Com o mesmo ar prepotente e desafiador dos seus tempos de todo-poderoso, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, reagiu de forma irada à denúncia de corrupção contra ele protocolada no Supremo Tribunal Federal, no começo da tarde desta quinta-feira, pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot: em vez de se defender, só pensa em se vingar.
Desde que seu nome apareceu nas investigações da Operação Lava Jato, em julho, acusado de receber uma propina de U$ 5 milhões para facilitar negócios na Petrobras para a empresa Samsung Heavy Industries, fabricante de navios. Cunha simplesmente negou tudo e ameaçou botar fogo no País, acenando com a abertura de um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Em reunião com sua tropa de choque na noite de quarta-feira, quando já era dada como certa a denúncia contra ele, o presidente da Câmara levantou a suspeita de um "acordão", envolvendo Dilma, Janot e o presidente do Senado, Renan Calheiros, também investigado pela Lava Jato.
"Se os petistas e Renan não entrarem nas denúncias, vai ficar muito claro que houve um acordão para me enfraquecer. É muito estranho este direcionamento pra mim, nessa primeira leva de denúncias. E Janot vai começar a ser questionado, porque depende do Senado e do governo para ter sua recondução aprovada no Senado", segundo relatos dos presentes à reunião ouvidos pelas repórteres Maria Lima e Isabel Braga, de O Globo.
Renan Calheiros já marcou a sabatina de Rodrigo Janot para o próximo dia 26. Até lá, Cunha e o ex-presidente Fernando Collor, também denunciado, dirigirão suas baterias ao procurador-geral na tentativa de impedir sua recondução ao cargo, para o qual já foi indicado pela presidente Dilma. Deputado federal eleito pelo PMDB-RJ, Cunha entrou na vida pública nos anos 90 levado pelas mãos de Paulo César Farias, ex-tesoureiro de Collor, já falecido.
O clima político em Brasília, que já estava muito pesado, sempre pode piorar.
Desde que seu nome apareceu nas investigações da Operação Lava Jato, em julho, acusado de receber uma propina de U$ 5 milhões para facilitar negócios na Petrobras para a empresa Samsung Heavy Industries, fabricante de navios. Cunha simplesmente negou tudo e ameaçou botar fogo no País, acenando com a abertura de um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Em reunião com sua tropa de choque na noite de quarta-feira, quando já era dada como certa a denúncia contra ele, o presidente da Câmara levantou a suspeita de um "acordão", envolvendo Dilma, Janot e o presidente do Senado, Renan Calheiros, também investigado pela Lava Jato.
"Se os petistas e Renan não entrarem nas denúncias, vai ficar muito claro que houve um acordão para me enfraquecer. É muito estranho este direcionamento pra mim, nessa primeira leva de denúncias. E Janot vai começar a ser questionado, porque depende do Senado e do governo para ter sua recondução aprovada no Senado", segundo relatos dos presentes à reunião ouvidos pelas repórteres Maria Lima e Isabel Braga, de O Globo.
Renan Calheiros já marcou a sabatina de Rodrigo Janot para o próximo dia 26. Até lá, Cunha e o ex-presidente Fernando Collor, também denunciado, dirigirão suas baterias ao procurador-geral na tentativa de impedir sua recondução ao cargo, para o qual já foi indicado pela presidente Dilma. Deputado federal eleito pelo PMDB-RJ, Cunha entrou na vida pública nos anos 90 levado pelas mãos de Paulo César Farias, ex-tesoureiro de Collor, já falecido.
O clima político em Brasília, que já estava muito pesado, sempre pode piorar.
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