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A fase instável e aguda da atual conjuntura política, num clima predominantemente fabricado, sintetizado na pergunta feita à presidenta, na sua entrevista para o jornal Folha de S.Paulo – “parece estar todo mundo querendo derrubar a senhora (…)”, demonstra como a estupidez e a ignomínia atingiu tal nível de ataque a esta mulher, presidenta da República Federativa do Brasil. A presidenta foi eleita, com base na força da soberania popular, apesar das tentativas golpistas – desde as vésperas do pleito de 2014 – para reverter o resultado alcançado. O regime é presidencialista aprovado e re-aprovado em dois plebiscitos pelo povo brasileiro. Portanto, confere à chefe do executivo a certeza do mandato fixo, ao contrário do parlamentarismo.
Destarte, mais ainda, o mandato da presidenta Dilma completa apenas seis meses, e como acontece sempre e universalmente em tal situação, deve-se dar um crédito de confiança ao governo que inicia. Um programa de governo não se aplica intempestivamente.
E numa potencialização ainda maior de dificuldades, é preciso distinguir o contexto do segundo governo Dilma: momento muito difícil da vida do país – situação que pode ocorrer na trajetória de qualquer nação – que une fatores conjugados, relativos à grande crise do capitalismo iniciada em 2007 e 2008 que, continua, e impacta fortemente os países em via de desenvolvimento; e depois de 12 anos de grandes conquistas no Brasil, agora se impõe novo ciclo, ou uma nova etapa constituída de reformas estruturais para o desenvolvimento nacional democrático, que garanta a soberania e o progresso social.
Assim estamos diante de uma transição no mundo e no Brasil, que, também não se concretiza imediatamente. É um processo relativamente prolongado, mesmo que fosse impulsionado por forte mobilização popular.
É nessa situação singular que as forças conservadoras, elites reacionárias e revanchistas - num contexto de dominância sistêmica da oligarquia financeira globalizada – se aproveitam do curso de transição, portanto ainda em definição, e de certos erros que se acumularam, para tentar truncar a qualquer preço o avanço da quarta vitória das forças democráticas e progressistas em nosso país.
A direita se juntou numa grande conspirata em marcha, sobretudo setores do consórcio oposicionista comando pelo candidato derrotado, Aécio Neves, a buscar qualquer pretexto para dar forma à preparação golpista. Usam todo arsenal, em conluio com a mídia monopolista para confundir, desacreditar e desmoralizar a presidenta e as forças que lhe apoiam. Estão procurando subverter a ordem democrática para impor de forma absolutista sua alucinada vontade.
Contudo, eles não estão levando em conta, como sempre, a força das massas trabalhadoras e populares, ainda reduzida e aparentemente imóvel. Mas, uma lei objetiva da luta social comprova que as grandes mobilizações do povo irrompem através de um detonador muitas vezes imprevisível. O golpe ou sua incessante tentativa pode incendiar a “lenha seca”.
E, desatinados, desconhecem quem é Dilma Rousseff. Chegam a imprimir uma falsa noção, que se amplia, para infundir um clima de desalento, reeditando ao extremo como verdadeiro: “Dilma é incompetente”, “cometeu muitos erros”, “está acuada, não governa, é responsável direta pela corrupção”, “está prestes a jogar a toalha”, e até que “já tentou suicídio”. Uma antibiografia da presidenta da República. Uma ignomínia perante a nação.
Afirmo convictamente o inverso. Dilma é decidida e tem dado mostras de ser detentora de profundas convicções de um novo tempo para construção soberana, democrática, solidária e de progresso social para nossa grande nação; de maior integração com os vizinhos da nossa região e por uma nova ordem mundial de cooperação e solidariedade entre os povos, de paz e desenvolvimento. É consciente da transição atual a seguir para uma retomada do crescimento em um novo ciclo. Empenha-se dia e noite neste sentido. Desde o final do seu primeiro governo, com o esgotamento do ciclo iniciado em 2003, já começou a fazer tentativas na busca de nova alternativa na linha do desenvolvimento com inclusão social.
A presidenta Dilma faz parte de uma geração de lutadores da época da ditadura militar de 1964. E sempre faz questão de assinalar com orgulho a sua corajosa experiência. À frente do PCdoB, na minha relação política com a presidenta, encontrei uma mulher e líder atenciosa, criteriosa em seu juízo de valor, longe de qualquer promiscuidade de cedência dos seus conceitos e de seus compromissos.
A montagem de uma anti-biografia, invertida da real personalidade e capacidade da presidenta Dilma, conjugando deformações e destacando ao máximo aspectos negativos é resultado da radicalização política em curso, de uma direita alucinada, de setores extremados, que usam qualquer expediente e instrumento para galgar seus objetivos para interromper o mandato constitucional da presidenta da República. Esse clima fabricado e continuado, que inclui também o preconceito de gênero, influenciou até mesmo parcelas da base do governo. Não é fortuita, a surpresa de muitos, provocada pelo desassombro da recente entrevista concedida pela presidenta Dilma ao jornal Folha de S.Paulo. A vida, em maior ou menor tempo, fará transparecer a razão e a verdade.
Destarte, mais ainda, o mandato da presidenta Dilma completa apenas seis meses, e como acontece sempre e universalmente em tal situação, deve-se dar um crédito de confiança ao governo que inicia. Um programa de governo não se aplica intempestivamente.
