Por Thiago Cassis, no site da UJS:
Dia 05 de maio de 2015, 20:30 aproximadamente, vai ao ar o programa eleitoral do PT. Lula abre a peça publicitária atacando com firmeza o PL 4330. A chamada “Lei da Terceirização” representa um dos maiores ataques aos direitos dos trabalhadores da história do país.
O programa segue e apresenta estudantes beneficiados pelo Prouni e Fies. Mostra também brasileiros que conseguiram estruturar suas vidas a partir do acesso a uma moradia digna; que passaram a ter condições para fazer viagens de avião, o que era considerado luxo até o começo da década passada; que tiveram suporte para reconstruir suas vidas e pretender algo melhor com o Bolsa Família, por exemplo, e que hoje recebem médicos em casa, algo que parece básico mas que por tanto tempo foi inacessível a muitos brasileiros.
Pessoas orgulhosas da transformação que ocorreu em suas vidas, pessoas que hoje tem suas panelas cheias na hora do almoço e na hora do jantar.
Como Lula adianta logo no início, ainda existe muito por fazer. E todos nós sabemos, existe mesmo.
Para falar da educação, por exemplo, seria importante um controle maior sobre o conteúdo do que é ensinado, ou seja, uma preocupação com a qualidade das instituições privadas que acabam sendo privilegiadas pelos mesmos programas que deram condições do jovem de baixa renda adentrar a universidade.
Outros dois pontos recebem destaque importante na propaganda petista, o combate à corrupção, que pela primeira vez em nossa história deixa transparecer o que todos sempre souberam, ou desconfiaram, existir: muita corrupção. Embora a mídia faça uso seletivo do que é investigado e desvendado durante essa cruzada contra os corruptos. Tanto que, para muitos e muitos brasileiros, corrupção virou sinônimo de PT. São capas e mais capas de revistas e inúmeras edições diárias de telejornais construindo essa imagem junto à nossa população. Vale tudo para relacionar as palavras Lula, Dilma e PT a qualquer ato ilícito cometido de Norte a Sul do país.
O financiamento privado de campanha é outro ponto abordado com destaque durante os minutos de TV aberta do PT, apontado como maior responsável pela corrupção no Brasil. A questão da mídia aparece aqui e ali: omissões e distorções dos veículos de comunicação são trazidos à tona, mas nada referente a uma necessária, urgente e atrasada regulação econômica das empresas de comunicação.
E se a TV mostrava os beneficiados por programas sociais que encheram suas panelas, em algumas varandas de prédios espalhados pelo país, lá estavam novamente panelas vazias e supostos insatisfeitos batendo forte em suasTramontinas. Panelas vazias de quem sempre teve a dispensa cheia…
Normal. É uma democracia não?
Às 20:50 começa o Jornal Nacional, noticiário mais importante da maior representante da oposição ao atual projeto em curso no país, a Rede Globo. De uma forma super rápida (nem se um meteoro caísse em Copacabana agiriam tão rápido na cobertura) imagens editadas do panelaço acontecido minutos antes durante a propaganda petista são exibidos com destaque no telejornal. O âncora cita diversas cidades onde o ato teria ocorrido. Entre elas Curitiba. E ai me pergunto, quem bateu mais forte na capital paranaense, os revoltados das varandas em suas panelas ou a polícia de Beto Richa nos professores?
A reportagem sobre o panelaço foi constrangedora. A grande mídia chega a níveis cada vez mais baixos. Mas ao mesmo tempo me pergunto, quais são as pautas dos “batedores de panela”? Eles são contra os investimentos em bolsas estudantis? São a favor do financiamento privado de campanhas? São contra a CLT? Serão eles os terceirizados de amanhã ou os futuros terceirizadores? Ou será que são movidos por uma mídia que os cegou por décadas e por um profundo ódio de classe?
Isso apenas confirma a necessidade de enfrentar a grande mídia. É uma questão estratégica e trata-se de regular o que já está na Constituição. A regulação econômica dos meios de comunicação precisa ser uma das pautas centrais de futuras peças publicitárias e da luta diária de quem defende o projeto em curso do país.
As últimas eleições mostraram que os satisfeitos com suas panelas cheias são mais numerosos do que os revoltados das varandas com suas panelas vazias. Temos que levar isso para a política, temos que fazer isso valer na prática.
