Por Altamiro Borges
Bem que a mídia tucana tentou. Mas não dá mais para esconder. A epidemia de dengue em São Paulo já mata uma pessoa por dia. Somente neste ano, ao menos 122 pessoas faleceram por causa da doença. E o pior ainda está por vir: segundo os especialistas, o pico da epidemia deverá ocorrer entre o final de abril e o início de maio. Diante deste quadro dramático, que confirma os estragos causados pelas gestões do PSDB no Estado mais rico da federação, a Folha publicou nesta terça-feira (21) um editorial assustador sobre a atual situação. O jornalão tucano, porém, sequer mencionou o nome do governador Geraldo Alckmin.
O editorial até relativiza o impacto da epidemia no Estado, afirmando que o drama é nacional. Mas não consegue esconder o caos paulista. “São inquietantes os números da dengue em 2015. Até o dia 28 de março, registraram-se 460 mil casos da moléstia viral no Brasil; no mesmo período de 2014, haviam sido computadas 135 mil notificações. O surto já causou 132 mortes, 29% a mais do que no primeiro trimestre de 2014. Em São Paulo, o quadro é especialmente alarmante. O Estado concentra 56% das ocorrências, com 258 mil contaminações – um salto de 638% em relação as 35 mil do começo do ano passado”.
Sem citar o governador tucano, a Folha diz apenas que, “apesar da magnitude do surto, as autoridades ainda falham em apresentar explicações satisfatórias”. Nada fala sobre a redução dos investimentos na área da saúde pública ou sobre os efeitos indiretos da chamada “crise hídrica” – que leva muitos paulistas a armazenarem água de forma incorreta, favorecendo a proliferação do Aedes aegypti. Ao final, o editorial culpa os próprios moradores do Estado – “porque 80% dos criadouros estão dentro das residências”. O famoso “picolé de chuchu” nem parece que é governador de São Paulo. Alckmin fica totalmente ileso!
Já um levantamento realizado pela própria Folha indica que a epidemia de dengue se espalhou por todo o Estado. Em 60 dos 645 municípios pesquisados, a doença já vitimou 167,1 mil pessoas. “Chama atenção a concentração dos casos em seis municípios. Eles representam cerca de 3% da população do Estado e, ao mesmo tempo, mais da metade (57%) da letalidade da doença: Catanduva (18 mortes), Sorocaba (15), Limeira (12), Itapira (9), Penápolis (8) e Marília (8). Campinas, terceira maior cidade do Estado, atestou até agora quatro mortes pela doença e ainda analisa outros cinco óbitos... Na capital, com 10,6 mil casos confirmados, são quatro mortes confirmadas e outras sete em análise – na cidade foram 14, ao todo, em 2014”, relata reportagem deste sábado (18).
Estes dados desmoralizam alguns “calunistas” da mídia, principalmente das rádios, que insistem em afirmar que a doença penaliza apenas a capital paulista – que é administrada pelo petista Fernando Haddad. Esta falsa versão tem sido bastante difundida com evidentes objetivos político-eleitorais. Ao mesmo tempo em que poupa o governador tucano, a mídia tenta confundir a população paulista demonizando o prefeito petista. Nem as várias ações da prefeitura para coibir a doença, como o reforço de 50 profissionais do Exército, são divulgadas. E ainda tem gente que acredita – inclusive na prefeitura petista – na imparcialidade da mídia!
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Bem que a mídia tucana tentou. Mas não dá mais para esconder. A epidemia de dengue em São Paulo já mata uma pessoa por dia. Somente neste ano, ao menos 122 pessoas faleceram por causa da doença. E o pior ainda está por vir: segundo os especialistas, o pico da epidemia deverá ocorrer entre o final de abril e o início de maio. Diante deste quadro dramático, que confirma os estragos causados pelas gestões do PSDB no Estado mais rico da federação, a Folha publicou nesta terça-feira (21) um editorial assustador sobre a atual situação. O jornalão tucano, porém, sequer mencionou o nome do governador Geraldo Alckmin.
O editorial até relativiza o impacto da epidemia no Estado, afirmando que o drama é nacional. Mas não consegue esconder o caos paulista. “São inquietantes os números da dengue em 2015. Até o dia 28 de março, registraram-se 460 mil casos da moléstia viral no Brasil; no mesmo período de 2014, haviam sido computadas 135 mil notificações. O surto já causou 132 mortes, 29% a mais do que no primeiro trimestre de 2014. Em São Paulo, o quadro é especialmente alarmante. O Estado concentra 56% das ocorrências, com 258 mil contaminações – um salto de 638% em relação as 35 mil do começo do ano passado”.
Sem citar o governador tucano, a Folha diz apenas que, “apesar da magnitude do surto, as autoridades ainda falham em apresentar explicações satisfatórias”. Nada fala sobre a redução dos investimentos na área da saúde pública ou sobre os efeitos indiretos da chamada “crise hídrica” – que leva muitos paulistas a armazenarem água de forma incorreta, favorecendo a proliferação do Aedes aegypti. Ao final, o editorial culpa os próprios moradores do Estado – “porque 80% dos criadouros estão dentro das residências”. O famoso “picolé de chuchu” nem parece que é governador de São Paulo. Alckmin fica totalmente ileso!
Já um levantamento realizado pela própria Folha indica que a epidemia de dengue se espalhou por todo o Estado. Em 60 dos 645 municípios pesquisados, a doença já vitimou 167,1 mil pessoas. “Chama atenção a concentração dos casos em seis municípios. Eles representam cerca de 3% da população do Estado e, ao mesmo tempo, mais da metade (57%) da letalidade da doença: Catanduva (18 mortes), Sorocaba (15), Limeira (12), Itapira (9), Penápolis (8) e Marília (8). Campinas, terceira maior cidade do Estado, atestou até agora quatro mortes pela doença e ainda analisa outros cinco óbitos... Na capital, com 10,6 mil casos confirmados, são quatro mortes confirmadas e outras sete em análise – na cidade foram 14, ao todo, em 2014”, relata reportagem deste sábado (18).
Estes dados desmoralizam alguns “calunistas” da mídia, principalmente das rádios, que insistem em afirmar que a doença penaliza apenas a capital paulista – que é administrada pelo petista Fernando Haddad. Esta falsa versão tem sido bastante difundida com evidentes objetivos político-eleitorais. Ao mesmo tempo em que poupa o governador tucano, a mídia tenta confundir a população paulista demonizando o prefeito petista. Nem as várias ações da prefeitura para coibir a doença, como o reforço de 50 profissionais do Exército, são divulgadas. E ainda tem gente que acredita – inclusive na prefeitura petista – na imparcialidade da mídia!
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