Por Renato Rovai, em seu blog:
Os protestos de hoje foram menores do que os de 15 de março e os 12 de abril. Isso já era esperado por conta das movimentações nas redes sociais terem sido menos intensas do que das outras vezes. Ao mesmo tempo eles não foram insignificantes e mostraram que, com algum fato novo ou com a piora do cenário econômico, podem ressurgir mais fortes. Ou podem ficar maiores se a Globo decidir entrar em campo com tudo de novo para cobrar alguma fatura. Hoje, a postura da TV dos Marinhos foi mais discreta do que das vezes anteriores, mas na GloboNews o samba do impeachment doido se manteve. Deixando claro que para o governo que eles até desencostaram a faca do pescoço, mas que ela continua ali.
De qualquer forma, o fato concreto é que passou o tão temido dia 16 de agosto sem grandes sustos para Dilma. E como desde a semana passada o governo parece estar tentando de forma concreta se reorganizar politicamente, há uma chance real de se avançar numa melhor direção.
O momento de fazer a mudança de rota é agora. Dilma tem que aproveitar essa chance para fazer uma reforma ministerial que melhore sua relação com o Congresso e também com os setores sociais que a elegeram. Se fizer isso de forma eficiente sairá das cordas e pode recuperar também uma parte de sua popularidade.
A reforma ministerial de Dilma deveria abrir espaço para personalidades mais tarimbadas para enfrentar a crise e com mais base política. Se o governo estima que sua base atual é de pouco mais de 100 parlamentares sendo que tem 38 ministros, uma conta de dividir rápida mostra que na média de cada ministro não chega nem a 3 votos no Congresso. Ou seja, um ridículo total.
Tá mais do que na hora de Jacques Wagner assumir a Casa Civil, já que Lula não topa ir para o governo. Michel Temer poderia ir para o ministério da Justiça com a missão de botar ordem na casa da PF, que virou um aparelho de investigação e vazamentos seletivos. Ao mesmo tempo a presidenta precisa chamar um nome de peso para o Esporte. Parece um ministério desprezível, mas na Olimpíada do ano que vem essa pessoa poderia usar os holofotes do mundo a favor da imagem do país e também do seu governo. Um ex-esportista como Rai, por exemplo, seria um golaço. Até porque ele é alguém com uma imagem forte e de credibilidade.
Pela direita, Dilma teria que convencer uns dois grandes empresários a caminhar com ela. Entregando ministérios de peso para tocarem. Já se falou um tempo atrás da Luíza, do Magazine. Pode ser uma boa trazer alguém com a pegada dessa mulher. Nos momentos em que falou de política ela pareceu ser bem mais consistente do que a média dos seus pares. E foi a protagonista de um chacoalho memorável em Diogo Mainardi, no Manhattan Conection.
Pessoas como Roberto Requião, Ciro Gomes, Erundina e mesmo Jean Willys deveriam ser consideradas. Eles tem personalidade e temperamento fortes, mas isso também é necessário num momento desses. O governo está precisando de gente que tenha mais imaginação e vontade de ação. E que pense mais no coletivo, porque boa parte dos ministros atuais só focam nas questões de seus interesses. E pra piorar, em conversas privadas só sabem falar mal de Dilma. Ou seja, esse ministério já era.
E nesta reforma ministerial a presidenta tem mesmo que dar uma diminuída no número de pastas. Das atuais 38 poderia chegar numas 33 ou 34. isso seria uma resposta para o que parte das ruam pedem. A maioria da população foi convencida que o número de ministérios atual é excessivo.
Dilma ganhou um pouco de fôlego com a diminuição dos protestos de hoje, mas tem de aproveitá-lo rapidamente. Não pode achar que o que aconteceu hoje é um refluxo sem volta deste movimento. Não é. E se ela não agir rápido a onda pode voltar maior.
De qualquer forma, o fato concreto é que passou o tão temido dia 16 de agosto sem grandes sustos para Dilma. E como desde a semana passada o governo parece estar tentando de forma concreta se reorganizar politicamente, há uma chance real de se avançar numa melhor direção.
O momento de fazer a mudança de rota é agora. Dilma tem que aproveitar essa chance para fazer uma reforma ministerial que melhore sua relação com o Congresso e também com os setores sociais que a elegeram. Se fizer isso de forma eficiente sairá das cordas e pode recuperar também uma parte de sua popularidade.
A reforma ministerial de Dilma deveria abrir espaço para personalidades mais tarimbadas para enfrentar a crise e com mais base política. Se o governo estima que sua base atual é de pouco mais de 100 parlamentares sendo que tem 38 ministros, uma conta de dividir rápida mostra que na média de cada ministro não chega nem a 3 votos no Congresso. Ou seja, um ridículo total.
Tá mais do que na hora de Jacques Wagner assumir a Casa Civil, já que Lula não topa ir para o governo. Michel Temer poderia ir para o ministério da Justiça com a missão de botar ordem na casa da PF, que virou um aparelho de investigação e vazamentos seletivos. Ao mesmo tempo a presidenta precisa chamar um nome de peso para o Esporte. Parece um ministério desprezível, mas na Olimpíada do ano que vem essa pessoa poderia usar os holofotes do mundo a favor da imagem do país e também do seu governo. Um ex-esportista como Rai, por exemplo, seria um golaço. Até porque ele é alguém com uma imagem forte e de credibilidade.
Pela direita, Dilma teria que convencer uns dois grandes empresários a caminhar com ela. Entregando ministérios de peso para tocarem. Já se falou um tempo atrás da Luíza, do Magazine. Pode ser uma boa trazer alguém com a pegada dessa mulher. Nos momentos em que falou de política ela pareceu ser bem mais consistente do que a média dos seus pares. E foi a protagonista de um chacoalho memorável em Diogo Mainardi, no Manhattan Conection.
Pessoas como Roberto Requião, Ciro Gomes, Erundina e mesmo Jean Willys deveriam ser consideradas. Eles tem personalidade e temperamento fortes, mas isso também é necessário num momento desses. O governo está precisando de gente que tenha mais imaginação e vontade de ação. E que pense mais no coletivo, porque boa parte dos ministros atuais só focam nas questões de seus interesses. E pra piorar, em conversas privadas só sabem falar mal de Dilma. Ou seja, esse ministério já era.
E nesta reforma ministerial a presidenta tem mesmo que dar uma diminuída no número de pastas. Das atuais 38 poderia chegar numas 33 ou 34. isso seria uma resposta para o que parte das ruam pedem. A maioria da população foi convencida que o número de ministérios atual é excessivo.
Dilma ganhou um pouco de fôlego com a diminuição dos protestos de hoje, mas tem de aproveitá-lo rapidamente. Não pode achar que o que aconteceu hoje é um refluxo sem volta deste movimento. Não é. E se ela não agir rápido a onda pode voltar maior.
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