Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
Escrevo antes de começar a aguardada reunião da presidente Dilma Rousseff com todos os governadores, marcada para as 16 horas desta quinta-feira, no Palácio do Planalto.
A grana acabou e a arrecadação de todos está caindo. Em resumo, este é o ponto em comum entre o governo federal e os estaduais neste momento.
O que podemos esperar deste encontro, além da foto oficial com todos juntos e sorridentes, que certamente tem um peso político próprio?
Os governadores vão pedir mais recursos a Dilma, o que a presidente não tem como atender, por conta do ajuste fiscal. Dilma vai pedir apoio político a eles para barrar as "pautas bomba" na Câmara prometidas por Eduardo Cunha, como o aumento de 70% para os servidores do Judiciário, parcelado nos próximos quatro anos, que custaria R$ 25 bilhões aos já combalidos cofres federais.
Fala-se em "pacto federativo" e "agenda positiva", mas é difícil descobrir como isso será possível, já que os governadores não têm controle sobre suas bancadas para impedir a aprovação de projetos que aumentem os gastos públicos, com impacto também nos Estados, muito menos a instalação de novas CPIs.
Entre os acordos possíveis, está a criação de fundos de compensação para a reforma do ICMS, que prevê a unificação das alíquotas em 4%, para evitar a guerra fiscal. Outra demanda dos governadores é a sanção do projeto de lei que permite a Estados e municípios o uso como receita de parcela dos depósitos judiciais.
Limitar as discussões a questões financeiras, fiscais e administrativas, passando ao largo das polêmicas políticas, como a votação das contas do governo pelo TCU em agosto, é uma forma de evitar atritos com os governadores de oposição, mas não contribuirá em grande coisa para o estancamento da crise.
Em política, as ações simbólicas por vezes valem mais do que os resultados. Desta forma, o simples fato de conseguir promover esta reunião com todos os chefes dos executivos estaduais, contrariando os líderes da oposição, num momento delicado do seu governo, pode servir para a presidente Dilma retomar o folego e a iniciativa da pauta política, dominada no primeiro semestre pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
Afinal, agosto vem aí, e é preciso reforçar a defesa para enfrentar os obuses colocados no horizonte. Todo cuidado é pouco nesta hora.
A grana acabou e a arrecadação de todos está caindo. Em resumo, este é o ponto em comum entre o governo federal e os estaduais neste momento.
O que podemos esperar deste encontro, além da foto oficial com todos juntos e sorridentes, que certamente tem um peso político próprio?
Os governadores vão pedir mais recursos a Dilma, o que a presidente não tem como atender, por conta do ajuste fiscal. Dilma vai pedir apoio político a eles para barrar as "pautas bomba" na Câmara prometidas por Eduardo Cunha, como o aumento de 70% para os servidores do Judiciário, parcelado nos próximos quatro anos, que custaria R$ 25 bilhões aos já combalidos cofres federais.
Fala-se em "pacto federativo" e "agenda positiva", mas é difícil descobrir como isso será possível, já que os governadores não têm controle sobre suas bancadas para impedir a aprovação de projetos que aumentem os gastos públicos, com impacto também nos Estados, muito menos a instalação de novas CPIs.
Entre os acordos possíveis, está a criação de fundos de compensação para a reforma do ICMS, que prevê a unificação das alíquotas em 4%, para evitar a guerra fiscal. Outra demanda dos governadores é a sanção do projeto de lei que permite a Estados e municípios o uso como receita de parcela dos depósitos judiciais.
Limitar as discussões a questões financeiras, fiscais e administrativas, passando ao largo das polêmicas políticas, como a votação das contas do governo pelo TCU em agosto, é uma forma de evitar atritos com os governadores de oposição, mas não contribuirá em grande coisa para o estancamento da crise.
Em política, as ações simbólicas por vezes valem mais do que os resultados. Desta forma, o simples fato de conseguir promover esta reunião com todos os chefes dos executivos estaduais, contrariando os líderes da oposição, num momento delicado do seu governo, pode servir para a presidente Dilma retomar o folego e a iniciativa da pauta política, dominada no primeiro semestre pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
Afinal, agosto vem aí, e é preciso reforçar a defesa para enfrentar os obuses colocados no horizonte. Todo cuidado é pouco nesta hora.
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