Foto: Roberto Stuckert Filho/PR |
Com a reforma ministerial que anuncia hoje, o governo da presidente Dilma passa a ter 32 ministérios. Ela prometeu acabar com dez mas acabou suprimindo apenas oito pastas. As fusões resultaram em alguns ministérios grandes e pesados, num sinal de que a compactação terá efeito mais simbólico que fiscal.
A reforma deve, porém, propiciar a Dilma, pelo menos imediatamente, os resultados políticos que ela buscou com a repactuação com o PMDB e partidos da coalizão governista: a melhora nas condições de governabilidade e o restabelecimento da maioria para aprovar medidas econômicas e enfrentar a ameaça de impeachment no Congresso.
Com a conquista da sétima pasta, a de Ciência e Tecnologia, o PMDB parece estar novamente de bem com a vida e com Dilma. Ela contentou as bancadas do Senado, da Câmara e a corrente ligada ao vice-presidente Michel Temer, embora exista no partido um núcleo duro de oposição que trabalha pela ruptura da aliança e tentará aprová-la num congresso em novembro. O novo pacto com as alas dominantes, entretanto, é sinal de que as adversidades do governo estão sendo superadas. Se a tentativa de impeachment estivesse firme no horizonte, não teria havido repactuação.
A reforma marca também o retorno do ex-presidente Lula ao núcleo decisório de Dilma. Ela voltou a ouvi-lo e ele voltou a ter figura de sua confiança em postos chaves do governo.
Uma mudança de grande efeito político, pela qual Lula vem brigando desde o início da crise, foi a troca de Aloizio Mercadante por Jaques Wagner na chefia do Gabinete Civil. Pelos conflitos que acumulou com o PMDB e principalmente com Temer, a presença de Mercadante no Planalto não mais ajudava Dilma, apesar de todo o apreço que ela tem por ele, que agora volta ao MEC.
O PT perdeu pastas que foram fundidas mas continuará tendo, dentro delas, secretarias fortes que serão verdadeiros sub-ministérios. No de Cidadania, por exemplo, continuarão tendo autonomia as secretarias da Mulher, Direitos Humanos e Igualdade Racial. No ministério de Trabalho e Previdência, a ser chefiado por Miguel Rossetto, as duas secretarias também serão bem distintas e ocupadas por petistas. A primeira pelo sindicalista José Lopes Feijó, ligado a Lula, e a segunda pelo atual ministro da Previdência, Carlos Eduardo Gabas.
Confira o Ministério completo de Dilma, com os ministros agrupados pelos partidos da coalizão governista. Não estão na lista os titulares das pastas econômicas Fazenda (Joaquim Levy), Planejamento (Nelson Barbosa) e Banco Central (Alexandre Tombini), nem o Ministério das Relações Exteriores (Mauro Vieria) que não foram alvo da reforma. O mesmo vale para o titular da AGU, Luís Inácio Adams, e para o da CGU, Valdir Simão, que não compõem cotas partidárias.
Os ministérios marcados em vermelho foram os que sofreram troca de titulares ou mudança na estrutura.
PT
Ministros palacianos:
Gabinete Civil – Jaques Wagner
Secretaria-Geral +Coordenação política – Ricardo Berzoini
Comunicação Social – Edinho Silva
Ministros temáticos:
Justiça – José Eduardo Cardoso
Educação – Aloizio Mercadante
Previdência e Trabalho – Miguel Rossetto
Cidadania – Benedita da Silva
Desenvolvimento Agrário – Patrus Ananias
Desenvolvimento Social – Tereza Campelo
Meio Ambiente – Izabella Teixeira
Cultura – Juca Ferreira
PMDB
Agricultura – Katia Abreu
Ciência e Tecnologia – Celso Pansera
Minas e Energia – Eduardo Braga
Saúde – Marcelo de Castro
Turismo – Henrique Alves
Portos – Helder Barbalho
Aviação Civil – Eliseu Padilha
PDT
Comunicações – André Figueiredo
PCdoB
Defesa – Aldo Rebelo
PSD
Cidades – Gilberto Kassab
Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos
PP
Integração Nacional – Gilberto Occhi
PTB
Desenvolvimento, Indústria e Comércio – Armando Monteiro
PR
Transportes – Antonio Carlos Rodrigues
PRB
Esportes – George Hilton
A reforma marca também o retorno do ex-presidente Lula ao núcleo decisório de Dilma. Ela voltou a ouvi-lo e ele voltou a ter figura de sua confiança em postos chaves do governo.
Uma mudança de grande efeito político, pela qual Lula vem brigando desde o início da crise, foi a troca de Aloizio Mercadante por Jaques Wagner na chefia do Gabinete Civil. Pelos conflitos que acumulou com o PMDB e principalmente com Temer, a presença de Mercadante no Planalto não mais ajudava Dilma, apesar de todo o apreço que ela tem por ele, que agora volta ao MEC.
O PT perdeu pastas que foram fundidas mas continuará tendo, dentro delas, secretarias fortes que serão verdadeiros sub-ministérios. No de Cidadania, por exemplo, continuarão tendo autonomia as secretarias da Mulher, Direitos Humanos e Igualdade Racial. No ministério de Trabalho e Previdência, a ser chefiado por Miguel Rossetto, as duas secretarias também serão bem distintas e ocupadas por petistas. A primeira pelo sindicalista José Lopes Feijó, ligado a Lula, e a segunda pelo atual ministro da Previdência, Carlos Eduardo Gabas.
Confira o Ministério completo de Dilma, com os ministros agrupados pelos partidos da coalizão governista. Não estão na lista os titulares das pastas econômicas Fazenda (Joaquim Levy), Planejamento (Nelson Barbosa) e Banco Central (Alexandre Tombini), nem o Ministério das Relações Exteriores (Mauro Vieria) que não foram alvo da reforma. O mesmo vale para o titular da AGU, Luís Inácio Adams, e para o da CGU, Valdir Simão, que não compõem cotas partidárias.
Os ministérios marcados em vermelho foram os que sofreram troca de titulares ou mudança na estrutura.
PT
Ministros palacianos:
Gabinete Civil – Jaques Wagner
Secretaria-Geral +Coordenação política – Ricardo Berzoini
Comunicação Social – Edinho Silva
Ministros temáticos:
Justiça – José Eduardo Cardoso
Educação – Aloizio Mercadante
Previdência e Trabalho – Miguel Rossetto
Cidadania – Benedita da Silva
Desenvolvimento Agrário – Patrus Ananias
Desenvolvimento Social – Tereza Campelo
Meio Ambiente – Izabella Teixeira
Cultura – Juca Ferreira
PMDB
Agricultura – Katia Abreu
Ciência e Tecnologia – Celso Pansera
Minas e Energia – Eduardo Braga
Saúde – Marcelo de Castro
Turismo – Henrique Alves
Portos – Helder Barbalho
Aviação Civil – Eliseu Padilha
PDT
Comunicações – André Figueiredo
PCdoB
Defesa – Aldo Rebelo
PSD
Cidades – Gilberto Kassab
Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos
PP
Integração Nacional – Gilberto Occhi
PTB
Desenvolvimento, Indústria e Comércio – Armando Monteiro
PR
Transportes – Antonio Carlos Rodrigues
PRB
Esportes – George Hilton
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