sábado, 27 de junho de 2015

Habeas corpus da Folha afeta a economia

Por Altamiro Borges

Em mais uma ação irresponsável e criminosa, a Folha tucana destacou nesta quinta-feira (25): "Lula pede à Justiça para não ser preso por juiz da Operação Lava Jato". A matéria não tinha qualquer base real, a falsa informação não foi apurada e o citado sequer foi procurado. Na sequência, diante dos vários desmentidos, o jornal publicou uma pequena notinha: "Erramos: Não foi Lula quem pediu habeas corpus preventivo; ação foi de consultor sem ligação com o ex-presidente". O estrago, porém, já estava feito. Não afetou apenas a imagem de Lula - alvo permanente das intrigas da famiglia Frias -, mas a própria economia nacional. Na sua sanha antipetista, a Folha virou um jornal contra o Brasil.

Segundo reportagem do Jornal do Brasil, "a polêmica com um suposto habeas corpus preventivo em favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode ter afetado os papéis da Bovespa nesta quinta-feira (25), que encerrou em queda de 1,24% aos 53.175 pontos. A empresa que mais puxou a queda do mercado financeiro hoje foi a Petrobras, diretamente envolvida na Operação Lava Jato e causa do pedido de habeas corpus, que já foi negado pela justiça e feito sem o conhecimento de Lula. Já o dólar continuou em alta, de 0,86%, cotado a R$ 3,12". A Folha tucana não conseguiu derrubar Lula, mas novamente serviu à rapinagem dos especuladores do mercado financeiro!

Quando a falsa notícia ganhou ares de verdade no pasquim da famiglia Frias, o Instituto Lula reagiu: "Não sabemos no momento se esse ato foi feito por algum provocador para gerar um factoide”. Além de negar taxativamente a veracidade do habeas corpus, o instituto ainda denunciou o senador ruralista Ronaldo Caiado (DEM-GO), que difundiu a mentira em suas redes sociais. Aos poucos, o factoide da Folha foi sendo desmoralizado. Descobriu-se que o pedido do habeas corpus foi feito por um maluco, o "consultor" Maurício Ramos Thomaz - que não tem qualquer relação com o ex-presidente e que já foi apelidado de "maníaco do habeas corpus". Ele inclusive já usou este recurso para defender outro maníaco, o jornalista Diogo Mainardi - ex-revista Veja e atual "calunista" da GloboNews.

A desmoralização do jornal atingiu o ápice no momento em que o próprio Sérgio Moro, o midiático juiz da Operação Lava-Jato, divulgou nota "a fim de afastar polêmicas desnecessárias" geradas pelo falso pedido do habeas corpus. Ele garantiu que não há qualquer investigação em curso contra o ex-presidente - para desgosto dos abutres da Folha. Mas, repita-se, o estrago já estava feito. Em qualquer país mais sério no tratamento dos veículos de comunicação, a famiglia Frias seria chamada a prestar esclarecimentos sobre os seus atos criminosos - sempre motivados por razões políticas!

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