Do blog Viomundo:
Em seu depoimento à CPI da Petrobras, hoje [25], o doleiro Alberto Youssef confirmou acusação que havia feito anteriormente segundo a qual o hoje senador Aécio Neves recebeu dinheiro de propina no esquema de Furnas.
Também foi repetida a denúncia de que o ex-presidente do PSDB, Sergio Guerra, já falecido, recebeu R$ 10 milhões para trabalhar contra a criação de uma CPI da Petrobras.
O Jornal Nacional não incluiu as falas sobre Aécio e Guerra em sua reportagem. Preferiu focar em Antonio Palocci e Dilma Rousseff, ambos petistas.
Deu uma nota sobre o assunto, sem imagens, depois da reportagem - enfatizando a defesa do senador tucano.
O UOL colocou os nomes de Aécio e Guerra no título ao chamar o assunto no twitter, mas no site logo mudou a manchete: Delatores Youssef e Costa mencionam repasse de propina a tucanos (veja a denúncia do Esforçado no twitter).
Ou seja, o presidente do PSDB se tornou apenas mais um “tucano”, logo ele que lidera a tentativa de aprovar o impeachment de Dilma Roussef.
A reportagem do portal da Folha blinda o PSDB. Termina com uma nota oficial que sugere que um deputado petista forçou Youssef a repetir a acusação:
“Como já foi afirmado pelo advogado de Alberto Youssef e, conforme concluiu a Procuradoria Geral da República (PGR) e o Supremo Tribunal Federal (STF), as referências feitas ao senador Aécio Neves são improcedentes e carecem de quaisquer elementos que possam minimamente confirmá-las.
Não se tratam de informações prestadas, mas sim de ilações inverídicas feitas por terceiros já falecidos, a respeito do então líder do PSDB na Câmara dos Deputados, podendo, inclusive, estar atendendo a algum tipo de interesse político de quem o fez à época. Em seu depoimento à Polícia Federal, conforme a petição da PGR, Youssef afirma que: “Nunca teve contato com Aécio Neves” (página 18) e que “questionado se fez alguma operação para o PSDB, o declarante disse que não” (página 20).
Na declaração feita hoje, diante da pressão de deputados do PT, Yousseff repetiu a afirmativa feita meses atrás: de que nunca teve qualquer contato com o senador Aécio Neves e de que não teve conhecimento pessoal de qualquer ato, tendo apenas ouvido dizer um comentário feito por um terceiro já falecido.
Dessa forma, a tentativa feita pelo deputado do PT Jorge Solla, durante audiência da CPI que investiga desvios na Petrobras, buscou apenas criar um factoide para desviar a atenção de fatos investigados pela Polícia Federal e pela Justiça e que atingem cada vez mais o governo e o PT.”
Antes de reproduzir a nota do PSDB, o texto do UOL incluiu o seguinte parágrafo:
Em março deste ano, Aécio negou participação no esquema de Furnas. “A chamada lista de Furnas - relação que contém nomes de mais de 150 políticos brasileiros de diferentes partidos - é uma das mais conhecidas fraudes políticas do País e já foi reconhecida como falsa em 2006 pela CPMI dos Correios”, disse o tucano em nota. Segundo a nota, a “lista de Furnas” surgiu em 2005 como “tentativa de dividir atenção da opinião pública” em meio à revelação do mensalão.
O que faltou dizer é que a Lista de Furnas passou por uma perícia da Polícia Federal, que confirmou que ela não foi forjada - o que em si não atesta a veracidade do conteúdo.
Porém, dados contidos na Lista foram confirmados por investigação da promotora Andréa Bayão Pereira.
Quando o procurador-geral da República Rodrigo Janot descartou investigar o ex-candidato do PSDB ao Planalto na Operação Lava Jato, este site publicou: Ao livrar Aécio de inquérito, Janot desconheceu denúncia de promotora sobre caixa 2 em Furnas.
Parte do depoimento original de Youssef sobre Aécio é confirmada pelo conteúdo do inquérito. Segundo Youssef, a propina era paga pelo empresário Airton Daré, dono da empresa Bauruense, fornecedora de Furnas. O doleiro ouviu de Daré e do ex-deputado José Janene, do PP, que o destinatário do dinheiro era o então deputado federal Aécio Neves. PP e PSDB “compartilhavam” uma diretoria de Furnas, segundo Youssef.
Se a mídia brasileira não destacou o depoimento de Youssef hoje, como denunciaram internautas, o mesmo não fez a Agência Reuters:
Veja aqui a denúncia original de Youssef.
Leia aqui a denúncia da promotora sobre o caso de Furnas.
Em seu depoimento à CPI da Petrobras, hoje [25], o doleiro Alberto Youssef confirmou acusação que havia feito anteriormente segundo a qual o hoje senador Aécio Neves recebeu dinheiro de propina no esquema de Furnas.
Também foi repetida a denúncia de que o ex-presidente do PSDB, Sergio Guerra, já falecido, recebeu R$ 10 milhões para trabalhar contra a criação de uma CPI da Petrobras.
O Jornal Nacional não incluiu as falas sobre Aécio e Guerra em sua reportagem. Preferiu focar em Antonio Palocci e Dilma Rousseff, ambos petistas.
Deu uma nota sobre o assunto, sem imagens, depois da reportagem - enfatizando a defesa do senador tucano.
