Por Breno Altman, em seu blog:
O petismo não chegou a essa situação de defensiva estratégica apenas pela ação de seus inimigos. Esses atuam nas frestas de um modelo de desenvolvimento que vive fortes impasses, de uma estratégia política esgotada e de respostas governamentais que dilapidam a base social do bloco progressista.
Seria erro gravíssimo, portanto, aceitar que a disputa contra a direita se resuma à fórmula de apoio incondicional ao governo, cujas decisões dos últimos seis meses estão na raiz da crise que vivemos.
Não há como ter alguma chance de enfrentar a escalada conservadora sem retificar importantes equívocos, alguns arrastando-se há anos.
A desorganização dos espaços orgânicos coletivos, produto da transformação dos partidos de esquerda em máquinas eleitorais e também da ampla disseminação das formas horizontais de comunicação, obriga que o debate sobre estas questões seja público.
Mudanças não irão ocorrer sem a construção, no campo popular, de uma forte corrente de pressão, que combata a sanha restauradora dos neoliberais, mas também concessões estratégicas do governo aos inimigos da classe trabalhadora.
Não se pode esconder que parte considerável das dificuldades atuais foi provocada pela política econômica adotada pelo governo Dilma após outubro, com adesão ao menos formal do PT, e a composição fortemente conservadora do ministério, frustrando o compromisso programático que foi o eixo da campanha eleitoral.
Este caminho provocou o quadro ambíguo que vivemos: defender o governo contra a ofensiva reacionária e a direita, mas pressionar a presidente para revisar profundamente o curso atual.
Se não houver retificação, as forças conservadoras terão cada vez mais condições de avançar, tanto nas instituições quanto na disputa das ruas.
Exatamente porque sou intransigente apoiador do processo iniciado em 2003, porque desejo sua continuidade e aprofundamento, também me empenho em criticar o rumo adotado, pois estou convencido de seu caráter desastroso.
Caso tudo fique como está, mesmo que o golpismo não vingue como solução política, a esquerda será empurrada para sua pior derrota desde 1964.
Este é meu ponto de vista, que obviamente pode estar errado, mas orienta minha modesta contribuição à boa causa.
O petismo não chegou a essa situação de defensiva estratégica apenas pela ação de seus inimigos. Esses atuam nas frestas de um modelo de desenvolvimento que vive fortes impasses, de uma estratégia política esgotada e de respostas governamentais que dilapidam a base social do bloco progressista.
Seria erro gravíssimo, portanto, aceitar que a disputa contra a direita se resuma à fórmula de apoio incondicional ao governo, cujas decisões dos últimos seis meses estão na raiz da crise que vivemos.
Não há como ter alguma chance de enfrentar a escalada conservadora sem retificar importantes equívocos, alguns arrastando-se há anos.
A desorganização dos espaços orgânicos coletivos, produto da transformação dos partidos de esquerda em máquinas eleitorais e também da ampla disseminação das formas horizontais de comunicação, obriga que o debate sobre estas questões seja público.
Mudanças não irão ocorrer sem a construção, no campo popular, de uma forte corrente de pressão, que combata a sanha restauradora dos neoliberais, mas também concessões estratégicas do governo aos inimigos da classe trabalhadora.
Não se pode esconder que parte considerável das dificuldades atuais foi provocada pela política econômica adotada pelo governo Dilma após outubro, com adesão ao menos formal do PT, e a composição fortemente conservadora do ministério, frustrando o compromisso programático que foi o eixo da campanha eleitoral.
Este caminho provocou o quadro ambíguo que vivemos: defender o governo contra a ofensiva reacionária e a direita, mas pressionar a presidente para revisar profundamente o curso atual.
Se não houver retificação, as forças conservadoras terão cada vez mais condições de avançar, tanto nas instituições quanto na disputa das ruas.
Exatamente porque sou intransigente apoiador do processo iniciado em 2003, porque desejo sua continuidade e aprofundamento, também me empenho em criticar o rumo adotado, pois estou convencido de seu caráter desastroso.
Caso tudo fique como está, mesmo que o golpismo não vingue como solução política, a esquerda será empurrada para sua pior derrota desde 1964.
Este é meu ponto de vista, que obviamente pode estar errado, mas orienta minha modesta contribuição à boa causa.
Está errado sim,e muito.Como se diz em cidades marítimas como a
ResponderExcluirminha "vira a boca para o mar",
pois a água salgada corta a praga.
Mesmo sem esse costume antigo sua
'previsão' não acontecerá.
Como é fácil encontrar chifre na cabeça de cavalo.
ResponderExcluirExperimente tirar o PIG do seu Axioma.
Talvez seria mais apropriado pressionar o Partido dos Trabalhadores, para que este encaminhe as discussões que são necessárias para a consolidação de uma verdadeira democracia. A presidente já tem uma agenda extensa e sofre pressão por todos os lados, ela precisa de espaço para governar.
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