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A investigação da Polícia Federal que levou a uma operação de busca e apreensão na residência de Carolina Oliveira, mulher do governador Fernando Pimentel, de Minas Gerais, é uma história exemplar de interferências externas, de caráter político, sobre o trabalho policial.
Em 7 de outubro de 2014, logo após a vitória espetacular de Fernando Pimentel - em primeiro turno - na disputa pelo governo de Minas Gerais, quando derrotou o longo reinado do PSDB de Aécio Neves, duas denúncias anônimas chegaram à Polícia Federal em Brasília. Uma através do Ministério Público. A outra, através da própria polícia.
As duas traziam a mesma informação. Falavam sobre a chegada de um avião turbo-hélice - identificado apenas pelo prefixo - com pouso previsto para o fim da tarde no Aeroporto JK, em Brasília.
Denúncias dessa natureza são comuns e o anonimato é um recurso típico de quem deseja passar uma informação importante mas não quer ser identificado. O fato incomum é que a mesma informação fora transmitida ao MP e à PF, ao mesmo tempo. Esse cuidado extremo indicava que não se tratava de uma ação banal.
Não era mesmo. Como o país inteiro ficaria sabendo naquela mesma noite, havia uma câmara da TV Globo no aeroporto, pronta para gravar uma cena que seria exibida em sequência dramática nos telejornais, um pouco mais tarde. Foi possível mostrar a chegada de uma perua negra com letras douradas da Polícia Federal ao hangar indicado. Também foi possível mostrar a hora que seu ocupante, o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, e outros dois acompanhantes saíam do avião. Todos foram revistados pela polícia, que encontrou R$ 116 000,00 em seus bolsos.
Não foi só. A Folha de S. Paulo também exibiu uma fotografia tirada em Belo Horizonte, no momento em que o próprio Benedito sobe a escada antes da decolagem. “Foto obtida pela Folha”, diz a legenda, para sublinhar que era material de terceiros. (Esta é a imagem que ilustra esta nota).
“Só não dá para imaginar que fosse da própria PF”, disse um policial ao 247, antes de ironizar: “Nossos fotógrafos não são capazes de fazer imagens tão boas.”
Toda complicação do caso reside aí - a influência de terceiros muito especiais. Sem esse fator, dificilmente teria ocorrido uma operação de busca e apreensão na casa de Carolina, sexta-feira passada, imóvel residencial, que hoje é ocupado por sua mãe.
Conforme a polícia, o nome de Carolina Oliveira, mulher de Pimentel apareceu por acaso. Dias depois da operação no aeroporto, os policiais foram atrás dos endereços do empresário apreendido com R$ 116 000,00 e receberam, na portaria do edifício de um deles, uma informação errada. A de que o local indicado não era usado por Benedito, mas pela empresa Oli, pessoa jurídica até então desconhecida.
Na verdade, a Oli deixara o lugar meses antes, o que seria comprovado pelos registros de cartório. Mesmo assim, os policiais foram atrás dos dados da empresa, descobrindo que pertencia a Carolina.
Pelos registros do celular de Benedito - apreendido no aeroporto - foi possível saber que os dois mantinham conversas com frequência. Ambos frequentaram o mesmo círculo de amizade. Carolina é amiga da namorada do empresário e os dois casais chegaram a fazer viagens juntos. Além disso, Benedito tem uma gráfica que prestou serviços ao PT na campanha de Minas Gerais - ainda que nenhum trabalho possa ser vinculado diretamente à campanha de Pimentel.
“A operação de busca e apreensão foi um erro, pois não tinha base nenhuma,” afirma o advogado Pier Paolo Bottini, que representa Carolina. “Exigimos que o material seja devolvido.”
Você não precisa acreditar na inocência nem na culpa de ninguém neste caso, ainda que o bom Direito ensine que toda pessoa é inocente até demonstração em contrário.
Mas é bom prestar atenção nos fatos extracurriculares deste roteiro, que criam uma pressão política sobre o trabalho da polícia. Já vimos este filme várias vezes.
