Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
O consórcio do golpe reservou o último dia útil da semana para exercitar uma prática em alta no Brasil, o marketing golpista. A saber, trata-se de um ramo novo – mas nem tanto – e em alta da publicidade, o qual se dedica a produzir material para sustentar propostas de ruptura institucional. Ou seja: de golpe.
E, por óbvio, a mídia eternamente golpista faz parte desse esquema juntamente com setores da Polícia Federal e do Ministério público.
O “furo” de que o ex-presidente Lula está sendo investigado pela Polícia Federal foi dado pelo site da revista Época. Diz a matéria que “Agora é oficial: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é suspeito de ter se beneficiado do petrolão para obter vantagens pessoais, para o PT e para o governo (…)”.
A matéria é um primor de antijornalismo – se é que vale o adjetivo para prática tão nefasta. Lendo-a, não se tem dúvida de que a PF descobriu algum fato novo contra o ex-presidente. Para que não reste dúvida, segue, abaixo, a reprodução do material.
Em seguida, porém, sai a versão do site da Folha de São Paulo recheada de informações que a época omitiu. E que mostram que não há novidade alguma sobre Lula além de uma decisão de um delegado da PF que se baseia no mais puro subjetivismo. E que deve cair por terra em breve.
Antes de explicar por que, confira, primeiro, a versão da história segundo a Folha.
A matéria da Folha é bem diferente da da Época, certo? Através dessa segunda matéria sobre o mesmo assunto, o distinto público descobre que não há nada de novo contra Lula e que o delegado que pediu ao STF autorização para interrogá-lo só faz isso como uma espécie de “desencargo de consciência” ao dizer que “não poderia deixar” de ouvi-lo.
Mais: enquanto a matéria da época sugere que surgiu algum fato novo, a da Folha deixa claro que inexiste qualquer fato novo e que o próprio delegado reconhece que não há provas ou sequer acusação de delatores contra o ex-presidente.
O que nenhuma das duas matérias disse, porém, é que a possibilidade de o procurador-geral da República autorizar interrogatório de Lula é pequena, se analisado o histórico dele nesses casos.
Rodrigo Janot, por exemplo, não autorizou interrogatório de Aécio Neves diante das denúncias do doleiro Alberto Yousseff contra o tucano. Por que autorizaria interrogatório do ex-presidente sob “indícios” infinitamente mais fracos que aqueles que pesam contra Aécio na questão da lista de Furnas e outros bichos?
Mesmo que fosse autorizado o interrogatório, o que sairia dele? Nada, pois a PF diz não ter nada contra Lula além de um mero “ouvir dizer” igualzinho àquele que pesa contra o pupilo de Aécio Antonio Anastasia, para quem o PGR acaba de pedir liberação das acusações.
Será que a matéria tendenciosa e ilusionista de Época tem algo que ver com o fato de a revista e o jornal O Globo estarem sendo processados por Lula?
Só rindo.
Contudo, Folha e Época se unem no marketing golpista ao darem essa notícia com estardalhaço, apesar de o primeiro veículo tê-lo feito de forma mais séria – e que deixa Época mal na foto, sugerindo que “editou” seu “furo” de modo a fazer o público acreditar que havia algo mais sério contra Lula.
O consórcio do golpe reservou o último dia útil da semana para exercitar uma prática em alta no Brasil, o marketing golpista. A saber, trata-se de um ramo novo – mas nem tanto – e em alta da publicidade, o qual se dedica a produzir material para sustentar propostas de ruptura institucional. Ou seja: de golpe.
E, por óbvio, a mídia eternamente golpista faz parte desse esquema juntamente com setores da Polícia Federal e do Ministério público.
O “furo” de que o ex-presidente Lula está sendo investigado pela Polícia Federal foi dado pelo site da revista Época. Diz a matéria que “Agora é oficial: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é suspeito de ter se beneficiado do petrolão para obter vantagens pessoais, para o PT e para o governo (…)”.
A matéria é um primor de antijornalismo – se é que vale o adjetivo para prática tão nefasta. Lendo-a, não se tem dúvida de que a PF descobriu algum fato novo contra o ex-presidente. Para que não reste dúvida, segue, abaixo, a reprodução do material.
Em seguida, porém, sai a versão do site da Folha de São Paulo recheada de informações que a época omitiu. E que mostram que não há novidade alguma sobre Lula além de uma decisão de um delegado da PF que se baseia no mais puro subjetivismo. E que deve cair por terra em breve.
Antes de explicar por que, confira, primeiro, a versão da história segundo a Folha.
A matéria da Folha é bem diferente da da Época, certo? Através dessa segunda matéria sobre o mesmo assunto, o distinto público descobre que não há nada de novo contra Lula e que o delegado que pediu ao STF autorização para interrogá-lo só faz isso como uma espécie de “desencargo de consciência” ao dizer que “não poderia deixar” de ouvi-lo.
Mais: enquanto a matéria da época sugere que surgiu algum fato novo, a da Folha deixa claro que inexiste qualquer fato novo e que o próprio delegado reconhece que não há provas ou sequer acusação de delatores contra o ex-presidente.
O que nenhuma das duas matérias disse, porém, é que a possibilidade de o procurador-geral da República autorizar interrogatório de Lula é pequena, se analisado o histórico dele nesses casos.
Rodrigo Janot, por exemplo, não autorizou interrogatório de Aécio Neves diante das denúncias do doleiro Alberto Yousseff contra o tucano. Por que autorizaria interrogatório do ex-presidente sob “indícios” infinitamente mais fracos que aqueles que pesam contra Aécio na questão da lista de Furnas e outros bichos?
Mesmo que fosse autorizado o interrogatório, o que sairia dele? Nada, pois a PF diz não ter nada contra Lula além de um mero “ouvir dizer” igualzinho àquele que pesa contra o pupilo de Aécio Antonio Anastasia, para quem o PGR acaba de pedir liberação das acusações.
Será que a matéria tendenciosa e ilusionista de Época tem algo que ver com o fato de a revista e o jornal O Globo estarem sendo processados por Lula?
Só rindo.
Contudo, Folha e Época se unem no marketing golpista ao darem essa notícia com estardalhaço, apesar de o primeiro veículo tê-lo feito de forma mais séria – e que deixa Época mal na foto, sugerindo que “editou” seu “furo” de modo a fazer o público acreditar que havia algo mais sério contra Lula.
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