domingo, 28 de junho de 2015

Paraguai, impeachment e a prisão de Lula

Por Renato Rovai, em seu blog:

Já há evidências que permitem cogitar que os empreiteiros que estão sendo presos podem ter decidido por perder os anéis a entregar os dedos. E foram convencidos disso a partir de uma proposta de acordo premiado por integrantes da oposição, da mídia e talvez até do poder judiciário.

O depoimento que que vem sendo divulgado de Ricardo Pessoa, da UTC, é muito sintomático deste possível caminho.

O empreiteiro, pelo divulgado, teria citado em diversos momentos o tesoureiro do PT, João Vaccari, e sinalizado que parte dos recursos doados à campanha de Dilma teria sido fruto de comissão das obras realizadas para o governo federal. Sendo que a UTC doou mais para a campanha de Aécio, R$ 8,7 milhões, do que para a da presidenta, R$ 7,5 milhões.

Há umas duas semanas, a partir de uma matéria especulativa da Folha de S. Paulo, passou-se a dizer que o ex-presidente Lula temia ser preso. E de repente começaram a aparecer “sinais” de que ele poderia estar sendo investigado pela Lava Jato. Até aparecer um pedido de Habeas Corpus amalucado.

Antes disso, porém, surgiram na internet, artigos como este de Leonardo Sarmento, professor de Direito Constitucional, e que defende a tese que inspira o título deste post. Ele aborda o impeachemnt de Dilma e a prisão de Lula da seguinte forma:

“Nesta senda, a depender das provas carreadas ao Ministério Público, temos mais uma causa suficiente para o pedido do impeachment de Dilma Rousseff e para o pedido de prisão de Luiz Inácio Lula da Silva. Está na hora do Ministério Público demonstrar que sua independência insculpida nos lindes da Carta republicana de 1988 não encontra barreiras implícitas de ordem política, mas sim que o Ministério Público é um fiel efetivados das normas constitucionais e não prevarica em suas funções ministeriais quando sofre pressões.

Lula, conforme dispusemos em artigo precedente, nega-se a depor junto à Polícia Federal à respeito de outros inquéritos abertos e mantidos sob sigilo, que sob o controle do Governo Federal, sem a independência funcional que conta o MP, recalcitra usar da coerção no objetivo de ouvi-lo.

Novamente, conforme já interpretamos também em artigo anterior, novamente integralmente aplicável a Teoria do Domínio do fato, tanto em relação ao ex-presidente como em relação a atual mandatária para que respondam na esfera penal.”


Em resumo, o professor e colunista do JusBrasil entende que deveria ser aplicada a Teoria do Domínio do Fato para o impedimento de Dilma e a prisão de Lula.

O acordo com alguns dos empreiteiros pode ter passado por aí e por esse motivo Pessoa implica o PT enquanto deixa de fora estrelas do PSDB, como Aécio e Alckmin, que segundo matéria da Folha de S. Paulo recebeu mais da metade dos recursos de sua campanha de empresas do cartel do metrô . Para ser mais exato, 56%.

Mas Pessoa citou Aloysio Nunes por quê? Porque quem já viu filmes como o Poderoso Chefão sabe que nesses acordos sempre é preciso deixar uma porta aberta para o caso de ele não ser cumprido. E incluir Aloysio, amigo de Paulo Preto, no bolo, parece ser um jeito de dar um recado. E mostrar que se tem munição para tudo quanto é lado.

Mas afinal qual seria o acordo?

Os empreiteiros jogariam o PT, Dilma e Lula ao mar para que fossem varridos do mapa de forma “legal”. Ou seja, num processo que poderia inclusive utilizar os mesmos mecanismos do caso do Mensalão como sinaliza Sarmento. E depois que as coisas voltassem a tão sonhada normalidade que a oposição e a mídia desejam, os empreiteiros poderiam retomar seus negócios com tranquilidade. Até porque não haveria PT, Lula e Dilma para achacá-los. E como todos sabem, no Brasil, a corrupção é algo que foi criado por esses monstros que gostam da cor vermelha.

Há sinais cada vez mais evidentes de que um golpe paraguaio, que não tem relação com a nova derrota nos pênaltis para o país vizinho, pode estar sendo desenhado e arquitetado de maneira bastante profissional.

