terça-feira, 8 de dezembro de 2015

"O Globo" demite 30. É o golpe!

Por Altamiro Borges

O jornal O Globo, um dos mais excitados com a trama golpista do achacador Eduardo Cunha, acaba de dar um verdadeiro golpe nos seus funcionários. Segundo reportagem do Portal Imprensa, o diário da famiglia Marinho "iniciou na tarde desta segunda-feira (7) uma série de cortes em seu quadro de funcionários. Cerca de 30 trabalhadores foram cortados, sendo a redação a área mais atingida, com aproximadamente 18 demitidos. Os repórteres com mais tempo de casa foram o alvo do passaralho". 

O site até tenta aliviar a barra do jornal, afirmando que "o veículo não pretende fazer mais cortes no próximo ano. A ideia é fazer arranjos internos para não diminuir a produção de conteúdo". Mas o fato concreto é que o golpe foi dado e ele é bem cruel! A nova onda de demissões sequer foi comunicada ao Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro. Como de costume, a direção do jornal alegou que o facão decorreu da grave crise econômica - que O Globo tanto ajuda a estimular com a sua linha editorial partidarizada, apocalíptica e irresponsável do quanto pior, melhor. 

Mas Paula Máiran, dirigente do sindicato, rejeita esta conversa fiada. Para ela, as dispensas não têm qualquer relação com a situação econômica do país. Elas revelam, acima de tudo, a política de corte de custos operacionais para aumentar os lucros do Grupo Globo e a fortuna dos três filhos de Roberto Marinho. "Há uma mudança no modelo de negócios do jornal. Em março de 2014, Ascânio Seleme, diretor de redação do Infoglobo, disse no congresso nacional dos jornalistas de Maceió que há um projeto em andamento para dar fim ao Globo impresso", explicou ao Portal Imprensa.

A dirigente sindical ainda lembra que "na mesma época vazou um relatório que dava conta do fim da edição impressa de O Globo em cinco anos. O que ocorre no jornal é consequência deste projeto do Infoglobo". Segundo um levantamento do sindicato, de janeiro a setembro deste ano ocorreram 293 homologações de jornalistas demitidos no Rio de Janeiro, sendo a maioria de ex-funcionários do Infoglobo. Ao mesmo tempo em que demite profissionais com registro em carteira, o império global contrata serviços terceirizados. "Isso é uma forma de precarização das relações trabalhistas. Os mesmos funcionários continuam produzindo, mas sem os seus direitos", afirma. 

Haja golpe! E ainda tem jornalista que chama patrão de companheiro, bajula os filhos e os prepostos de Roberto Marinho e reproduz o discurso terrorista e golpista do Grupo Globo.

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