Por Renato Rovai, em seu blog:
Amanheci triste. Pelo perfil da Luisa Santiago, a filha querida de Vito Giannotti, descubro que o amigo se foi.
Puta sacanagem, Vito. Você poderia ter nos dado tempo de te dar uns abraços, de ouvir um pouco mais das tuas histórias e de te fazer umas homenagens. Mas que nada. Como um bom carcamano, foi sem pedir licença. Sem frescuras. Sem querer saber das nossas pequenices.
Vito, eu sei que você acharia brega, mas preciso te dizer que você foi um puta cara. E que eu gostaria muito de ter me permitido ter mais tempo pra papear contigo e ouvir histórias de alguém que viveu intensamente a redemocratização do Brasil e que sempre soube que a disputa na área de comunicação é central para a gente conseguir avançar em outras áreas.
O fato é que hoje, muitos dos que estão na luta buscando democratizá-la, beberam da água que você tratou. Ou porque passaram pelos encontros do Núcleo Piratininga de Comunicação ou porque passaram a pensar diferente ao te ouvirem em uma das milhares de palestras e cursos que você deu por esse país afora.
Talvez, Vito, você tenha sido o cara que mais falou de comunicação e que mais tentou ensinar comunicação para militantes e profissionais de movimentos populares no Brasil. Alguém ainda vai ter de contar essa sua história de obstinação. Porque poucos dedicaram tanto da vida a um ideal, a uma luta. E principalmente a essa, que além de dura sempre foi tão mal tratada pela esquerda brasileira.
Vito, meu amigo, eu amanheci triste. Mas ao mesmo tempo não posso me permitir continuar assim. Porque isso não combinaria com a sua alegria.
E por isso registro aqui que vamos continuar na estrada, buscando construir os sonhos que sonhamos juntos. Sabendo que eles não se realizarão nem por dádiva e nem por acaso, mas só com muita luta e insistência. Só se realizarão se formos muitos Vitos. Valeu, meu amigo.
Puta sacanagem, Vito. Você poderia ter nos dado tempo de te dar uns abraços, de ouvir um pouco mais das tuas histórias e de te fazer umas homenagens. Mas que nada. Como um bom carcamano, foi sem pedir licença. Sem frescuras. Sem querer saber das nossas pequenices.
Vito, eu sei que você acharia brega, mas preciso te dizer que você foi um puta cara. E que eu gostaria muito de ter me permitido ter mais tempo pra papear contigo e ouvir histórias de alguém que viveu intensamente a redemocratização do Brasil e que sempre soube que a disputa na área de comunicação é central para a gente conseguir avançar em outras áreas.
O fato é que hoje, muitos dos que estão na luta buscando democratizá-la, beberam da água que você tratou. Ou porque passaram pelos encontros do Núcleo Piratininga de Comunicação ou porque passaram a pensar diferente ao te ouvirem em uma das milhares de palestras e cursos que você deu por esse país afora.
Talvez, Vito, você tenha sido o cara que mais falou de comunicação e que mais tentou ensinar comunicação para militantes e profissionais de movimentos populares no Brasil. Alguém ainda vai ter de contar essa sua história de obstinação. Porque poucos dedicaram tanto da vida a um ideal, a uma luta. E principalmente a essa, que além de dura sempre foi tão mal tratada pela esquerda brasileira.
Vito, meu amigo, eu amanheci triste. Mas ao mesmo tempo não posso me permitir continuar assim. Porque isso não combinaria com a sua alegria.
E por isso registro aqui que vamos continuar na estrada, buscando construir os sonhos que sonhamos juntos. Sabendo que eles não se realizarão nem por dádiva e nem por acaso, mas só com muita luta e insistência. Só se realizarão se formos muitos Vitos. Valeu, meu amigo.
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