E se o governo não agir rapidamente buscando resgatar a ligação direta que tinha com a sua base social, esse golpe pode ser dado com comemoração nas ruas. E pouca resistência, que seria sufocada com a violência que viesse a ser necessária. E em nome da lei e da ordem.

O lado de lá está com o jogo armado. E parece estar conseguindo convencer alguns atores da Operação Lava Jato a jogar o seu jogo. E o governo parece perdido, sem estratégia e informação.

Lula e Dilma precisam se entender rapidamente e passar a falar a mesma língua. Ou os dois vão ser jogados ao mar, abraçados, e vão ter suas histórias políticas demolidas. Como teve Lugo, por exemplo.

Ainda não é hora para sair chutando para qualquer lado. Mas ao mesmo tempo não dá mais para fazer de conta que não se está entendendo o jogo do outro lado.

2 comentários:

Unknown disse...

Só tem um problema para os empreiteiros. Um golpe vai levar o país de volta aos tempos tucanos. Se têm alguma memória podem verificar que entregarão os anéis, e os dedos.

Anônimo disse...



TODA NUDEZ, INVEJA E ÓDIO FIGADAL DE UMA FASCISTA ANTINACIONALISTA “CHEIROSA”!
E [reles] LACAIA DOS YANKEES, ESCRAVAGISTAS (SIC)

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'Agenda de Dilma começa em NY, onde ela tenta convencer investidores de que Brasil ainda é Brasil

Dilma vai, a crise fica

*Eliane Cantanhêde
[*também conhecida pela famigerada alcunha de [Eliane] TACANHêde ou [Eliane] TUCANêde! A mesma '[Terrorista] Rainha da Febre Amarela'! Adendos nossos!]

28 Junho 2015 | 03h 00

A presidente Dilma Rousseff desembarca nos Estados Unidos justamente quando ela e o Brasil estão em baixa e os EUA e Barack Obama estão em alta. Dilma vive de pedalada em pedalada, com Lula jogando pedra, o PT botando casca de banana e o juiz Sérgio Moro na cola de todos eles. Já Obama esbanja seu charme natural e saboreia a reaproximação com Cuba, a vitória do Obamacare na Suprema Corte e o
principal: a recuperação da economia americana.
(...)
A agenda de Dilma começa em Nova York, onde ela tenta convencer empresários brasileiros e investidores estrangeiros de que o Brasil, apesar de tudo (e, cá para nós, dela própria), ainda é o Brasil. (...) Afinal, se o Brasil ainda é o Brasil, os EUA ainda serão a principal potência mundial por décadas.
Na visita oficial a Washington... E os jornalistas americanos? Perguntarão a Obama sobre terrorismo, questões internas, aprovação do casamento gay. Ou seja: não darão a menor bola para Dilma e para o Brasil. Pelo menos, é de praxe.
Dilma encerra a viagem pela bela Califórnia, onde irá à Universidade Stanford, ao Centro de Pesquisas da Nasa e à sede do Google. Se tiver sorte, dará um passeio e tirará boas fotos nos carros inteligentes que o Google, entre outros, desenvolve. Um carro sem marchas, sem espelhos, sem volante – e sem motorista.
Mais ou menos como o atual governo brasileiro, mas não aos trancos e barrancos.
Um conselho para Dilma, porém: ela deve fugir da tentação de sair de bicicleta em Nova York. Entre residentes e turistas, há muitos brasileiros por lá e o risco de ser vaiada é grande. Pior: isso remeterá fatalmente às peripécias de Fernando Collor no Central Park, suado, correndo de manhã até o memorial de
John Lennon, enquanto sua ministra da Economia, Zélia Cardoso de Mello, desfilava de charrete à noite para comunicar ao mundo a paixão pelo colega da Justiça.
A hora é de tentar reverter para a política interna os lucros externos da visita a Obama, sem extravagâncias e riscos desnecessários. Dilma tem 65% de rejeição, só três pontos a menos que Collor às vésperas do impeachment. Que a comparação entre os dois pare por aí.
PS. Por falar em Collor, por que raios a UTC teria doado R$ 20 milhões para o ex-presidente, duas décadas depois do impeachment?

CACHOEIRA – perdão, ato falho -, FONTE: http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,dilma-vai--a-crise-fica,1714840

Messias Franca de Macedo
Feira de Santana, Bahia
República Dessas Bananas Fascigolpistas &$ Terroristas