Por Altamiro Borges
O cambaleante Aécio Neves não tem problemas apenas com os bafômetros nas badaladas noites cariocas. Ele também tem ressacas na aviação. Até hoje ele não explicou as razões para a construção, com dinheiro público, de um aeroporto na fazenda do seu titio-avô no interior de Minas Gerais. Para que serve a suspeita pista, quem a utiliza e com quais objetivos? Para piorar, agora surge uma nova denúncia. Segundo reportagem de Lucas Ferraz na Folha deste domingo (3), “o senador Aécio Neves (PSDB) utilizou aeronaves do governo de Minas Gerais em pelo menos seis ocasiões após deixar o comando do Estado, em 2010”.
O jornalista constatou que os voos, “organizados exclusivamente para ele”, foram realizados entre 2011 e 2012, quando Aécio Neves já havia assumido o mandato de senador e deixado o governo ao seu sucessor, Antonio Anastasia. “Relatórios do Gabinete Militar do Estado mostram que Aécio usou, sem a presença de autoridade estadual, helicópteros do Estado em cinco ocasiões para se deslocar em Belo Horizonte e um jato para ir a Brasília. Um dos helicópteros utilizados por Aécio foi um modelo Dauphin N/3 prefixo PP-EPO. Seu uso foi regulamentado em decreto assinado pelo próprio político, em 2005, e é considerado de transporte especial. Ele ‘destina-se ao atendimento do governador do Estado, em deslocamento de qualquer natureza, por questões de segurança’”.
“Os demais cinco voos realizados pelo senador foram em aeronaves cujos prefixos as enquadram na categoria de transporte geral, destinadas, segundo o mesmo decreto, a atender o vice-governador, secretários e autoridades em ‘missão oficial’. À Folha, Aécio justificou o uso das aeronaves em três dos seis deslocamentos, afirmando estar exatamente em ‘missões oficiais’ a pedido do então governador Anastasia”, descreve a reportagem, que fez questão de ouvir “o outro lado” – o que nem sempre ocorre na seletiva Folha tucana. Já o Jornal do Brasil, que hoje adota uma linha editorial mais crítica e independente, fez questão de tirar sua casquinha.
“Esta é a segunda denúncia envolvendo voos e Aécio Neves. Em junho de 2014, veio à tona o caso do aeroporto da cidade de Claudio, em Minas, construído pelo governo do estado em 2010 dentro de uma fazenda de um parente de Aécio. A obra, que custou R$ 14 milhões, foi feita no fim do segundo mandato do tucano como governador do Estado”. O jornal lembra que o aeroporto é administrado por familiares de Aécio. A família de Múcio Guimarães Tolentino, 88 anos, que é tio-avô do tucano e ex-prefeito do município de Cláudio, guarda as chaves do portão. “Para pousar no aeroporto, é preciso pedir autorização aos filhos de Múcio. Segundo um deles, Fernando Tolentino, a pista recebe pelo menos um voo por semana, e seu primo Aécio Neves usa o aeroporto sempre que visita a cidade... Sem funcionários, o local é considerado irregular pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)”.
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O cambaleante Aécio Neves não tem problemas apenas com os bafômetros nas badaladas noites cariocas. Ele também tem ressacas na aviação. Até hoje ele não explicou as razões para a construção, com dinheiro público, de um aeroporto na fazenda do seu titio-avô no interior de Minas Gerais. Para que serve a suspeita pista, quem a utiliza e com quais objetivos? Para piorar, agora surge uma nova denúncia. Segundo reportagem de Lucas Ferraz na Folha deste domingo (3), “o senador Aécio Neves (PSDB) utilizou aeronaves do governo de Minas Gerais em pelo menos seis ocasiões após deixar o comando do Estado, em 2010”.
O jornalista constatou que os voos, “organizados exclusivamente para ele”, foram realizados entre 2011 e 2012, quando Aécio Neves já havia assumido o mandato de senador e deixado o governo ao seu sucessor, Antonio Anastasia. “Relatórios do Gabinete Militar do Estado mostram que Aécio usou, sem a presença de autoridade estadual, helicópteros do Estado em cinco ocasiões para se deslocar em Belo Horizonte e um jato para ir a Brasília. Um dos helicópteros utilizados por Aécio foi um modelo Dauphin N/3 prefixo PP-EPO. Seu uso foi regulamentado em decreto assinado pelo próprio político, em 2005, e é considerado de transporte especial. Ele ‘destina-se ao atendimento do governador do Estado, em deslocamento de qualquer natureza, por questões de segurança’”.
“Os demais cinco voos realizados pelo senador foram em aeronaves cujos prefixos as enquadram na categoria de transporte geral, destinadas, segundo o mesmo decreto, a atender o vice-governador, secretários e autoridades em ‘missão oficial’. À Folha, Aécio justificou o uso das aeronaves em três dos seis deslocamentos, afirmando estar exatamente em ‘missões oficiais’ a pedido do então governador Anastasia”, descreve a reportagem, que fez questão de ouvir “o outro lado” – o que nem sempre ocorre na seletiva Folha tucana. Já o Jornal do Brasil, que hoje adota uma linha editorial mais crítica e independente, fez questão de tirar sua casquinha.
“Esta é a segunda denúncia envolvendo voos e Aécio Neves. Em junho de 2014, veio à tona o caso do aeroporto da cidade de Claudio, em Minas, construído pelo governo do estado em 2010 dentro de uma fazenda de um parente de Aécio. A obra, que custou R$ 14 milhões, foi feita no fim do segundo mandato do tucano como governador do Estado”. O jornal lembra que o aeroporto é administrado por familiares de Aécio. A família de Múcio Guimarães Tolentino, 88 anos, que é tio-avô do tucano e ex-prefeito do município de Cláudio, guarda as chaves do portão. “Para pousar no aeroporto, é preciso pedir autorização aos filhos de Múcio. Segundo um deles, Fernando Tolentino, a pista recebe pelo menos um voo por semana, e seu primo Aécio Neves usa o aeroporto sempre que visita a cidade... Sem funcionários, o local é considerado irregular pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)”.
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