Por Pedro Zambarda de Araujo, no blog Diário do Centro do Mundo:
Jornalistas da Folha de S.Paulo e do Estado de S. Paulo falaram com o DCM na condição de anonimato sobre uma visita de Geraldo Alckmin às empresas onde trabalham.
O governador esteve no Estadão na segunda-feira, 30 de novembro, para uma reunião de mais de duas horas. No dia seguinte foi almoçar na Folha, informação confirmada pela própria coluna Painel do jornal.
O assunto principal das reuniões foi o mesmo: as manifestações de estudantes que ocuparam mais de 200 escolas em São Paulo. A conversa do Estadão teve a presença do diretor de conteúdo do grupo, Ricardo Gandour, e da equipe do caderno Metrópole.
A cobertura jornalística do Estadão manteve as notícias factuais sobre as ocupações e deu capa para a pancadaria da PM na Avenida Nova de Julho contra estudantes. No entanto, o jornal estampou em manchetes o termo “invasão” no lugar de “ocupação”. A palavra “invasores”, no entanto, não estava nos textos - o editor mexeu apenas nos títulos.
Outra decisão interna chamou atenção depois da reunião com Alckmin. Por causa do vazamento do áudio em que o chefe de gabinete da Secretaria Estadual de Educação, Fernando Padula, declara “guerra” aos opositores da “reorganização”, a chefia do jornal determinou que os repórteres passassem a falar com Dom Odilo Scherer para dar “o outro lado” (Odilo foi citado por Padula na gravação capturada por Laura Capriglione, do Jornalistas Livres).
Já a Folha havia publicado, na tarde do dia 1º, um vídeo na TV Folha que mostrava as mobilizações nas escolas.
Pouco depois da saída de Geraldo Alckmin da sede na Barão de Limeira, o material foi retirado do ar. Só foi recuperado por um usuário do sistema de vídeos Vímeo, chamado Leonardo Musa, que deixou uma mensagem na internet. “Este vídeo estranhamente sai do ar quando Geraldo Alckmin visita a Folha para um amigável café. Por favor, espalhem”, dizia a mensagem.
A capa da Folha de quarta-feira, 2 de dezembro, não estampava fotografia dos protestos na Nove de Julho que resultaram na detenção de dois menores, um de 15 e outro de 17.
Tampouco havia qualquer coisa sobre a ação da Polícia Militar e muito menos sobre Alckmin. Apenas uma enorme chamada sobre a retração do PIB.
O governador esteve no Estadão na segunda-feira, 30 de novembro, para uma reunião de mais de duas horas. No dia seguinte foi almoçar na Folha, informação confirmada pela própria coluna Painel do jornal.
O assunto principal das reuniões foi o mesmo: as manifestações de estudantes que ocuparam mais de 200 escolas em São Paulo. A conversa do Estadão teve a presença do diretor de conteúdo do grupo, Ricardo Gandour, e da equipe do caderno Metrópole.
A cobertura jornalística do Estadão manteve as notícias factuais sobre as ocupações e deu capa para a pancadaria da PM na Avenida Nova de Julho contra estudantes. No entanto, o jornal estampou em manchetes o termo “invasão” no lugar de “ocupação”. A palavra “invasores”, no entanto, não estava nos textos - o editor mexeu apenas nos títulos.
Outra decisão interna chamou atenção depois da reunião com Alckmin. Por causa do vazamento do áudio em que o chefe de gabinete da Secretaria Estadual de Educação, Fernando Padula, declara “guerra” aos opositores da “reorganização”, a chefia do jornal determinou que os repórteres passassem a falar com Dom Odilo Scherer para dar “o outro lado” (Odilo foi citado por Padula na gravação capturada por Laura Capriglione, do Jornalistas Livres).
Já a Folha havia publicado, na tarde do dia 1º, um vídeo na TV Folha que mostrava as mobilizações nas escolas.
Pouco depois da saída de Geraldo Alckmin da sede na Barão de Limeira, o material foi retirado do ar. Só foi recuperado por um usuário do sistema de vídeos Vímeo, chamado Leonardo Musa, que deixou uma mensagem na internet. “Este vídeo estranhamente sai do ar quando Geraldo Alckmin visita a Folha para um amigável café. Por favor, espalhem”, dizia a mensagem.
A capa da Folha de quarta-feira, 2 de dezembro, não estampava fotografia dos protestos na Nove de Julho que resultaram na detenção de dois menores, um de 15 e outro de 17.
Tampouco havia qualquer coisa sobre a ação da Polícia Militar e muito menos sobre Alckmin. Apenas uma enorme chamada sobre a retração do PIB.
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