Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:
Milhões de pessoas morrem anualmente no mundo por causa de dengue e malária e outros tantos pegam essas doenças – a quase totalidade oriundos de países ou regiões pobres do planeta.
Por mais que vacinas e pesquisas estejam sendo desenvolvidas para elas, a relação de casos letais/investimento em cura é maior nas doenças que tendem a acometer a parte rica da população do que a parte pobre.
A pesquisa para a busca da cura do câncer recebe muito mais que pesquisas para doenças causadas por parasitas que afetam bilhões.
E quando ocorre uma epidemia que não diferencia ricos e pobres e uma pessoa que tem acesso a bons recursos privados de saúde adoece, há chance maior de cura do que alguém que depende de si mesmo, do poder público e de suas filas.
Parte da população vive no século 21 da medicina, enquanto outros ainda engatinham pela Idade Média das esperas em hospitais, dos remédios inacessíveis, da falta de saneamento básico, da inexistência de ações preventivas, da insuficiência de informação e, mais recentemente, da incapacidade de governos de entenderem que as mudanças climáticas podem aumentar os focos de doenças tropicais.
Com a escassez hídrica causada pelo vácuo de ações públicas em São Paulo e no Rio, o desespero, principalmente em casas humildes que não têm nem caixa d'água, pode levar ao armazenamento em baldes e barris e, consequentemente, à proliferação de criadouros de mosquitos.
Pois, nas periferias, o racionamento já existe há tempos.
Enfim, quem consegue jogar xadrez com a Dona Morte e enganá-la por mais tempo somos nós, os mais ricos, que possuem os meios para tanto. Sei do que estou falando: já peguei malária (duas vezes), dengue e um sem número de doenças tropicais durante reportagens, como já contei aqui. Com os melhores médicos e tratamentos, estou (praticamente) inteiro para irritar os leitores.
Os mais pobres, por mais que tenham força de vontade e queiram continuar vivendo, não necessariamente conseguem a façanha.
Vão apenas tocando como podem, apesar de tudo e de todos, ajudando com seu trabalho e, algumas vezes, como cobaias de remédios experimentais, os que ganharam na loteria da vida a terem uma existência mais feliz.
Por mais que vacinas e pesquisas estejam sendo desenvolvidas para elas, a relação de casos letais/investimento em cura é maior nas doenças que tendem a acometer a parte rica da população do que a parte pobre.
A pesquisa para a busca da cura do câncer recebe muito mais que pesquisas para doenças causadas por parasitas que afetam bilhões.
E quando ocorre uma epidemia que não diferencia ricos e pobres e uma pessoa que tem acesso a bons recursos privados de saúde adoece, há chance maior de cura do que alguém que depende de si mesmo, do poder público e de suas filas.
Parte da população vive no século 21 da medicina, enquanto outros ainda engatinham pela Idade Média das esperas em hospitais, dos remédios inacessíveis, da falta de saneamento básico, da inexistência de ações preventivas, da insuficiência de informação e, mais recentemente, da incapacidade de governos de entenderem que as mudanças climáticas podem aumentar os focos de doenças tropicais.
Com a escassez hídrica causada pelo vácuo de ações públicas em São Paulo e no Rio, o desespero, principalmente em casas humildes que não têm nem caixa d'água, pode levar ao armazenamento em baldes e barris e, consequentemente, à proliferação de criadouros de mosquitos.
Pois, nas periferias, o racionamento já existe há tempos.
Enfim, quem consegue jogar xadrez com a Dona Morte e enganá-la por mais tempo somos nós, os mais ricos, que possuem os meios para tanto. Sei do que estou falando: já peguei malária (duas vezes), dengue e um sem número de doenças tropicais durante reportagens, como já contei aqui. Com os melhores médicos e tratamentos, estou (praticamente) inteiro para irritar os leitores.
Os mais pobres, por mais que tenham força de vontade e queiram continuar vivendo, não necessariamente conseguem a façanha.
Vão apenas tocando como podem, apesar de tudo e de todos, ajudando com seu trabalho e, algumas vezes, como cobaias de remédios experimentais, os que ganharam na loteria da vida a terem uma existência mais feliz.
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