Por Altamiro Borges
A dengue continua se alastrando pelo Estado de São Paulo, mas a mídia chapa-branca evita dar maior destaque ao grave assunto. Na quinta-feira (2), a prefeitura de Campinas, a 93 quilômetros da capital, confirmou a ocorrência de 14.901 casos da doença e de mais duas mortes. Este número assustador é 57,8% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado (9.440), quando a cidade foi recordista da doença no Estado. As unidades de saúde da região já padecem da falta de medicamentos para atender as vítimas. “É uma epidemia sem precedentes. O que mais importa neste momento é a preservação da vida”, alertou Carmino Antônio, secretário municipal da Saúde, em entrevista à Folha.
Já há confirmação de três mortes por dengue neste ano em Campinas. A primeira foi a de um homem de 78 anos. Outras duas confirmadas são de uma mulher de 53 anos e de outro homem de 25 anos. “Outras seis mortes suspeitas estão sob averiguação”, relata o jornal. Em nota oficial, a prefeitura culpou a situação climática pela epidemia, isentando-se de responsabilidade e evitando criticar o governo tucano de Geraldo Alckmin. O município – um dos mais ricos do Estado – ganhou nesta semana reforço de 48 homens do Exército e de 41 guardas municipais, mas o quadro segue dramático. Em outras regiões de São Paulo, a situação também é desesperadora.
Segundo levantamento da Folha, em apenas três meses deste ano as mortes por dengue no Estado já superam o total de óbitos em 2014. O estudo registra pelo menos 92 vítimas fatais da doença, o maior número em cinco anos. Outras 54 mortes são investigadas em 60 municípios de São Paulo. “O último número de vítimas divulgado pela Secretaria da Saúde do governo Geraldo Alckmin (PSDB) – que recebe dados das prefeituras, mas com atraso – indicava, na semana passada, 70 mortes por dengue na soma das 645 cidades paulistas. Além de ter superado 2014, os dados apontam que a expansão da doença neste ano corre o risco de bater recordes em mais de duas décadas em São Paulo”.
E o cenário ainda deve se agravar nos próximos meses, segundo os especialistas em epidemiologia. A crise hídrica no Estado, decorrente da falta de planejamento e de investimento dos governos tucanos, tem feito muitos moradores armazenarem água de forma incorreta nas casas. Diante deste cenário dramático, o governador Geraldo Alckmin novamente tenta escapar das suas responsabilidades – coisa típica do famoso “picolé de chuchu”. Na semana passada, o seu secretário de Saúde, David Uip, culpou as prefeituras pelo avanço da dengue. “Cabia ao município ter a resposta e infelizmente não foi possível. A municipalidade é um desejo de todos nós, mas ela foi cruel em alguns municípios”.
Também na semana passada, o governo tucano finalmente anunciou que dobrará o número de agentes contra a dengue. O plano emergencial terá um custo estimado de R$ 10 milhões a R$ 12 milhões. Segundo o jornal Estadão, “o montante representa a metade da previsão inicial, que era de R$ 25 milhões. Também haverá reforço de 500 agentes de campo dedicados ao combate à dengue. Hoje, cerca de 400 estão trabalhando. Atualmente, mais de 500 dos 645 municípios de São Paulo registram transmissão da doença”.
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A dengue continua se alastrando pelo Estado de São Paulo, mas a mídia chapa-branca evita dar maior destaque ao grave assunto. Na quinta-feira (2), a prefeitura de Campinas, a 93 quilômetros da capital, confirmou a ocorrência de 14.901 casos da doença e de mais duas mortes. Este número assustador é 57,8% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado (9.440), quando a cidade foi recordista da doença no Estado. As unidades de saúde da região já padecem da falta de medicamentos para atender as vítimas. “É uma epidemia sem precedentes. O que mais importa neste momento é a preservação da vida”, alertou Carmino Antônio, secretário municipal da Saúde, em entrevista à Folha.
Já há confirmação de três mortes por dengue neste ano em Campinas. A primeira foi a de um homem de 78 anos. Outras duas confirmadas são de uma mulher de 53 anos e de outro homem de 25 anos. “Outras seis mortes suspeitas estão sob averiguação”, relata o jornal. Em nota oficial, a prefeitura culpou a situação climática pela epidemia, isentando-se de responsabilidade e evitando criticar o governo tucano de Geraldo Alckmin. O município – um dos mais ricos do Estado – ganhou nesta semana reforço de 48 homens do Exército e de 41 guardas municipais, mas o quadro segue dramático. Em outras regiões de São Paulo, a situação também é desesperadora.
Segundo levantamento da Folha, em apenas três meses deste ano as mortes por dengue no Estado já superam o total de óbitos em 2014. O estudo registra pelo menos 92 vítimas fatais da doença, o maior número em cinco anos. Outras 54 mortes são investigadas em 60 municípios de São Paulo. “O último número de vítimas divulgado pela Secretaria da Saúde do governo Geraldo Alckmin (PSDB) – que recebe dados das prefeituras, mas com atraso – indicava, na semana passada, 70 mortes por dengue na soma das 645 cidades paulistas. Além de ter superado 2014, os dados apontam que a expansão da doença neste ano corre o risco de bater recordes em mais de duas décadas em São Paulo”.
E o cenário ainda deve se agravar nos próximos meses, segundo os especialistas em epidemiologia. A crise hídrica no Estado, decorrente da falta de planejamento e de investimento dos governos tucanos, tem feito muitos moradores armazenarem água de forma incorreta nas casas. Diante deste cenário dramático, o governador Geraldo Alckmin novamente tenta escapar das suas responsabilidades – coisa típica do famoso “picolé de chuchu”. Na semana passada, o seu secretário de Saúde, David Uip, culpou as prefeituras pelo avanço da dengue. “Cabia ao município ter a resposta e infelizmente não foi possível. A municipalidade é um desejo de todos nós, mas ela foi cruel em alguns municípios”.
Também na semana passada, o governo tucano finalmente anunciou que dobrará o número de agentes contra a dengue. O plano emergencial terá um custo estimado de R$ 10 milhões a R$ 12 milhões. Segundo o jornal Estadão, “o montante representa a metade da previsão inicial, que era de R$ 25 milhões. Também haverá reforço de 500 agentes de campo dedicados ao combate à dengue. Hoje, cerca de 400 estão trabalhando. Atualmente, mais de 500 dos 645 municípios de São Paulo registram transmissão da doença”.
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na minha cidade a situação é critica.
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