O UOL colocou os nomes de Aécio e Guerra no título ao chamar o assunto no twitter, mas no site logo mudou a manchete: Delatores Youssef e Costa mencionam repasse de propina a tucanos (veja a denúncia do Esforçado no twitter).
Ou seja, o presidente do PSDB se tornou apenas mais um “tucano”, logo ele que lidera a tentativa de aprovar o impeachment de Dilma Roussef.
A reportagem do portal da Folha blinda o PSDB. Termina com uma nota oficial que sugere que um deputado petista forçou Youssef a repetir a acusação:
“Como já foi afirmado pelo advogado de Alberto Youssef e, conforme concluiu a Procuradoria Geral da República (PGR) e o Supremo Tribunal Federal (STF), as referências feitas ao senador Aécio Neves são improcedentes e carecem de quaisquer elementos que possam minimamente confirmá-las.
Não se tratam de informações prestadas, mas sim de ilações inverídicas feitas por terceiros já falecidos, a respeito do então líder do PSDB na Câmara dos Deputados, podendo, inclusive, estar atendendo a algum tipo de interesse político de quem o fez à época. Em seu depoimento à Polícia Federal, conforme a petição da PGR, Youssef afirma que: “Nunca teve contato com Aécio Neves” (página 18) e que “questionado se fez alguma operação para o PSDB, o declarante disse que não” (página 20).
Na declaração feita hoje, diante da pressão de deputados do PT, Yousseff repetiu a afirmativa feita meses atrás: de que nunca teve qualquer contato com o senador Aécio Neves e de que não teve conhecimento pessoal de qualquer ato, tendo apenas ouvido dizer um comentário feito por um terceiro já falecido.
Dessa forma, a tentativa feita pelo deputado do PT Jorge Solla, durante audiência da CPI que investiga desvios na Petrobras, buscou apenas criar um factoide para desviar a atenção de fatos investigados pela Polícia Federal e pela Justiça e que atingem cada vez mais o governo e o PT.”
Antes de reproduzir a nota do PSDB, o texto do UOL incluiu o seguinte parágrafo:
Em março deste ano, Aécio negou participação no esquema de Furnas. “A chamada lista de Furnas - relação que contém nomes de mais de 150 políticos brasileiros de diferentes partidos - é uma das mais conhecidas fraudes políticas do País e já foi reconhecida como falsa em 2006 pela CPMI dos Correios”, disse o tucano em nota. Segundo a nota, a “lista de Furnas” surgiu em 2005 como “tentativa de dividir atenção da opinião pública” em meio à revelação do mensalão.
O que faltou dizer é que a Lista de Furnas passou por uma perícia da Polícia Federal, que confirmou que ela não foi forjada - o que em si não atesta a veracidade do conteúdo.
Porém, dados contidos na Lista foram confirmados por investigação da promotora Andréa Bayão Pereira.
Quando o procurador-geral da República Rodrigo Janot descartou investigar o ex-candidato do PSDB ao Planalto na Operação Lava Jato, este site publicou: Ao livrar Aécio de inquérito, Janot desconheceu denúncia de promotora sobre caixa 2 em Furnas.
Parte do depoimento original de Youssef sobre Aécio é confirmada pelo conteúdo do inquérito. Segundo Youssef, a propina era paga pelo empresário Airton Daré, dono da empresa Bauruense, fornecedora de Furnas. O doleiro ouviu de Daré e do ex-deputado José Janene, do PP, que o destinatário do dinheiro era o então deputado federal Aécio Neves. PP e PSDB “compartilhavam” uma diretoria de Furnas, segundo Youssef.
Se a mídia brasileira não destacou o depoimento de Youssef hoje, como denunciaram internautas, o mesmo não fez a Agência Reuters:
Veja aqui a denúncia original de Youssef.
Leia aqui a denúncia da promotora sobre o caso de Furnas.
Hoje temos democracia mas ainda há muitos entulhos autoritários da ditadura: a falta de controle externo sobre a PF é um exemplo dessa maldita herança; PF geralmente são de direita e, como sabemos eles pintam e bordam e não há quem os puna: os corregedores são seus amigos. Aquela velha historia de que eu posso indicar meu amigo para me fiscalizar: governadores fazem isso ao indicar conselheiros ao Tribunal de Contas do Estado, seu tribunal recheado de amigos do peito...
ResponderExcluirMuita gente não sabe que quando um delegado da PF faz alguma coisa errada, nao há um controle externo que o leve a ser punido, isso pq são seus colegas que farão sindicância sobre o caso e, investigar amigo do peito sabe como é que é ne....Já tive caso concreto sobre isso: uma amiga que foi vitima de trafico de pessoas foi colocado pela traficante como ré, o delegado responsável pelo caso foi comprado etc. O caso foi levado a corregedoria da PF e a vitima ouviu do delegado corregedor o seguinte: ah Fulana, o Dr. Fulano é meu amigo, não posso fazer nada....
Pois é, simples assim...
E mais...há uns seis meses um agente, amigo meu da PF, que é meu parente, escreveu a seguinte mensagem no grupo de whatsapp da familia: a minha equipe prendeu o superintendente do (....)....um órgão do execetivo federal...prefiro não citar para evitar problemas...só quero dizer que fiquei surpreso ao constatar que um agente da PF pode constituir uma equipe de trabalho para prender quem der na telha, claro, como o agente tem aversão ao PT sabe como é que é ne....enfim: meus presos...
E não há controle externo...
Socorro!!!!
Verba dá coceira também no bicão...
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