Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
Fecham-se as cortinas, acabou o espetáculo no picadeiro da CPI da Petrobras. Sai de cartaz, após 235 dias e 57 sessões, o desfile de mediocridades e histrionismo promovido pelos deputados de mais esta comissão de inquérito montada na Câmara Federal, sem apurar nada além do que já se sabia na Operação Lava Jato, e sem indiciar ninguém.
Como as torcidas do Flamengo e do Corinthians, além de todas as outras, já podiam prever, desde o início da pantomina transmitida ao vivo pela TV Câmara, foram horas e horas de noticiário e quilômetros de papel, muito tempo e dinheiro jogado fora para nada. Para distrair a distinta platéia, jogaram até ratos no plenário, mas a maioria dos 131 depoentes permaneceu em silêncio diante do "interrogatório" de suas excelências.
Muita gente já esqueceu, mas para ajudar nos trabalhos contrataram até a Kroll, uma empresa inglesa de investigações (ela própria alvo de uma investigação da Polícia Federal, em 2004), que levou R$ 1 milhão dos cofres públicos sem apresentar nenhum resultado, que se saiba.
Dos 62 deputados envolvidos na Lava Jato, só um único, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, foi ouvido pelos parlamentares na CPI, e assim mesmo porque ele pediu para depor. Foi na sessão em que negou ter contas no exterior, posteriormente reveladas pela justiça da Suíça. Ou seja, mentiu na CPI, o que pode levar à sua cassação pela Comissão de Ética por falta de decoro, entre outros motivos.
Sem contar os salários e as horas extras do batalhão de funcionários mobilizados pela comissão, foram gastos mais de R$ 373 mil em "despesas operacionais", com passagens aéreas, diárias e traduções simultâneas. Além das excursões para Curitiba, onde foram ouvir presos pela Operação Lava Jato, deputados tiveram despesas pagas para ouvir depoimentos até em Londres.
No catatau de 700 páginas que o relator Luiz Sergio, do PT, começou a ler nesta segunda-feira, está o resumo do grande acordão feito pelos partidos para salvar a cara de todo mundo. O prazo oficial para o encerramento da CPI, depois de dois adiamentos, termina na sexta-feira. Até lá, precisa ser votado o relatório final. Como de praxe, a oposição deverá apresentar um voto em separado. Tudo isso para quê? Para nada.
Fecham-se as cortinas, acabou o espetáculo no picadeiro da CPI da Petrobras. Sai de cartaz, após 235 dias e 57 sessões, o desfile de mediocridades e histrionismo promovido pelos deputados de mais esta comissão de inquérito montada na Câmara Federal, sem apurar nada além do que já se sabia na Operação Lava Jato, e sem indiciar ninguém.
Como as torcidas do Flamengo e do Corinthians, além de todas as outras, já podiam prever, desde o início da pantomina transmitida ao vivo pela TV Câmara, foram horas e horas de noticiário e quilômetros de papel, muito tempo e dinheiro jogado fora para nada. Para distrair a distinta platéia, jogaram até ratos no plenário, mas a maioria dos 131 depoentes permaneceu em silêncio diante do "interrogatório" de suas excelências.
Muita gente já esqueceu, mas para ajudar nos trabalhos contrataram até a Kroll, uma empresa inglesa de investigações (ela própria alvo de uma investigação da Polícia Federal, em 2004), que levou R$ 1 milhão dos cofres públicos sem apresentar nenhum resultado, que se saiba.
Dos 62 deputados envolvidos na Lava Jato, só um único, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, foi ouvido pelos parlamentares na CPI, e assim mesmo porque ele pediu para depor. Foi na sessão em que negou ter contas no exterior, posteriormente reveladas pela justiça da Suíça. Ou seja, mentiu na CPI, o que pode levar à sua cassação pela Comissão de Ética por falta de decoro, entre outros motivos.
Sem contar os salários e as horas extras do batalhão de funcionários mobilizados pela comissão, foram gastos mais de R$ 373 mil em "despesas operacionais", com passagens aéreas, diárias e traduções simultâneas. Além das excursões para Curitiba, onde foram ouvir presos pela Operação Lava Jato, deputados tiveram despesas pagas para ouvir depoimentos até em Londres.
No catatau de 700 páginas que o relator Luiz Sergio, do PT, começou a ler nesta segunda-feira, está o resumo do grande acordão feito pelos partidos para salvar a cara de todo mundo. O prazo oficial para o encerramento da CPI, depois de dois adiamentos, termina na sexta-feira. Até lá, precisa ser votado o relatório final. Como de praxe, a oposição deverá apresentar um voto em separado. Tudo isso para quê? Para nada.
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