Por Altamiro Borges
Na quarta-feira passada (20), o portal G1 – da famiglia Marinho – postou uma curiosa notícia. Um dos líderes do movimento "Vem pra rua", que organiza marchas fascistas e panelaços pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff, é um notório picareta. Armando Fontoura, o jovem golpista, inclusive foi demitido do cargo que ocupava na Câmara Municipal de Vitória (ES) por "burlar o ponto" – ou seja, o moleque que bravateia contra a corrupção era um funcionário "fantasma". A denúncia só veio à tona agora porque o rapaz – que também se diz apartidário para enganar os ingênuos – foi eleito secretário-geral do diretório municipal do PSDB. Desmascarado, ele já renunciou ao cargo.
Segundo a reportagem, assinada pela jornalista Viviane Machado, "o secretário-geral do PSDB de Vitória, Armando Fontoura, escolhido nas eleições do diretório municipal do partido, no domingo (17), não vai assumir o cargo, segundo informações do novo presidente Wesley Goggi. Armando, de 23 anos, foi flagrado em um vídeo batendo ponto na Câmara de Vitória e, em seguida, deixando a sede do legislativo municipal. O caso ocorreu em 2013, quando Armando era funcionário do vereador Luiz Emanuel. O jovem foi exonerado no mesmo ano". No vídeo hilário, o probo assessor aparece vestindo uma bermuda. Alguém comenta ao fundo que ele está gordinho e pronto para ir à praia!
Tudo indica que a difusão do vídeo ocorreu devido as sangrentas bicadas no ninho tucano capixaba. A chapa de Armando Fontoura derrotou o grupo apoiado pelos nomes mais tradicionais do PSDB do Espírito Santo, como o ex-deputado federal Luiz Paulo Vellozo Lucas, o vice-governador do Estado, César Colnago, e o deputado estadual Sérgio Majeski. Diante da repercussão do vídeo, o jovem líder do "Vem pra rua" caiu em desgraça e foi forçado a deixar o cargo. Nas redes sociais, ele alegou que "estou tomando a decisão de renunciar ao posto de secretário-geral ao qual fui eleito no domingo na executiva municipal do PSDB... Continuarei contribuindo dentro da executiva do PSDB de Vitória, não com a investidura de cargos e sim como um humilde soldado e militante".
Numa outra versão, tudo indica mais verdadeira, o presidente eleito Wesley Goggi afirmou ao jornal "A Gazeta" que "em decisão conjunta do diretório, definimos que ele não vai mais ocupar nenhum cargo na direção executiva". Triste fim para o jovem líder dos paneleiros. Nas próximas marchas dos golpistas ele poderá até participar fantasiado de "funcionário fantasma" ou de "tucano disfarçado" de apartidário e independente. Ele até poderá exibir a carteirinha da curta e aprazível carreira de assessor parlamentar do PSDB – nomeado de 9 de janeiro de 2013 e exonerado em 20 de março de 2013. Pelo jeito, ele seguiu as lições do cambaleante Aécio Neves – eleito senador, mas frequentador assíduo das belas praias do Rio de Janeiro.
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