quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Cunha: se não o enfrentam, ele devora

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Depois da polêmica CPI da Petrobras, palco particular da exibição de sua alegada inocência nos episódios de propina que o envolvem na Lava Jato, Eduardo Cunha mostra que não é um cadáver insepulto e volta a atacar com uma impensável exclusão do PT, partido com maior representação eleita para a Câmara ( 69 deputados), do comando das CPIs que abre com o indisfarçado objetivo de faze-las instrumentos de autodefesa, atacando o governo.

(Disse que a bancada do PT é a maior, claro, apenas em número, porque em matéria de ação no plenário parece hoje um partido pequeno, sem capacidade de ação ou reação no plenário e nas Comissões da casa)

Como se vê, de nada adianta o Governo jurar que não pensa – e muito menos age, mantendo seus indicados nos cargos – em atacar a política de terra arrasada de Eduardo Cunha.

Porque Cunha, ao contrário do Governo, sabe que sua posição está ameaçada e ataca, enquanto o Governo sequer se defende.

E, se o Governo não se defende, porque sua bancada iria defendê-lo?

Eduardo Cunha, com seu caminhão de pecados, está dando uma lição de ousadia política daquelas que, faz tempo, os petistas desaprenderam.

Talvez não seja o bastante para que ele possa sobreviver às denúncias.

Mas, certamente, não morrerá em silêncio.

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