Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Ele milita no jornalismo há décadas, e é um acadêmico sério e respeitado.
Por isso mesmo me chamou a atenção um tuíte que ele postou hoje a respeito de Lula.
Ele comprou, sem o menor senso crítico, o texto de um artigo do Estadão cujo título dizia que Lula reconhecia que seu projeto político estava “esfarelado”.
Pelo título bombástico, eu tinha lido na internet o texto.
Bem, para resumir, era uma tremenda duma futrica. Não havia nada de consistente. Era aquela coisa: X disse isso, Y acrescentou aquilo e Z confirmou tudo.
Não é jornalismo sério. É partidário.
Isso tem acontecido na imprensa brasileira, nos ataques a Lula. Parece haver uma editoria nos jornais e revistas cuja atribuição é publicar coisas contra Lula.
Vale tudo.
Nenhum chefe cobra os repórteres dessa editoria. E as pseudo-informações, mesmo quando claramente desmentidas pelos fatos, não custam o emprego a ninguém.
São dois repórteres que assinam a matéria do Estadão. Um deles é Andreza Matais, especialista em intrigas antipetistas.
Andreza é casada com Tuca Pinheiro, assessor de Roberto Freire, cujo ódio pelo PT não conhece limites.
Todos os dias, no Twitter, Tuca dedica-se a postar textos antipetistas, colhidos em sites como o da Veja.
Não há um artigo de Reinaldo Azevedo que ele não retransmita aos seguidores. Há um evidente conflito de interesses em Andreza: como uma repórter política pode trabalhar decentemente quando o marido é ferozmente anti-PT?
Andreza é casada com um antipetista militante, e mesmo assim cobre política
Faça as contas.
Qual o valor de uma “informação” de Andreza quando se trata de atacar Lula? Com todo o respeito: zero multiplicado por zero.
Lula teria que ser muito ingênuo para sair por aí falando, a tagarelas que depois passariam suas palavras a Andreza, que seu projeto estava “esfarelado”.
E ingênuo ele não é.
Temos, portanto, um texto sem nenhum valor.
Mesmo assim, o professor Gaudêncio colocou em seu Twitter o pseudofuro de Andreza.
Como um principiante, e não um veterano, anunciou, triunfal: “Novidade, novidade!” E publicou a “autocrítica” de Lula.
O episódio mostra como se forma a corrente de boatos que, para analfabetos políticos, se transformam em verdades absolutas.
O tuíte obtuso de Torquato foi retransmitido, por exemplo, pela jogadora de vôlei Ana Paula.
Pouco tempo atrás, Ana Paula virou motivo de piada na internet ao condenar o “emparelhamento” do STF por conta de Fachin.
Ana Paula tem o mesmo perfil de celebridades B como Lobão e Roger do Ultraje. É uma analfabeta política que acredita que o Brasil vai se transformar numa imensa Cuba.
Para ela, graças ao professor Torquato, Lula já se rendeu aos fatos e está prestes a desistir de tudo.
Por aí você tem uma ideia do círculo viciado das “notícias”.
Andreza fabrica alguma coisa, retransmitida por pessoas como o professor Torquato. E a fabricação vai dar em gente despreparada intelectualmente como Ana Paula.
E dela vai chegar a muitas outras pessoas, que depois baterão panelas e irão protestar na Paulista, enfiadas em camisas da seleção e balançando, ululantes em sua ignorância, bandeiras nacionais.
Faz tempo que não sei do professor Torquato. Esperava mais dele, francamente.
Espero que tenha sido um caso puramente de inépcia, de não checar as afirmações.
Porque a outra hipótese é pior.
O professor Gaudêncio Torquato não é exatamente um jornalista mirim.
Ele milita no jornalismo há décadas, e é um acadêmico sério e respeitado.
Por isso mesmo me chamou a atenção um tuíte que ele postou hoje a respeito de Lula.
Ele comprou, sem o menor senso crítico, o texto de um artigo do Estadão cujo título dizia que Lula reconhecia que seu projeto político estava “esfarelado”.
Pelo título bombástico, eu tinha lido na internet o texto.
Bem, para resumir, era uma tremenda duma futrica. Não havia nada de consistente. Era aquela coisa: X disse isso, Y acrescentou aquilo e Z confirmou tudo.
Não é jornalismo sério. É partidário.
Isso tem acontecido na imprensa brasileira, nos ataques a Lula. Parece haver uma editoria nos jornais e revistas cuja atribuição é publicar coisas contra Lula.
Vale tudo.
Nenhum chefe cobra os repórteres dessa editoria. E as pseudo-informações, mesmo quando claramente desmentidas pelos fatos, não custam o emprego a ninguém.
São dois repórteres que assinam a matéria do Estadão. Um deles é Andreza Matais, especialista em intrigas antipetistas.
Andreza é casada com Tuca Pinheiro, assessor de Roberto Freire, cujo ódio pelo PT não conhece limites.
Todos os dias, no Twitter, Tuca dedica-se a postar textos antipetistas, colhidos em sites como o da Veja.
Não há um artigo de Reinaldo Azevedo que ele não retransmita aos seguidores. Há um evidente conflito de interesses em Andreza: como uma repórter política pode trabalhar decentemente quando o marido é ferozmente anti-PT?
Andreza é casada com um antipetista militante, e mesmo assim cobre política
Faça as contas.
Qual o valor de uma “informação” de Andreza quando se trata de atacar Lula? Com todo o respeito: zero multiplicado por zero.
Lula teria que ser muito ingênuo para sair por aí falando, a tagarelas que depois passariam suas palavras a Andreza, que seu projeto estava “esfarelado”.
E ingênuo ele não é.
Temos, portanto, um texto sem nenhum valor.
Mesmo assim, o professor Gaudêncio colocou em seu Twitter o pseudofuro de Andreza.
Como um principiante, e não um veterano, anunciou, triunfal: “Novidade, novidade!” E publicou a “autocrítica” de Lula.
O episódio mostra como se forma a corrente de boatos que, para analfabetos políticos, se transformam em verdades absolutas.
O tuíte obtuso de Torquato foi retransmitido, por exemplo, pela jogadora de vôlei Ana Paula.
Pouco tempo atrás, Ana Paula virou motivo de piada na internet ao condenar o “emparelhamento” do STF por conta de Fachin.
Ana Paula tem o mesmo perfil de celebridades B como Lobão e Roger do Ultraje. É uma analfabeta política que acredita que o Brasil vai se transformar numa imensa Cuba.
Para ela, graças ao professor Torquato, Lula já se rendeu aos fatos e está prestes a desistir de tudo.
Por aí você tem uma ideia do círculo viciado das “notícias”.
Andreza fabrica alguma coisa, retransmitida por pessoas como o professor Torquato. E a fabricação vai dar em gente despreparada intelectualmente como Ana Paula.
E dela vai chegar a muitas outras pessoas, que depois baterão panelas e irão protestar na Paulista, enfiadas em camisas da seleção e balançando, ululantes em sua ignorância, bandeiras nacionais.
Faz tempo que não sei do professor Torquato. Esperava mais dele, francamente.
Espero que tenha sido um caso puramente de inépcia, de não checar as afirmações.
Porque a outra hipótese é pior.
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