Dia 05 de maio de 2015, 20:30 aproximadamente, vai ao ar o programa eleitoral do PT. Lula abre a peça publicitária atacando com firmeza o PL 4330. A chamada “Lei da Terceirização” representa um dos maiores ataques aos direitos dos trabalhadores da história do país.
O programa segue e apresenta estudantes beneficiados pelo Prouni e Fies. Mostra também brasileiros que conseguiram estruturar suas vidas a partir do acesso a uma moradia digna; que passaram a ter condições para fazer viagens de avião, o que era considerado luxo até o começo da década passada; que tiveram suporte para reconstruir suas vidas e pretender algo melhor com o Bolsa Família, por exemplo, e que hoje recebem médicos em casa, algo que parece básico mas que por tanto tempo foi inacessível a muitos brasileiros.
Pessoas orgulhosas da transformação que ocorreu em suas vidas, pessoas que hoje tem suas panelas cheias na hora do almoço e na hora do jantar.
Como Lula adianta logo no início, ainda existe muito por fazer. E todos nós sabemos, existe mesmo.
Para falar da educação, por exemplo, seria importante um controle maior sobre o conteúdo do que é ensinado, ou seja, uma preocupação com a qualidade das instituições privadas que acabam sendo privilegiadas pelos mesmos programas que deram condições do jovem de baixa renda adentrar a universidade.
Outros dois pontos recebem destaque importante na propaganda petista, o combate à corrupção, que pela primeira vez em nossa história deixa transparecer o que todos sempre souberam, ou desconfiaram, existir: muita corrupção. Embora a mídia faça uso seletivo do que é investigado e desvendado durante essa cruzada contra os corruptos. Tanto que, para muitos e muitos brasileiros, corrupção virou sinônimo de PT. São capas e mais capas de revistas e inúmeras edições diárias de telejornais construindo essa imagem junto à nossa população. Vale tudo para relacionar as palavras Lula, Dilma e PT a qualquer ato ilícito cometido de Norte a Sul do país.
O financiamento privado de campanha é outro ponto abordado com destaque durante os minutos de TV aberta do PT, apontado como maior responsável pela corrupção no Brasil. A questão da mídia aparece aqui e ali: omissões e distorções dos veículos de comunicação são trazidos à tona, mas nada referente a uma necessária, urgente e atrasada regulação econômica das empresas de comunicação.
E se a TV mostrava os beneficiados por programas sociais que encheram suas panelas, em algumas varandas de prédios espalhados pelo país, lá estavam novamente panelas vazias e supostos insatisfeitos batendo forte em suasTramontinas. Panelas vazias de quem sempre teve a dispensa cheia…
Normal. É uma democracia não?
Às 20:50 começa o Jornal Nacional, noticiário mais importante da maior representante da oposição ao atual projeto em curso no país, a Rede Globo. De uma forma super rápida (nem se um meteoro caísse em Copacabana agiriam tão rápido na cobertura) imagens editadas do panelaço acontecido minutos antes durante a propaganda petista são exibidos com destaque no telejornal. O âncora cita diversas cidades onde o ato teria ocorrido. Entre elas Curitiba. E ai me pergunto, quem bateu mais forte na capital paranaense, os revoltados das varandas em suas panelas ou a polícia de Beto Richa nos professores?
A reportagem sobre o panelaço foi constrangedora. A grande mídia chega a níveis cada vez mais baixos. Mas ao mesmo tempo me pergunto, quais são as pautas dos “batedores de panela”? Eles são contra os investimentos em bolsas estudantis? São a favor do financiamento privado de campanhas? São contra a CLT? Serão eles os terceirizados de amanhã ou os futuros terceirizadores? Ou será que são movidos por uma mídia que os cegou por décadas e por um profundo ódio de classe?
Isso apenas confirma a necessidade de enfrentar a grande mídia. É uma questão estratégica e trata-se de regular o que já está na Constituição. A regulação econômica dos meios de comunicação precisa ser uma das pautas centrais de futuras peças publicitárias e da luta diária de quem defende o projeto em curso do país.
As últimas eleições mostraram que os satisfeitos com suas panelas cheias são mais numerosos do que os revoltados das varandas com suas panelas vazias. Temos que levar isso para a política, temos que fazer isso valer na prática.
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