Por Altamiro Borges
Na sexta-feira (8), os professores do Paraná festejaram uma importante vitória parcial: o valentão Fernando Francischini, responsável pelo massacre de 29 de abril, foi defenestrado da Secretaria de Segurança Pública. Com a medida, o governador Beto Richa tentou limpar a imagem da sua trágica gestão. Numa patética entrevista à Folha, o tucano chegou a afirmar que “não tem ninguém mais ferido do que eu” com as recentes cenas de violência em Curitiba. Estas iniciativas, porém, não tiram Beto Richa das cordas. Juristas renomados, como Celso Antônio Bandeira de Mello, inclusive já sugerem a abertura de processo de impeachment contra o governador do PSDB por crime de responsabilidade.
A exoneração de Fernando Francischini, que pertence ao partido Solidariedade – presidido por outro canastrão, Paulinho da Força –, evidencia a grave crise que atinge o governo paranaense. Em poucos meses, o tucano reeleito em primeiro turno viu a sua popularidade despencar. O grito de “Fora Beto Richa” passou a ser entoado em estádios de futebol, teatros e em diversos protestos. Antes da queda do secretário de Segurança, o comandante geral da Polícia Militar, César Vinícius Kogut, já havia renunciado o cargo e saiu atirando em outros integrantes do governo. Outro que caiu foi o secretário estadual de Educação, Fernando Xavier Ferreira. Há boatos de que mais cabeças vão rolar no Paraná.
Para piorar o quadro, o Ministério Público de Contas pediu, na semana passada, a suspensão imediata da lei que alterou o regime previdenciário dos servidores. A imposição desta mudança é que detonou a paralisação dos professores e a violência do final de abril, que resultou em quase 200 feridos. Para os procuradores estaduais, a lei aprovada é “inconstitucional, ilegítima e ilegal”. Beto Richa pretendia dar um calote em 33 mil servidores aposentados com o objetivo de economizar R$ 1,7 bilhão ao ano. O “choque de indigestão” tucano levou o Estado à falência e o ajuste visava repassar o ônus para os servidores. A violência foi a forma encontrada para aprovar o golpe. Agora, nem esta alteração está garantida!
É evidente que o governador, que já chegou a ser cogitado como candidato do PSDB à Presidência da República, ainda tem margem de manobra. Caberá ao Tribunal de Contas do Estado, indicado e manietado pelo tucano, avaliar o pedido de suspensão feito pelos procuradores. A tendência é manter a alteração do regime previdenciário. Mesmo assim, a situação de Beto Richa não é tranquila. Dois secretários já foram defenestrados e outros podem dançar. Além disso, os professores seguem em greve e os protestos contra o tucano crescem no Estado. Beto Richa está acuado. Nem o comando nacional do PSDB tem manifestado solidariedade, temendo ser contaminado pelo caos no Paraná.
De fato, como afirmou à Folha tucana, “não tem ninguém mais ferido do que eu”. A farsa tucana foi desmascarada.
*****
Na sexta-feira (8), os professores do Paraná festejaram uma importante vitória parcial: o valentão Fernando Francischini, responsável pelo massacre de 29 de abril, foi defenestrado da Secretaria de Segurança Pública. Com a medida, o governador Beto Richa tentou limpar a imagem da sua trágica gestão. Numa patética entrevista à Folha, o tucano chegou a afirmar que “não tem ninguém mais ferido do que eu” com as recentes cenas de violência em Curitiba. Estas iniciativas, porém, não tiram Beto Richa das cordas. Juristas renomados, como Celso Antônio Bandeira de Mello, inclusive já sugerem a abertura de processo de impeachment contra o governador do PSDB por crime de responsabilidade.
A exoneração de Fernando Francischini, que pertence ao partido Solidariedade – presidido por outro canastrão, Paulinho da Força –, evidencia a grave crise que atinge o governo paranaense. Em poucos meses, o tucano reeleito em primeiro turno viu a sua popularidade despencar. O grito de “Fora Beto Richa” passou a ser entoado em estádios de futebol, teatros e em diversos protestos. Antes da queda do secretário de Segurança, o comandante geral da Polícia Militar, César Vinícius Kogut, já havia renunciado o cargo e saiu atirando em outros integrantes do governo. Outro que caiu foi o secretário estadual de Educação, Fernando Xavier Ferreira. Há boatos de que mais cabeças vão rolar no Paraná.
Para piorar o quadro, o Ministério Público de Contas pediu, na semana passada, a suspensão imediata da lei que alterou o regime previdenciário dos servidores. A imposição desta mudança é que detonou a paralisação dos professores e a violência do final de abril, que resultou em quase 200 feridos. Para os procuradores estaduais, a lei aprovada é “inconstitucional, ilegítima e ilegal”. Beto Richa pretendia dar um calote em 33 mil servidores aposentados com o objetivo de economizar R$ 1,7 bilhão ao ano. O “choque de indigestão” tucano levou o Estado à falência e o ajuste visava repassar o ônus para os servidores. A violência foi a forma encontrada para aprovar o golpe. Agora, nem esta alteração está garantida!
É evidente que o governador, que já chegou a ser cogitado como candidato do PSDB à Presidência da República, ainda tem margem de manobra. Caberá ao Tribunal de Contas do Estado, indicado e manietado pelo tucano, avaliar o pedido de suspensão feito pelos procuradores. A tendência é manter a alteração do regime previdenciário. Mesmo assim, a situação de Beto Richa não é tranquila. Dois secretários já foram defenestrados e outros podem dançar. Além disso, os professores seguem em greve e os protestos contra o tucano crescem no Estado. Beto Richa está acuado. Nem o comando nacional do PSDB tem manifestado solidariedade, temendo ser contaminado pelo caos no Paraná.
De fato, como afirmou à Folha tucana, “não tem ninguém mais ferido do que eu”. A farsa tucana foi desmascarada.
*****
Leia também:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente: