Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
A capa da Veja assume – não se pode deixar de reconhecer, com certa ironia – o sensacionalismo da revista, agora a serviço da desesperada defesa de Eduardo Cunha, que consiste, claro, em espalhar lama a granel, para que sua própria imundície desapareça.
É essa a saída possível de Cunha: criar um clima assemelhado ao bordão do antigo personagem de Chico Anysio, “sou, mas quem não é?”.
O problema é que não somos, embora haja – e por todos os lados – muitas falcatruas.
Excessos e desbordamentos, dos quais a mídia se comprazia, de repente começam a ser criticados porque as medidas se voltam contra seus podres e pobres cúmplices, como Eduardo Cunha, que anuncia suas reações desesperada ao que já claramente se aproxima: seu afastamento da presidência da Câmara, como especula hoje a Folha.
Afinal, durante meses a fio, a Veja fez a apologia do “cadeia para todos”, da prisão sem provas cabais, das detenções continuadas, sem prazo ou formalidade…
Tanto quanto a Época, sua irmã “dimenor”, claro, aproveita para isso o inepto e anômalo inquérito aberto contra Lula por um procurador da República que viu na notoriedade a maneira esperta de escapar de punições por anos de negligência funcional, pelo qual passara a responder em processo administrativo, poucos dias antes.
Truquezinho rastaquera, ficou evidente, apenas para fazer o MP se constranger em anular o procedimento e passar por “lulista”.
Mas, como admite a revista em seu editorial, “sensacionalistas são os fatos”.
E as acusações a Eduardo Cunha e suas ações, como no caso da autoria real dos requerimentos destinados a achacar um lobista e as movimentações de dinheiro vivo – até seus jantares paga “em espécie” – ou as pressões que faz sobre seus cúmplices são fatos.
Por mais que se proclame ungido, já está a se ver, Cunha não há de ter descoberto o “crime perfeito”, até porque sua modalidade de poder, tal como as dos “gângsters” funciona à base da intimidação.
Portanto, abalado seu poder, enche-se de rachaduras a blindagem do medo com que se reveste.
Os políticos começam a fugir dele à medida em que a crise o atinge em cheio e não será diferente do que fará a mídia com sua “madrinha” semanal, se estar seguir no “cunhismo”.
Sensacionalismos se esvaem, como aquilo que são: palavras. Mas os fatos, estes ficam e acabam por imperar.
A capa da Veja assume – não se pode deixar de reconhecer, com certa ironia – o sensacionalismo da revista, agora a serviço da desesperada defesa de Eduardo Cunha, que consiste, claro, em espalhar lama a granel, para que sua própria imundície desapareça.
É essa a saída possível de Cunha: criar um clima assemelhado ao bordão do antigo personagem de Chico Anysio, “sou, mas quem não é?”.
O problema é que não somos, embora haja – e por todos os lados – muitas falcatruas.
Excessos e desbordamentos, dos quais a mídia se comprazia, de repente começam a ser criticados porque as medidas se voltam contra seus podres e pobres cúmplices, como Eduardo Cunha, que anuncia suas reações desesperada ao que já claramente se aproxima: seu afastamento da presidência da Câmara, como especula hoje a Folha.
Afinal, durante meses a fio, a Veja fez a apologia do “cadeia para todos”, da prisão sem provas cabais, das detenções continuadas, sem prazo ou formalidade…
Tanto quanto a Época, sua irmã “dimenor”, claro, aproveita para isso o inepto e anômalo inquérito aberto contra Lula por um procurador da República que viu na notoriedade a maneira esperta de escapar de punições por anos de negligência funcional, pelo qual passara a responder em processo administrativo, poucos dias antes.
Truquezinho rastaquera, ficou evidente, apenas para fazer o MP se constranger em anular o procedimento e passar por “lulista”.
Mas, como admite a revista em seu editorial, “sensacionalistas são os fatos”.
E as acusações a Eduardo Cunha e suas ações, como no caso da autoria real dos requerimentos destinados a achacar um lobista e as movimentações de dinheiro vivo – até seus jantares paga “em espécie” – ou as pressões que faz sobre seus cúmplices são fatos.
Por mais que se proclame ungido, já está a se ver, Cunha não há de ter descoberto o “crime perfeito”, até porque sua modalidade de poder, tal como as dos “gângsters” funciona à base da intimidação.
Portanto, abalado seu poder, enche-se de rachaduras a blindagem do medo com que se reveste.
Os políticos começam a fugir dele à medida em que a crise o atinge em cheio e não será diferente do que fará a mídia com sua “madrinha” semanal, se estar seguir no “cunhismo”.
Sensacionalismos se esvaem, como aquilo que são: palavras. Mas os fatos, estes ficam e acabam por imperar.
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