O roteiro mostra como a interferência externa faz o show continuar, ainda que o espetáculo seja de má qualidade.
Por falar em show, o que aconteceu com aquela "apreensão" de 100 contos mais um talão de cheques do Bruno Covas, encontrados com um assessor, na campanha eleitoral?
ResponderExcluirComo está a situação do helicóptero apreendido com cocaína?
ResponderExcluirE com o helicóptero do Perrela?
ResponderExcluir
ResponderExcluir‘miniSTÉRIO’ Público ou ‘microSTÉRIO’ Público?
Um escárnio!
Um acinte!
Mais uma instituição a envergonhar a nação brasileira!
(“Esses ‘vazamentos’ não interessam às organizações criminosas do PIG!”)
“E quem vigia o vigia?”
ENTENDA A VAGABUNDAGEM!…
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MPF dá grau máximo de sigilo a investigação sobre Teixeira e Rosell
Procedimento impede até mesmo saber quem é o juiz do caso que envolve ex-presidente da CBF e ex-presidente do Barcelona em corrupção
Por Andreza Matais, de Brasília
Do Blog do Fausto Macedo
02 Junho 2015 | 20:41
O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro abriu procedimento investigatório para aprofundar as investigações sobre o envolvimento dos ex-presidentes da CBF Ricardo Teixeira e do Barcelona Alexandre Rosell e outras três pessoas em esquema de corrupção dando seguimento ao indiciamento feito pela Polícia Federal que encontrou crimes praticados pelo grupo. O procedimento tramita com grau máximo de sigilo, quando nenhuma informação sobre o andamento está disponível nem mesmo os nomes das partes.
Não é possível saber quem é o juiz do caso, o procurador responsável ou a Vara Federal onde tramita. Esse tratamento torna a tramitação do processo oculta, como se não existisse e impede que a sociedade tenha conhecimento sobre se o MPF apresentou denúncia contra os indiciados, além de outras movimentações. O MPF não explicou porque garantiu sigilo máximo ao caso.
(…)
FONTE: http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/mpf-da-grau-maximo-de-sigilo-a-investigacao-sobre-teixeira-e-rosell/
ResponderExcluirBOMBA? NÃO! DINAMITE!
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Joaquim Barbosa já declarou-se suspeito para julgar Ricardo Teixeira
Então ministro do STF, Barbosa segurou processo contra ex-presidente da CBF, em 2005. Momento seria oportuno para explicar os reais motivos da 'suspeição'
por Helena Sthephanowitz, para a RBA publicado 02/06/2015 09:38
Em 2005, o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol Ricardo Teixeira entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF), o Agravo de Instrumento (AI) 566892, em que tentava um recurso contra "quebra de sigilo bancário em investigação" e "trancamento de Ação Penal" que corria contra ele no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (Rio de Janeiro), movida pelo Ministério Público Federal.
No dia 1º de agosto daquele ano, o processo foi distribuído para o então ministro Joaquim Barbosa relatar. Barbosa deu andamento, entregando o processo para vistas ao procurador-geral da República (PGR), que o devolveu quatro meses depois, em 2 de dezembro. Seguiu-se o recesso do Judiciário e, em meados de fevereiro, Teixeira juntou uma petição.
Porém, no dia 9 de março de 2006, Joaquim Barbosa declarou-se suspeito e pediu à então presidenta do STF, Ellen Gracie, para redistribuir para outro relator. Isso depois de conduzir a relatoria por sete meses sem se ver em suspeição.
(...)
Joaquim Barbosa deveria explicar quais foram os motivos que o levaram a se sentir impedido de relatar o processo em relação a Ricardo Teixeira.
(...)
FONTE [LÍMPIDA!]: http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/helena/2015/06/joaquim-barbosa-ja-declarou-se-suspeito-para-julgar-ricardo-teixeira-2857.html
E aquele 'helicoca' que caiu com meia tonelada de pó do gosto de certos mineiros,
ResponderExcluirnas terras de tucanos de média plumagem? Que foi feito dele? Alguma investigação,
por acaso? Ou fica por isso mesmo,como sempre acontece quando é com eles?