Por Renato Rovai, em seu blog:
Negro, nordestino, vagabundo, volta pra sua terra, vai pra Cuba. Claro que você já leu e ouviu isso.
Há uma massa não insignificante de comentadores de Facebook que vociferam isso o tempo todo. Há outros tantos que recebem bons salários para estimular esse ódio em rádios, revistas, jornais e TVs. São os neocons. Os comentaristas que xingam e arrebentam com os direitos humanos e toda à população vulnerável.
No sábado, eles venceram de novo. Conseguiram fazer com que uma horda de adolescentes catarinenses atacasse até a morte um “invasor” haitiano.
Ontem, eles venceram de novo. Conseguiram que, com apenas 20 salários e provavelmente muita argumentação, um delegado liberasse uma certa Juliana, branca e paulistana, que bêbada atropelou e matou dois migrantes do Piauí que pintavam uma ciclovia. Afinal, o que faziam aqueles dois que nem de São Paulo eram e ali estavam trabalhando na madrugada para mudar as ruas da cidade dos carros que trafegam bêbados por aí?
Haiti e Piauí não são aqui. O Brasil sul-sudestino dos cidadãos de bem que pagam imposto, se deleitam ao ler a Veja e seus abutres e adoram as rádios que xingam os que são vítimas de preconceito e não o preconceito, os quer longe daqui.
Mas eles não estão sós. Há mais gente para disputar essa história. E por isso eles nos odeiam tanto.
Mas não há ódio que resista à luta. Por isso, essa mortes não podem apenas se tornar mais um número no registro de crimes que nos atropelam e nos massacram. Elas têm de virar símbolos de luta por respeito, justiça e direitos.
Negro, nordestino, vagabundo, volta pra sua terra, vai pra Cuba. Claro que você já leu e ouviu isso.
Há uma massa não insignificante de comentadores de Facebook que vociferam isso o tempo todo. Há outros tantos que recebem bons salários para estimular esse ódio em rádios, revistas, jornais e TVs. São os neocons. Os comentaristas que xingam e arrebentam com os direitos humanos e toda à população vulnerável.
No sábado, eles venceram de novo. Conseguiram fazer com que uma horda de adolescentes catarinenses atacasse até a morte um “invasor” haitiano.
Ontem, eles venceram de novo. Conseguiram que, com apenas 20 salários e provavelmente muita argumentação, um delegado liberasse uma certa Juliana, branca e paulistana, que bêbada atropelou e matou dois migrantes do Piauí que pintavam uma ciclovia. Afinal, o que faziam aqueles dois que nem de São Paulo eram e ali estavam trabalhando na madrugada para mudar as ruas da cidade dos carros que trafegam bêbados por aí?
Haiti e Piauí não são aqui. O Brasil sul-sudestino dos cidadãos de bem que pagam imposto, se deleitam ao ler a Veja e seus abutres e adoram as rádios que xingam os que são vítimas de preconceito e não o preconceito, os quer longe daqui.
Mas eles não estão sós. Há mais gente para disputar essa história. E por isso eles nos odeiam tanto.
Mas não há ódio que resista à luta. Por isso, essa mortes não podem apenas se tornar mais um número no registro de crimes que nos atropelam e nos massacram. Elas têm de virar símbolos de luta por respeito, justiça e direitos.
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