Por Max Altman, no site Opera Mundi:
Não foi necessário mais que uma semana para que Mauricio Macri assentasse as bases de uma mudança dramática do modelo econômico, num formato ortodoxo como que ditado pelos burocratas do FMI. O receituário neoliberal foi adotado tendo como suas linhas fundamentais as seguintes medidas: a) eliminação dos impostos de exportação agropecuários – a soja de 35% para 30% – e industriais; b) eliminação das restrições para a compra de moeda estrangeira – o que desvalorizou de imediato o peso em 42%; c) eliminação de quotas para exportação de carne, trigo e matérias primas em geral; d) abertura comercial para as importações; e) eliminação de regulações bancárias que impunham taxas mínimas para os prazos fixos e máximas para os créditos; f) eliminação de limitações para o ingresso de capitais especulativos; g) eliminação do regime de informações das empresas sobre suas estruturas de custo e níveis de rentabilidade; h) promessa de eliminação da ‘Ley de Medios’; i) antecipação de uma drástica redução dos subsídios a usuários de eletricidade e gás.
O desenho do governo confiou áreas cruciais do Estado a altos executivos do sistema bancário (Alfonso Prat-Gay y Luis Caputo), petroleiro (Juan José Aranguren), aeronáutico (Gustavo Lopetegui), de multinacionais industriais (Isela Costantini, Miguel Punte), de fundos de inversão (Mario Quintana), de representantes de câmaras empresariais (Ricardo Buryaile, Martín Etchegoyen) e advogados de grandes empresas (Celeste Plee, María Eugenia Talerico). Uma verdadeira CEO cracia.
O programa em marcha se sustenta em quatro patas: desvalorização, abertura comercial, endividamento e ajuste. O debate agora é quais serão as consequências dessas medidas. A disparada de preços de novembro e dezembro como antecipação à desvalorização, agora concretizada, é o primeiro dos efeitos.
Uma pergunta que o tempo se encarregará de responder e como verão satisfeitas ou defraudadas as expectativas dos que votaram em Macri. O êxito ou fracasso da gestão é exclusivo do governo. Os Kirchner optaram por uma política de inclusão social, emprego, salário e distribuição de renda. Macri se preocupa com o déficit fiscal, a inflação e a insuficiência de reservas no Banco Central. É justo ressaltar, porém, que coube a Nestor Kirchner assumir em condições extremamente mais difíceis que Macri e este conta com o apoio aberto e incondicional da mídia e da toga.
A mudança de um modelo econômico baseado na produção, no emprego, no consumo, na inclusão social e integração regional por outro de matriz agroexportadora, de valorização financeira e alinhamento com os Estados Unidos acaba de começar. Há os que observam o processo com espanto e outros com grande ilusão. Macri imagina poder contentar a todos, missão que a história mostrou ser impossível.
O atual deputado e ex-ministro da Economia Axel Kicillof considerou que, de acordo com as últimas medidas tomadas pelo governo “parece que o Fundo Monetário Internacional está conduzindo a economia argentina” e vaticinou que “o que vai ocorrer é inflação, recessão, queda do salário e das aposentadorias”.
Ademais questionou a “aproximação de Macri com os detentores dos “fundos abutre” ainda antes de assumir” e os contatos com o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos do ministro da Economia Alfonso Prat Gay, que “comentou lá qual era o plano antes de revelá-lo na Argentina, plano que está em linha com o Consenso de Washington e o FMI.
O desenho do governo confiou áreas cruciais do Estado a altos executivos do sistema bancário (Alfonso Prat-Gay y Luis Caputo), petroleiro (Juan José Aranguren), aeronáutico (Gustavo Lopetegui), de multinacionais industriais (Isela Costantini, Miguel Punte), de fundos de inversão (Mario Quintana), de representantes de câmaras empresariais (Ricardo Buryaile, Martín Etchegoyen) e advogados de grandes empresas (Celeste Plee, María Eugenia Talerico). Uma verdadeira CEO cracia.
O programa em marcha se sustenta em quatro patas: desvalorização, abertura comercial, endividamento e ajuste. O debate agora é quais serão as consequências dessas medidas. A disparada de preços de novembro e dezembro como antecipação à desvalorização, agora concretizada, é o primeiro dos efeitos.
Uma pergunta que o tempo se encarregará de responder e como verão satisfeitas ou defraudadas as expectativas dos que votaram em Macri. O êxito ou fracasso da gestão é exclusivo do governo. Os Kirchner optaram por uma política de inclusão social, emprego, salário e distribuição de renda. Macri se preocupa com o déficit fiscal, a inflação e a insuficiência de reservas no Banco Central. É justo ressaltar, porém, que coube a Nestor Kirchner assumir em condições extremamente mais difíceis que Macri e este conta com o apoio aberto e incondicional da mídia e da toga.
A mudança de um modelo econômico baseado na produção, no emprego, no consumo, na inclusão social e integração regional por outro de matriz agroexportadora, de valorização financeira e alinhamento com os Estados Unidos acaba de começar. Há os que observam o processo com espanto e outros com grande ilusão. Macri imagina poder contentar a todos, missão que a história mostrou ser impossível.
O atual deputado e ex-ministro da Economia Axel Kicillof considerou que, de acordo com as últimas medidas tomadas pelo governo “parece que o Fundo Monetário Internacional está conduzindo a economia argentina” e vaticinou que “o que vai ocorrer é inflação, recessão, queda do salário e das aposentadorias”.
Ademais questionou a “aproximação de Macri com os detentores dos “fundos abutre” ainda antes de assumir” e os contatos com o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos do ministro da Economia Alfonso Prat Gay, que “comentou lá qual era o plano antes de revelá-lo na Argentina, plano que está em linha com o Consenso de Washington e o FMI.
Serve de amostragem do que é o projeto de esquerda e de direita, talvez a América do Sul (Brasil incluido)aprenda algo para evitar erros futuros.
ResponderExcluirCongratulações pelo blog.
Não é o FMI. Olhando com atenção o pedigree do playboy, é Máfia mesmo.
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