Por Altamiro Borges
O jornalista esportivo Ricardo Perrone informa neste sábado (27), em seu blog hospedado na Folha, que o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, está decidido a abrir o bico sobre as falcatruas que enlameiam o futebol. Preso na Suíça, o cartola se sentiu traído por seus comparsas e resolveu atender ao desejo da sua família. Além dos mafiosos dos gramados, Marin foi renegado pela TV Globo - que sempre o bajulou nas negociatas dos bilionários contratados de transmissão dos jogos - e até por seus antigos aliados da política. Nas eleições do ano passado, o cartola apoiou o cambaleante tucano Aécio Neves, que agora finge não conhecê-lo. Vale conferir o relato do Blog do Perrone:
O que era desejo da família de Marin virou promessa: vai contar o que sabe
Há um mês, José Maria Marin se preparava para deixar seu quarto num nababesco hotel na Suíça quando recebeu de policiais suíços e agentes do FBI voz de prisão. As cenas seguintes foram tragicômicas. O ex-presidente da CBF, sem falar inglês, queria levar para a cadeia a mala grande que trouxera do Brasil, enquanto os tiras exigiam que carregasse apenas uma maleta. No desespero, o cartola pediu pra Neusa, sua mulher, chamar Marco Polo Del Nero, que não chegou até que o amigo fosse levado para o cárcere.
Neusa, então, ficou sozinha. Precisou da ajuda da Conmebol para voltar para casa. Del Nero retornou antes. Nos dias que se seguiram, o sentimento de abandono da família do ex-presidente da Confederação Brasileira cresceu. A CBF não disponibilizou advogado para o cartola, retirou Marin da vice-presidência e sumiu com o nome dele da fachada da sede da entidade.
Nesse cenário, familiares de Marin deixaram transparecer mágoa com Del Nero. Contaram a amigos que confiavam na inocência do ex-presidente da CBF, mas que desejavam que ele contasse tudo que soubesse, mesmo que isso pudesse prejudicar outros dirigentes brasileiros.
O tempo passou. Neusa, ainda sem ver o marido desde a detenção, voltou para a Suíça, com uma advogada, cerca de aproximadamente 15 dias após a detenção. A sensação de que a cúpula do futebol virou as costas para Marin aumentou. O nome dele não aparece também na composição da diretoria da CBF no guia do Campeonato Brasileiro entregue para clubes e federações.
Então, o que era um desejo da família passou a ser uma promessa feita a amigos. “Marin vai falar o que sabe aos policiais”, dizem parentes do cartola, mantendo o raciocínio de confiar na inocência dele e sem explicar se essa sabedoria pode incriminar alguém.
As palavras dos familiares, com peso de ameaça, aumentam a ansiedade de presidentes de federações, que curiosamente se queixam do fato de a imprensa não trazer novidades sobre as investigações. Principalmente, a respeito de quem são os outros dois dirigentes brasileiros suspeitos de receber propina na venda de direitos de transmissão de campeonatos.
Enquanto o mistério não for desvendado, eles seguirão mergulhados na incerteza que domina a cartolagem nacional desde que Marin foi preso. Ou na certeza de que muita coisa pode mudar, se o ex-presidente tiver algo relevante para contar e cumprir a promessa feita por seus parentes.
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Há um mês, José Maria Marin se preparava para deixar seu quarto num nababesco hotel na Suíça quando recebeu de policiais suíços e agentes do FBI voz de prisão. As cenas seguintes foram tragicômicas. O ex-presidente da CBF, sem falar inglês, queria levar para a cadeia a mala grande que trouxera do Brasil, enquanto os tiras exigiam que carregasse apenas uma maleta. No desespero, o cartola pediu pra Neusa, sua mulher, chamar Marco Polo Del Nero, que não chegou até que o amigo fosse levado para o cárcere.
Neusa, então, ficou sozinha. Precisou da ajuda da Conmebol para voltar para casa. Del Nero retornou antes. Nos dias que se seguiram, o sentimento de abandono da família do ex-presidente da Confederação Brasileira cresceu. A CBF não disponibilizou advogado para o cartola, retirou Marin da vice-presidência e sumiu com o nome dele da fachada da sede da entidade.
Nesse cenário, familiares de Marin deixaram transparecer mágoa com Del Nero. Contaram a amigos que confiavam na inocência do ex-presidente da CBF, mas que desejavam que ele contasse tudo que soubesse, mesmo que isso pudesse prejudicar outros dirigentes brasileiros.
O tempo passou. Neusa, ainda sem ver o marido desde a detenção, voltou para a Suíça, com uma advogada, cerca de aproximadamente 15 dias após a detenção. A sensação de que a cúpula do futebol virou as costas para Marin aumentou. O nome dele não aparece também na composição da diretoria da CBF no guia do Campeonato Brasileiro entregue para clubes e federações.
Então, o que era um desejo da família passou a ser uma promessa feita a amigos. “Marin vai falar o que sabe aos policiais”, dizem parentes do cartola, mantendo o raciocínio de confiar na inocência dele e sem explicar se essa sabedoria pode incriminar alguém.
As palavras dos familiares, com peso de ameaça, aumentam a ansiedade de presidentes de federações, que curiosamente se queixam do fato de a imprensa não trazer novidades sobre as investigações. Principalmente, a respeito de quem são os outros dois dirigentes brasileiros suspeitos de receber propina na venda de direitos de transmissão de campeonatos.
Enquanto o mistério não for desvendado, eles seguirão mergulhados na incerteza que domina a cartolagem nacional desde que Marin foi preso. Ou na certeza de que muita coisa pode mudar, se o ex-presidente tiver algo relevante para contar e cumprir a promessa feita por seus parentes.
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Aos poucos, as sujeiras do aecista José Maria Marin estão vindo à tona. Além de chefão da máfia do futebol, agora se sabe que o cartola também estava metido em negócios obscuros no rentável negócio da mídia. Durante o período em que foi presidente da CBF, de 2012 a 2015, o capital da sua empresa, a Rede Associada de Difusão, quase triplicou, passando de R$ 352 mil para R$ 1 milhão. "O salto no valor da empresa ocorreu no dia 16 de abril de 2014, coincidentemente a mesma data em que Marco Polo Del Nero foi eleito para suceder Marin na presidência da CBF", descreve matéria do Estadão.
"Além de Marin, o outro dono da empresa é seu filho, Marcus Vinícius, ex-diretor do Departamento de Futebol Amador da Federação Paulista durante o período em que Del Nero foi presidente da entidade estadual... De acordo com ficha cadastral na Junta Comercial de São Paulo obtida pelo Estado, a Rede Associada de Difusão tem por objetivo o comércio varejista de produtos não especificados, atividades de rádio e televisão e prestação de serviços. A empresa ganhou a concessão de uma rádio em Santa Isabel, município a 60 quilômetros de São Paulo".
As máfias do futebol e da mídia têm sólidas relações!
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Acho melhor êle não sair da Suissa. Aquí, queimam o arquivo num instante.
ResponderExcluirSerá uma delação ampla, geral e irrestrita? Se não fosse a Justiça, da Suiça. Aqui ele trilhou o caminho do sucesso, da ditadura para o futebol, da ditadura para 'democracia', da ditadura para a Polícia, da ditadura para a Imprensa, cinquenta anos de sucesso no Brasil ez acender um farol vermelho em orgãos de combate à corrupção lá nos EUA. O Brasil está protegido da corrupção, o mundo combate.
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