E numa potencialização ainda maior de dificuldades, é preciso distinguir o contexto do segundo governo Dilma: momento muito difícil da vida do país – situação que pode ocorrer na trajetória de qualquer nação – que une fatores conjugados, relativos à grande crise do capitalismo iniciada em 2007 e 2008 que, continua, e impacta fortemente os países em via de desenvolvimento; e depois de 12 anos de grandes conquistas no Brasil, agora se impõe novo ciclo, ou uma nova etapa constituída de reformas estruturais para o desenvolvimento nacional democrático, que garanta a soberania e o progresso social.
Assim estamos diante de uma transição no mundo e no Brasil, que, também não se concretiza imediatamente. É um processo relativamente prolongado, mesmo que fosse impulsionado por forte mobilização popular.
É nessa situação singular que as forças conservadoras, elites reacionárias e revanchistas - num contexto de dominância sistêmica da oligarquia financeira globalizada – se aproveitam do curso de transição, portanto ainda em definição, e de certos erros que se acumularam, para tentar truncar a qualquer preço o avanço da quarta vitória das forças democráticas e progressistas em nosso país.
A direita se juntou numa grande conspirata em marcha, sobretudo setores do consórcio oposicionista comando pelo candidato derrotado, Aécio Neves, a buscar qualquer pretexto para dar forma à preparação golpista. Usam todo arsenal, em conluio com a mídia monopolista para confundir, desacreditar e desmoralizar a presidenta e as forças que lhe apoiam. Estão procurando subverter a ordem democrática para impor de forma absolutista sua alucinada vontade.
Contudo, eles não estão levando em conta, como sempre, a força das massas trabalhadoras e populares, ainda reduzida e aparentemente imóvel. Mas, uma lei objetiva da luta social comprova que as grandes mobilizações do povo irrompem através de um detonador muitas vezes imprevisível. O golpe ou sua incessante tentativa pode incendiar a “lenha seca”.
E, desatinados, desconhecem quem é Dilma Rousseff. Chegam a imprimir uma falsa noção, que se amplia, para infundir um clima de desalento, reeditando ao extremo como verdadeiro: “Dilma é incompetente”, “cometeu muitos erros”, “está acuada, não governa, é responsável direta pela corrupção”, “está prestes a jogar a toalha”, e até que “já tentou suicídio”. Uma antibiografia da presidenta da República. Uma ignomínia perante a nação.
Afirmo convictamente o inverso. Dilma é decidida e tem dado mostras de ser detentora de profundas convicções de um novo tempo para construção soberana, democrática, solidária e de progresso social para nossa grande nação; de maior integração com os vizinhos da nossa região e por uma nova ordem mundial de cooperação e solidariedade entre os povos, de paz e desenvolvimento. É consciente da transição atual a seguir para uma retomada do crescimento em um novo ciclo. Empenha-se dia e noite neste sentido. Desde o final do seu primeiro governo, com o esgotamento do ciclo iniciado em 2003, já começou a fazer tentativas na busca de nova alternativa na linha do desenvolvimento com inclusão social.
A presidenta Dilma faz parte de uma geração de lutadores da época da ditadura militar de 1964. E sempre faz questão de assinalar com orgulho a sua corajosa experiência. À frente do PCdoB, na minha relação política com a presidenta, encontrei uma mulher e líder atenciosa, criteriosa em seu juízo de valor, longe de qualquer promiscuidade de cedência dos seus conceitos e de seus compromissos.
A montagem de uma anti-biografia, invertida da real personalidade e capacidade da presidenta Dilma, conjugando deformações e destacando ao máximo aspectos negativos é resultado da radicalização política em curso, de uma direita alucinada, de setores extremados, que usam qualquer expediente e instrumento para galgar seus objetivos para interromper o mandato constitucional da presidenta da República. Esse clima fabricado e continuado, que inclui também o preconceito de gênero, influenciou até mesmo parcelas da base do governo. Não é fortuita, a surpresa de muitos, provocada pelo desassombro da recente entrevista concedida pela presidenta Dilma ao jornal Folha de S.Paulo. A vida, em maior ou menor tempo, fará transparecer a razão e a verdade.
ResponderExcluirEM TEMPO:
A lambança criminosa denunciada pelos blogues 'sujos' começa a fazer água!
ENTENDA
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OAS aponta ‘distorções’ na transcrição de delações da Lava Jato
09 Julho 2015 | 22:49
Advogados da empreiteira afirmam que acesso aos vídeos dos depoimentos de colaboradores da Lava Jato ‘permitiu verificar sérias e graves omissões’; eles pedem nulidade da ação desde a denúncia da Procuradoria
Por jornalistas Mateus Coutinho e Julia Affonso
A defesa da OAS, a gigante da construção sob suspeita de integrar cartel de empreiteiras no esquema de propinas que se instalou na Petrobrás, aponta ‘numerosas divergências’ na transcrição de pelo menos duas delações premiadas nos autos da Operação Lava Jato.
Em petição de oito páginas ao juiz federal Sérgio Moro, os criminalistas encarregados de defender os executivos da OAS – réus por corrupção passiva e lavagem de dinheiro -, sustentam que o acesso aos vídeos dos depoimentos de colaboradores, Julio Camargo e Augusto Ribeiro de Mendonça, “permitiu verificar sérias e graves omissões e distorções das manifestações”.
VEJA A ÍNTEGRA DA PETIÇÃO DA DEFESA DA OAS
(...)
FONTE: http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/oas-aponta-distorcoes-na-transcricao-de-delacoes-da-lava-jato/