Do site do FNDC:
O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) é uma das entidades que assinam a convocatória da Conferência Nacional Popular, que acontecerá neste sábado (5/9), em Belo Horizonte-MG. Reunido centenas de entidades de diversos movimentos sociais progressistas, intelectuais e partidos políticos, a Conferência articulará a Frente Brasil Popular.
Orlando Guilhon, secretário de Organização do FNDC, afirma que a Conferência deverá reunir entre 1.500 e dois mil representantes de movimentos, entidades e partidos políticos. Junto com a coordenadora-geral do FNDC, Rosane Bertotti, Guilhon tem participado ativamente da articulação pela Frente Brasil Popular. "A conjuntura está nos colocando uma série de demandas e tarefas urgentes, como a luta contra a o fim da partilha do Pré-Sal, financiamento empresarial de campanha e uma pseudo reforma política sem nenhuma participação social, redução da maioridade penal, ajuste fiscal e outras. Por isso, mais do que nunca, precisamos aprofundar a transversalização das nossas lutas".
Formalizada, a frente atuará em seis eixos: direitos dos trabalhadores, direitos sociais, defesa da democracia, soberania nacional, reformas estruturais e integração latino-americana. Cada um deles com desdobramentos próprios, como a democratização da comunicação, que compõe a defesa da democracia. "Temos dois objetivos: fazer o enfrentamento imediato e construir um projeto político para o país baseado na realização de reformas populares estruturantes, ou reformas de base, como Jango falava nos anos 60. E é justamente esse caráter mais estratégico que tem unido essa diversidade de movimentos, entidades e partidos", explica Guilhon.
Uma das ações práticas que poderão resultar da formalização da Frente Brasil Popular é a realização de um dia nacional de lutas em outubro. Talvez no dia 3 de outubro, quando a Petrobras completará 62 anos, ou em data próxima. “Além disso, também podemos construir nossa Semana Nacional pela Democratização da Comunicação, que acontece todo mês de outubro, a partir da Frente. Ou seja, essa articulação é uma maneira de aprofundarmos uma união em torno de reivindicações e eixos históricos dos vários grupos sociais que a constroem, como trabalhadores, mulheres, negros, LGBT e partidos políticos, entre outros”, aposta Ghilhon.
Além da Coordenação Executiva do Fórum, os comitês regionais pela Democratização da Comunicação também têm atuado na construção da Conferência Nacional Popular e da própria Frente Brasil Popular, com o Comitê Mineiro e os do Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo.
Política de comunicação
Na véspera da Conferência, dia 4 de setembro, haverá um encontro nacional de mídias alternativas e populares para discutir uma estratégia de comunicação específica para a Frente Brasil Popular. O encontro está marcado para as 14h e será realizado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Segundo Guilhon, mais do que organizar uma cobertura colaborativa da Conferência Nacional Popular, a reunião será o primeiro passo na construção de uma política de comunicação capaz de integrar o sistema de comunicação alternativo à mídia comercial, formado pelos inúmeros portais, jornais, revistas e emissoras de rádio e TV dirigidos por sindicatos e outras organizações.
Articulação
Além do FNDC, também convocam a Conferência, entre outros, as centrais sindicais CUT e CTB, MST, Via campesina, UNE (União Nacional dos Estudantes), Levante Popular da Juventude, Consulta Popular, Marcha Mundial das Mulheres, Pastorais Sociais, igrejas, Central de Movimentos Populares-CMP; parlamentares e dirigentes de diversos partidos e correntes partidárias, entre os quais PT, PCdoB, PSB e PDT. Também participam diversos intelectuais e jornalistas que atuam em diferentes espaços da mídia popular e que compartilham desse esforço.
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