Por Altamiro Borges
Em tom fúnebre, a mídia chapa-branca registrou no início da tarde desta sexta-feira (4): os jovens que ocuparam mais de 200 escolas públicas em São Paulo derrotaram o truculento governador tucano. A brutalidade da tropa de choque da PM, com suas bombas de gás e cassetetes, não conseguiu intimidar os aguerridos alunos. A cumplicidade da imprensa venal, que fez de tudo para ocultar e criminalizar a heróica mobilização, não inibiu o apoio da sociedade. O "picolé de chuchu", tão blindado pela mídia, derreteu. A sua popularidade despencou. Os jovens demonstraram que o melhor caminho é a luta!
Conforme registro do site UOL, da famiglia Frias - que também edita a Folha tucana -, "o governador Geraldo Alckmin (PSDB) oficializou em coletiva de imprensa a suspensão da reorganização escolar na tarde desta sexta-feira. 'Recebi e respeito a mensagem dos estudantes e seus familiares em relação à reorganização. Por isso decidimos adiar a reorganização e rediscuti-la escola por escola', disse". Já o site do Estadão, pertencente à decadente famiglia Mesquita, relatou o "recuo" do governo tucano e registrou: "Estudantes que participaram de manifestação nesta sexta-feira comemoraram, aos prantos, a notícia na Praça da República, região central da capital paulista".
De fato, o momento é de comemoração dos jovens estudantes. Mas é bom não confiar nas palavras de "respeito" do governador paulista. O tucanato já deu várias provas de que é adepto da pura violência contra os movimentos sociais - que o digam os moradores expulsos do Pinheirinho, em São José dos Campos, os professores em greve da rede estadual ou os metroviários demitidos. Geraldo Alckmin só recuou porque as ocupações cresciam e a sua popularidade derretia. Pesquisa do Datafolha, divulgada nesta sexta-feira, apontou que apenas 28% dos paulistas consideram seu governo ótimo ou bom - em outubro do ano passado, o índice era de 48%. Já 30% dos entrevistados classificaram como ruim ou péssimo a sua truculenta e desastrada gestão. É o pior índice dos últimos tempos.
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