Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Da Agência Senado, agora há pouco:
Ao chegar ao Senado nesta quarta-feira (1º), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que os senadores vão priorizar a apreciação do Projeto de Lei do Senado (PLS) 131/2015, do senador José Serra (PSDB-SP), que retira a obrigatoriedade de a Petrobras ser a operadora exclusiva e possuir participação mínima de 30% nos consórcios de empresas que venham a ser contratados, mediante licitação, para exploração e produção de petróleo no pré-sal e em áreas estratégicas.
“Nós vamos fazer um esforço para que esse projeto seja apreciado hoje, e, se for o caso, fazermos, em torno do conteúdo do projeto, uma negociação, um acordo. Eu acho que nós devemos definitivamente deliberar sobre essa questão da obrigatoriedade dos 30% da Petrobras”, anunciou Renan.
Enquanto o governo Dilma, sem reação, definha, os abutres correm para bicar os despojos.
Nem mesmo o figurino do ajuste neoliberal consegue seguir quando se trata dos gastos, pois o Congresso – todo dia assistimos – tornou-se um distribuidor de benesses a três por quatro, sem entrar no mérito de serem ou não justas para com os beneficiários.
Contar que o declínio da atividade econômica – em grande parte derivado dos investimentos e despesas do Governo – vá, depois de ir ao fundo do poço, reverter-se em crescimento econômico, pressupõe ter “gordura para queimar” em sustentação política.
Não são necessárias pesquisas para que se veja que não há.
E quando o organismo está fraco, os vírus do oportunismo se instalam e se reproduzem velozmente.
Embora a intenção seja oposta, as chances de preservar o pré-sal sob o mínimo controle brasileiro talvez até acabe sendo – tomara, embora o quadro não seja bom – pelo apressamento da votação.
Seis ou sete meses de absoluta inapetência pela política, por um silêncio que, de tanto tempo que demora a ser quebrado que, quando o é, já perde boa parte da credibilidade da contestação e por uma falta quase total daquilo que Lula pediu à presidenta e ao PT – notícias boas – cobram um preço pesado.
O próprio Lula tem dificuldades em se posicionar e participar mais da disputa política, porque é evidente a falta de sintonia entre a equipe dirigente e suas opiniões, mais até do que a da própria Presidenta.
Nem mesmo nós, que defendemos o governo Dilma pela sua legitimidade eleitoral e por seus compromissos remanescentes com um projeto nacional, inclusivo e desenvovimentista temos dificuldade em explicar tamanha paralisia.
Queira a sorte que não se tenha desgastado a esperança de sermos um país à altura do nosso povo a ponto de votarem hoje a entrega do pré-sal.
Porque o Legislativo brasileiro, à sombra de um Judiciário que paralisa mais o país que qualquer ajuste neoliberal sonharia em fazer, aproveita o momento para monstruosidades impensáveis há seis ou sete meses.
E nada hoje, infelizmente, faz crer que não será pior em mais alguns meses.
Da Agência Senado, agora há pouco:
Ao chegar ao Senado nesta quarta-feira (1º), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que os senadores vão priorizar a apreciação do Projeto de Lei do Senado (PLS) 131/2015, do senador José Serra (PSDB-SP), que retira a obrigatoriedade de a Petrobras ser a operadora exclusiva e possuir participação mínima de 30% nos consórcios de empresas que venham a ser contratados, mediante licitação, para exploração e produção de petróleo no pré-sal e em áreas estratégicas.
“Nós vamos fazer um esforço para que esse projeto seja apreciado hoje, e, se for o caso, fazermos, em torno do conteúdo do projeto, uma negociação, um acordo. Eu acho que nós devemos definitivamente deliberar sobre essa questão da obrigatoriedade dos 30% da Petrobras”, anunciou Renan.
Enquanto o governo Dilma, sem reação, definha, os abutres correm para bicar os despojos.
Nem mesmo o figurino do ajuste neoliberal consegue seguir quando se trata dos gastos, pois o Congresso – todo dia assistimos – tornou-se um distribuidor de benesses a três por quatro, sem entrar no mérito de serem ou não justas para com os beneficiários.
Contar que o declínio da atividade econômica – em grande parte derivado dos investimentos e despesas do Governo – vá, depois de ir ao fundo do poço, reverter-se em crescimento econômico, pressupõe ter “gordura para queimar” em sustentação política.
Não são necessárias pesquisas para que se veja que não há.
E quando o organismo está fraco, os vírus do oportunismo se instalam e se reproduzem velozmente.
Embora a intenção seja oposta, as chances de preservar o pré-sal sob o mínimo controle brasileiro talvez até acabe sendo – tomara, embora o quadro não seja bom – pelo apressamento da votação.
Seis ou sete meses de absoluta inapetência pela política, por um silêncio que, de tanto tempo que demora a ser quebrado que, quando o é, já perde boa parte da credibilidade da contestação e por uma falta quase total daquilo que Lula pediu à presidenta e ao PT – notícias boas – cobram um preço pesado.
O próprio Lula tem dificuldades em se posicionar e participar mais da disputa política, porque é evidente a falta de sintonia entre a equipe dirigente e suas opiniões, mais até do que a da própria Presidenta.
Nem mesmo nós, que defendemos o governo Dilma pela sua legitimidade eleitoral e por seus compromissos remanescentes com um projeto nacional, inclusivo e desenvovimentista temos dificuldade em explicar tamanha paralisia.
Queira a sorte que não se tenha desgastado a esperança de sermos um país à altura do nosso povo a ponto de votarem hoje a entrega do pré-sal.
Porque o Legislativo brasileiro, à sombra de um Judiciário que paralisa mais o país que qualquer ajuste neoliberal sonharia em fazer, aproveita o momento para monstruosidades impensáveis há seis ou sete meses.
E nada hoje, infelizmente, faz crer que não será pior em mais alguns meses.
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