortes nos seus juros básicos. O México foi outro emergente que cortou os juros desde junho do ano passado e, desde então, mantém a taxa estável em 3% ao ano. E a Rússia, integrante dos BRICS, que havia subido os juros fortemente para 17% ao ano no fim de 2014, baixou sua taxa para 15% ao ano nos últimos dias de janeiro pp.
Aumentar a taxa básica e, portanto, os juros em geral como fez ontem o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) não pode ser um erro, ou uma tremenda barbeiragem da autoridade monetária. Na verdade é uma prova cabal da total falta de um programa da equipe econômica. Agora a taxa Selic foi de 12,25% para 12,75%, o maior nível nos últimos seis anos.
Os integrantes da equipe econômica não sabem o que estão fazendo – a não ser provocar uma recessão e desvalorizar ao máximo os salários. Fora o fato de o aumento elevar o custo da dívida interna num momento de queda da arrecadação, o que torna ainda mais improvável ou mais difícil o superávit de 1,2% programado pelas autoridades da área econômica.
O aumento da taxa de juros não terá nenhum efeito sobre a inflação. Hoje ela é afetada pelos aumentos das tarifas e dos preços controlados, administrados pelos monopólios privados que dominam nossa economia. A única e certa consequência, então, será um aprofundamento, uma maior recessão e a transferência de uma maior fatia da renda nacional para o capital financeiro.
Com decisão de alta, BC apenas reforça insegurança dos agentes econômico
Acenam com a alternativa de que com juros mais altos atraímos mais dólares e assim evitamos uma maior desvalorização do real, quando o que necessitamos é de um câmbio que de fato expresse o preço de nossa moeda nas condições do mercado internacional real de hoje e que o Real competitivo num mundo onde todos administram e desvalorizam suas moedas. Começando pelos EEUU e a China.
Sem o ajuste fiscal (ainda não aprovado) e sem um plano de médio prazo para a economia, portanto sem um norte, um rumo para os empresários e trabalhadores, com essa decisão o BC apenas reforça a insegurança dos agentes econômicos sem a qual não há como sair do impasse que vivemos para não dizer, da crise.
Com a decisão do COPOM ontem, de promover o quarto aumento consecutivo nos juros básicos da economia, o Brasil reassumiu a liderança do ranking mundial de juros reais, segundo levantamento das consultorias especializadas. Em janeiro, logo após a reunião anterior do Comitê do BC, a economia brasileira ainda figurava na segunda colocação do ranking.
Entre os BRICS, só o Brasil sobe juros
De acordo com o levantamento dos especialistas, após a nova alta o Brasil tem juros reais de 5,28% ao ano. Está bem acima do 2º e 3º colocados, a China (3,18%) e a Índia (3,17%). Em 4º e 5º lugares, figuram Taiwan (1,47% ao ano) e Filipinas (0,97% ao ano). A taxa média de juros das 40 economias pesquisadas na confecção do ranking está negativa em 1% ao ano.
O Brasil é, também, uma das poucas economias emergentes e e integrante dos BRICS que estão subindo os juros. Nos últimos dias, tanto a China quanto a Índia e a Turquia promoveram cortes nos seus juros básicos. O México foi outro emergente que cortou os juros desde junho do ano passado e, desde então, mantém a taxa estável em 3% ao ano. E a Rússia, integrante dos BRICS, que havia subido os juros fortemente para 17% ao ano no fim de 2014, baixou sua taxa para 15% ao ano nos últimos dias de janeiro pp.
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