Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
Após uma brevíssima trégua, as oposições voltaram com tudo esta semana, unindo partidos e "movimentos de rua" em defesa do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Só derrubar o governo, no entanto, já não basta. O objetivo agora é simplesmente defender a extinção do PT, como anunciou o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio, durante o depoimento na CPI da Petrobras feito semana passada pelo tesoureiro do partido, João Vaccari, que foi preso pela Polícia Federal, na manhã desta quarta-feira.
Logo após a prisão, o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado, divulgou nota em que pede abertamente, sem meias palavras, o impeachment da presidente e o fim do partido que governa o país há mais de 12 anos:
"Diante desse cenário, tudo caminha para que o PT perca o registro de partido político. E, comprovado que a presidente Dilma fosse beneficiada por esse esquema em suas campanhas, será mais do que suficiente para ela perder o mandato por corrupção".
Na mesma linha, o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno, correu à imprensa para afirmar que as condições estão sendo criadas para o impeachment contra a presidente Dilma: "O povo na rua, a PF, o Ministério Público e o Judiciário agindo. Cada vez o cerco apertando mais. Será inevitável, no final, o processo de impeachment".
Com medo de perder o bonde, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves, já havia saído dos seus confortos, na véspera, ao encontrar motivos "extremamente fortes" para defender o impeachment da presidente Dilma, tese que o partido, aconselhado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, havia deixado em stand by, à espera dos pareceres de seus juristas.
Aécio resolveu aderir ao neotucanato xiita liderado por Carlos Sampaio, que foi advogado da sua campanha presidencial, depois de receber representantes do "Vem para a Rua", um dos movimentos que levantaram a bandeira do "Fora Dilma" nas manifestações do último domingo.
"Impeachment não é uma palavra proibida. Impeachment não é golpe, é constitucional", justificou o candidato a presidente do PSDB derrotado nas eleições de outubro.
Os tucanos e suas linhas auxiliares não só não desistiram do terceiro turno como agora partiram para eliminar o adversário no parlamento, na mídia e nos tribunais.
Aceleraram o andamento do golpe, sim, pois é este o nome que se dá à tentativa de revogar os resultados das urnas por outros meios.
Vida que segue.
Só derrubar o governo, no entanto, já não basta. O objetivo agora é simplesmente defender a extinção do PT, como anunciou o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio, durante o depoimento na CPI da Petrobras feito semana passada pelo tesoureiro do partido, João Vaccari, que foi preso pela Polícia Federal, na manhã desta quarta-feira.
Logo após a prisão, o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado, divulgou nota em que pede abertamente, sem meias palavras, o impeachment da presidente e o fim do partido que governa o país há mais de 12 anos:
"Diante desse cenário, tudo caminha para que o PT perca o registro de partido político. E, comprovado que a presidente Dilma fosse beneficiada por esse esquema em suas campanhas, será mais do que suficiente para ela perder o mandato por corrupção".
Na mesma linha, o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno, correu à imprensa para afirmar que as condições estão sendo criadas para o impeachment contra a presidente Dilma: "O povo na rua, a PF, o Ministério Público e o Judiciário agindo. Cada vez o cerco apertando mais. Será inevitável, no final, o processo de impeachment".
Com medo de perder o bonde, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves, já havia saído dos seus confortos, na véspera, ao encontrar motivos "extremamente fortes" para defender o impeachment da presidente Dilma, tese que o partido, aconselhado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, havia deixado em stand by, à espera dos pareceres de seus juristas.
Aécio resolveu aderir ao neotucanato xiita liderado por Carlos Sampaio, que foi advogado da sua campanha presidencial, depois de receber representantes do "Vem para a Rua", um dos movimentos que levantaram a bandeira do "Fora Dilma" nas manifestações do último domingo.
"Impeachment não é uma palavra proibida. Impeachment não é golpe, é constitucional", justificou o candidato a presidente do PSDB derrotado nas eleições de outubro.
Os tucanos e suas linhas auxiliares não só não desistiram do terceiro turno como agora partiram para eliminar o adversário no parlamento, na mídia e nos tribunais.
Aceleraram o andamento do golpe, sim, pois é este o nome que se dá à tentativa de revogar os resultados das urnas por outros meios.
Vida que segue.
A história se repete como farsa. Prova disso é a revogação do bipartidarismo feita pela Golbery, na ditadura, porque a ARENA não iria ganhar mais nenhuma eleição.
ResponderExcluirAgora, que a direita percebeu que também está no caminho de perder todas, vem com essa tentativa de impeatchment e dissolução do PT.
Se conseguirem, o que eu duvido, vai acontecer o mesmo que aconteceu no passado.
A direita poderá ganhar algumas eleiçoes, mas o povo vai perceber que o negócio desse povo são os negócios e, depois de um certo tempo, vão começar a perder eleições novamente.